Preservar ou dizimar?

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João Batista da Silva

Preservar ou dizimar? Há mais de 500 anos, os índios no Brasil vêm sofrendo com ataques à sua cultura e à sua vida. Já perderam também, muitas terras. A Tribo Guarani Mbyá ocupa terreno em Itaipuaçu que, supostamente, pertence a uma construtora imobiliária, e a disputa por terras causa indefinição para as 25 pessoas de grupo indígena. Depois do impasse ser resolvido, o objetivo da ocupação é instalar 15 famílias e construir 12 ocas

Desde o último dia 19/4/2013, cerca de 25 índios do grupo indígena Guarani Mbyá, da Aldeia Semente, em Camboinhas, deixaram suas instalações na Região Oceânica, que sofreu incêndio criminoso, e ocuparam uma área em Itaipuaçu, distrito de Maricá, que, segundo eles, foi cedida pela Prefeitura.

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O objetivo da ocupação é instalar 15 famílias e construir 12 ocas, além de transformar a localidade em um grande centro cultural indígena. “Estamos esperando as coisas se resolverem. Estamos começando a construir as nossas casas, mas não temos dinheiro para fazer tudo sozinho, já que vivemos de artesanatos e outros pequenos empreendimentos”, disse o cacique Darcy Tupã, que apresentou a cópia de um documento que seria da Diretoria de Assuntos Fundiários (DAF) da Fundação Nacional do Índio (Funai), que demarcava a área ocupada hoje por parte da tribo.

Fotografamos o cacique mostrando o documento e o local. O GT Meio Ambiente AGB – Associação dos Geógrafos Brasileiros e a Bicuda Ecológica estiveram no local, em 3/5/2013, dando apoio aos indígenas. O Cacique Darcy Tupã relatou que vem sofrendo ameaças dos empresários espanhóis e de seus seguranças, que querem construir um resort no local.

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