Moradores do Jardim Botânico não aparecem para fazer recadastramento

Douglas Corrêa* – Agência Brasil

Rio de Janeiro – Nenhuma das 525 famílias que terão de desocupar as casas construídas na área do Jardim Botânico do Rio apareceu ontem (8) para fazer o recadastramento. O escritório para o recadastramento foi montado pelo Ministério do Meio Ambiente no interior do Jardim Botânico e isso desagradou aos moradores, disse a presidenta da Associação de Moradores e Amigos do Horto, Emília Maria de Souza.

“Primeiro nós vamos conversar, no próximo sábado [11], em uma reunião marcada para as 10 horas. Vamos nos organizar e vai prevalecer o que resolver a maioria. Nós não estamos nos negando fazer o recadastramento, mas que seja feito fora dos limites do parque. Isso será a degradação da comunidade. Isso nós não vamos aceitar”, disse.

Segundo Emília, a reunião ocorrerá no Clube Caxinguelê, perto do parque, quando as famílias decidirão as medidas que serão adotadas, tanto judicialmente como politicamente, para reverter a desocupação.

Dentro do terreno do Jardim Botânico só vão permanecer uma escola municipal, uma unidade do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) e uma subestação de energia da Light.

*Edição: Aécio Amado

Enviada por José Carlos para Combate Racismo Ambiental.

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SP – “Encontro com os Povos Indígenas”, no Sacolão das Artes, das 9 às 18h, em 19 de maio

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União Campo Cidade e Floresta – O “Encontro com os Povos Indígenas” será realizado no terceiro domingo de cada mês, no Sacolão das Artes, das 9h00 às 18h00. A responsável pela coordenação da Feira de Artesanato Indígena (parte do encontro) é a Avani (Ava) Fulni-ô, que tem experiencia em outras feiras, como Revelando São Paulo. Interessadas/os em expor na Feira deve entrar em contato com a Avani (Ava) Fulni-ô. (mais…)

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MA – Resistência ao latifúndio!

Por Barack Fernandes* – Territórios Livres do Baixo Parnaíba

Diante da inércia do Poder Público e da Justiça, os ataques as comunidades quilombolas no Maranhão estão casa vez mais intensos.

Ainda esta semana, famílias quilombolas do Puraquê em Codó, denunciaram a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado do Maranhão, que animais do empresário Chiquinho Oliveira (FC Oliveira), que alugou terras do ex prefeito de Codó, Biné Figuereido, destruíram as plantações do povoado.

Representando a Fetaema, o advogado Diogo Cabral, esteve ouvindo relatos da forma bruta como estes mandantes e jagunços vêm atuando nas comunidades remanescentes de quilombos em Codó. De acordo com os moradores (as) do Puraquê até o antigo cemitério do povoado foi destruído.

Em outro povoado quilombola, conhecido como Lagoa do Leme, os moradores contaram ao advogado da Fetaema, que a mesma situação de truculência e covardia vem acontecendo. “Enquanto estávamos reunidos nos fundos das casas, o motorista da Fetaema, Antonio José conversava na porta da casa, com um senhor da comunidade de Santa Joana, conhecido como seu Toinho. (mais…)

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Infelizmente, acho que é hora de repetir a “Saga da Amazônia”, de Vital Farias, em homenagem aos indígenas de Belo Monte

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Em 1982, Vital Farias lançou “Saga da Amazônia”, no elepê Sagas Brasileiras. A letra fala exatamente da degradação da flora e da fauna da Amazônia; da destruição da cultura e das tradições, dos povos indígenas e tradicionais; do desmatamento e da poluição dos rios; das mortes sucessivas de índios, castanheiros, seringueiros; da sucessão de covas com “gente enterrada no chão… 31 anos depois, aqui estamos, na ansiedade em relação ao mandato de desocupação de Belo Monte. E vale, em meio a isso, voltar a Vital Farias e à beleza de sua triste denúncia, dez anos antes até mesmo da Eco 92!

Saga da Amazônia

Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta/ mata verde, céu azul, a mais imensa floresta/ no fundo d’água as Iaras, caboclo lendas e mágoas/ e os rios puxando as águas

Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores/ os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores/ sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir/ era: fauna, flora, frutos e flores

Toda mata tem caipora para a mata vigiar/ veio caipora de fora para a mata definhar/ e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira/ e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira

Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar/ pra o dragão cortar madeira e toda mata derrubar/ se a floresta meu amigo, tivesse pé pra andar/ eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá

O que se corta em segundos gasta tempo pra vingar/ e o fruto que dá no cacho pra gente se alimentar?/ depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar/ igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar

Mas o dragão continua a floresta devorar/ e quem habita essa mata, pra onde vai se mudar???/ corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá/ tartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura

No lugar que havia mata, hoje há perseguição/ grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão/ castanheiro, seringueiro já viraram até peão/ afora os que já morreram como ave-de-arribação/ Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova/ gente enterrada no chão

Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro/ disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro/ roubou seu lugar

Foi então que um violeiro chegando na região/ ficou tão penalizado que escreveu essa canção/ e talvez, desesperado com tanta devastação/ pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção/ com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa/ dentro do seu coração

Aqui termina essa história para gente de valor/ pra gente que tem memória, muita crença, muito amor/ pra defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta/ era uma vez uma floresta na Linha do Equador…

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MUITO URGENTE! – Belo Monte: Justiça determina reintegração de posse do canteiro com força policial

Belo Monte urgente

O Tribunal Regional Federal da 1a. Região (TRF1) deferiu, às 22 e 40 da noite de quarta-feira, 8, a reintegração de posse do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, na região de Altamira, Pará. Cerca de 160 indígenas de seis etnias ocupam a barragem há uma semana, reivindicando pacificamente a consulta prévia e a suspensão de estudos e obras de barragens que afetam suas terras.

Na decisão, a desembargadora Selene Almeida indeferiu os pedidos do Ministério Público Federal (MPF) do Pará que fosse permitida a presença de jornalistas e advogados na ocupação. O órgão também pedia que fosse permitida a entrada de produtos, alimentos e utensílios essenciais à subsistência, assim como o livre acesso dos profissionais de saúde do Departamento de Saúde Especial Indígena (DSEI).

Processo nº 0000681-76.2013.4.01.3903 – Acompanhamento Processual

Notícia enviada por Sidiclei Pereira Alves (e outros companheir@s, posteriormente) para Combate Racismo Ambiental.

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