“Lamento”, com o Conjunto Época de Ouro, e a história que levou Pixinguinha a compô-lo

Compartilhado por Beth Salgueiro: “Lamento é um dos choros mais bonitos de Pixinguinha e seu nome vem de uma historia bem triste. Pixinguinha e seu grupo ‘Os oito batutas’ voltaram de uma excursão que fez enorme sucesso na França, em 1922, e foram homenageados pelos jornalistas com uma grande festa no hotel Copacabana Palace.

Os ‘chorões’  – todos bem ‘neguinhos’ – chegaram pra festa em sua homenagem e foram barrados na porta da frente pelo porteiro, que informou: ‘Aqui os negros só entram pelos fundos’. Pixinguinha, aquele amor de criatura, concordou e entrou pela cozinha.  Quando o gerente do hotel soube do acontecido pediu milhões de desculpas e quis demitir o porteiro, mas Pixinguinha não deixou. Chamou o rapaz, que veio, chorando, se desculpar, e disse:

– Lamento, meu filho, que você pense assim sobre os negros. Só lamento.

E fez um dos choros mais lindos que existem no planeta”. Valeu, Beth Salgueiro!

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Quilombolas: Incra no Rio Grande do Norte despropria terras da comunidade Acauã

 

Foto: Ascom Incra/RN

Incra

A Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Norte dá mais um passo para titular o segundo território remanescente de quilombo no Estado. A Instituição agrária recebe a posse dos imóveis que compõem o território quilombola de Acauã, em Poço Branco, na região do Território da Cidadania do Mato Grande.

O ato de imissão de posse de Acauã torna oficialmente o imóvel como propriedade da União (e, consequentemente, do Incra). Este é o último passo para a entrega do título de reconhecimento de domínio coletivo da terra às 57 famílias moradoras daquela comunidade, dentro do processo de regularização fundiária. O superintendente regional do Incra/RN, Valmir Alves, o procurador federal, Adriano Villaça, além de oficiais de justiça, representantes de movimento negro e dos moradores da comunidade estarão presentes no ato.

A comunidade de Acauã, que tem cerca de 540 hectares, se definiu como comunidade remanescente de quilombo em 2004.

Neste ano, o Incra abriu processo com fins de demarcação e titulação das terras ocupadas pelos seus moradores. Ainda dentro do processo, foi feito Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), documento composto pelo relatório antropológico, cadastro das famílias quilombolas, levantamento fundiário da região, planta e memorial descritivo do território. (mais…)

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Povos indígenas ocupam SESAI de Belém para denunciar precariedade no atendimento à saúde

 Cimi

Cerca de 200 lideranças indígenas dos povos Tembé, Asurini do Trocará, Kayapó, Gavião e Kaapor ocuparam ontem, 22 de abril, a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), pertencente ao Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI) Guatoc, em Belém, no Pará. As lideranças afirmam que se trata de uma ocupação pacífica que tem como principal objetivo denunciar a precariedade da gestão da saúde indígena e exigir a exoneração da atual gestora Daniela Cavalcante.

As comunidades denunciam que os pólos de saúde indígena têm diversas realidades: alguns não recebem medicamentos há sete meses, outros receberam durante poucos meses e há também outros que há anos não recebem nada. Outro grave problema é que há dois meses não há veículos para a retirada de pacientes das aldeias e para que o transporte das vacinas seja feito.

Segundo os indígenas, não há nenhum telefone para contato. Além disso, como a internet colocada nos pólos não funciona, eles não têm condições de repassar as informações exigidas por internet pelo próprio DSEI.

Eles afirmam que o Secretário Especial da Saúde Indígena, Antônio Alves, vem sendo avisado há meses de todos os problemas e precariedades da SESAI. No entanto, a situação não mudou. A nota à imprensa escrita pelas lideranças afirma que eles não são inimigos do Estado e que estão “apenas lutando por nossas conquistas e nossos direitos”. (mais…)

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Seis trabalhadores são resgatados em obra da MRV em MG

Fachada da obra onde fiscalização constatou condições de trabalho degradantes

Flagrante de trabalho escravo foi em Contagem, na Grande Belo Horizonte. As vítimas estavam alojadas em condições degradantes e chegaram a passar fome

Por Igor Ojeda, Repórter Brasil

Seis trabalhadores foram resgatados em condições análogas às de escravos em uma obra da MRV no município de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). O flagrante foi feito em 18 de março por uma equipe de auditores-fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE-MG). As vítimas, todas originárias do município mineiro de Manhuaçu, onde foram aliciadas, prestavam serviços em total informalidade, sem equipamentos obrigatórios de segurança, e estavam alojadas em condições degradantes – sofriam com a falta de higiene e, inclusive, de alimentação.

A fiscalização foi motivada por denúncias realizadas pelos próprios trabalhadores. A obra, em fase de acabamento, era no empreendimento da MRV chamado Parque Fontana D’Itália, um condomínio fechado de apartamentos com dois quartos. As vítimas foram levadas ao local em 11 de março para a execução de serviços de pintura das calçadas e das passarelas entre os edifícios. Antes, de 28 de fevereiro ao dia 10, elas haviam trabalhado em uma reforma de um imóvel residencial no bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte, para a empreiteira Teixeira & Sena, que as aliciou em sua cidade-natal e as levou posteriormente à obra da construtora. (mais…)

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Xavantes entregam denúncias de violação à Comissão Nacional da Verdade

Foto: Antonio Cruz/ABr

Alex Rodrigues, Agência Brasil

Brasília – Um grupo de representantes dos índios xavantes que atualmente vivem na Terra Indígena Marãiwatsédé, no norte de Mato Grosso, entregou hoje (23) a representantes da Comissão Nacional da Verdade um documento em que relatam episódios de violações aos seus direitos ao longo de décadas.

Entregue à psicanalista Maria Rita Kehl, responsável por coordenar a apuração das denúncias sobre violações aos direitos indígenas entre 1946 e 1988, o Relatório sobre Violações dos Direitos Humanos: O Caso dos Xavante de Marãiwatsédé narra, a partir do ponto de vista indígena, fatos como a invasão do território tradicionalmente ocupado pelos xavantes de Mato Grosso, além de assassinatos e a disseminação de doenças contra as quais os índios não tinham proteção natural.

O grupo xavante também aproveitou o encontro para relatar as dificuldades que continuam enfrentando após receberem o direito ao usufruto da terra – que, legalmente, pertence à União. Também denunciaram que um grupo de pelo menos 50 não índios que se identificam como antigos moradores voltou a ocupar a área nos últimos dias. (mais…)

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23 de abril, o Dia Nacional do Choro

Por Carlos Henrique Machado Freitas*, do blog Trezentos, no Luis Nassif On Line

Por que nenhum ministro da cultura homenageou Pixinguinha e o Dia Nacional do Choro?

No dia 23 de abril se comemora o Dia Nacional do Choro. Trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, ou seja, este ano completa 13 anos. Esse tempo atravessou a gestão de cinco ministros da cultura, Weffort, Gilberto Gil, Juca Ferreira, Ana de Hollanda e, agora, Marta Suplicy, sem que nenhum deles ao menos mencionasse, no site do MinC, o aniversário dessa linguagem que se confunde com a própria música brasileira e seu povo.

Poderia expressar qualquer coisa no tempo em que estiveram à frente da pasta da cultura, como, por exemplo, a extraordinária vida e obra do principal homenageado, Pixinguinha. Mas nada. Todos passaram frios e silenciosos pelo amor que o brasileiro tem pela obra deste grande mestre e de tantos outros grandes nomes como Villa Lobos, Nazareth, Garoto, Francisco Mignoni, Anacleto de Medeiros, Jacob do Bandolim, Baden Powel, etc. Uma linguagem de cultura universal, um tipo especial de música popular que não se encontra em qualquer outro lugar do planeta. Um palco de revoluções, de linguagens sonoras que estabelece todas as regras para o que chamamos de música brasileira em sua mais lúdica expressão de desejo. (mais…)

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MT – Duas semanas depois da entrega oficial festiva pelo Governo, Marãiwatsédé está sendo novamente invadida. E agora, Dilma?

Alex Rodrigues, Agência Brasil

Brasília – Menos de três meses após o fim da ação de retirada dos não índios da Terra Indígena Marãiwatsédé, no norte de Mato Grosso, e apenas duas semanas depois de representantes do governo federal terem organizado uma cerimônia para oficializar a concessão de uso da área aos cerca de 1,8 mil índios xavantes que já vivem na região, antigos posseiros estão retornando à área.

A Terra Indígena Marãiwatsédé tem 165 mil hectares e compreende parte dos territórios das cidades de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região reconheceu em 2010 a legalidade da demarcação de terras e determinou a retirada dos ocupantes não indígenas. Cada hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial.

Segundo o coordenador regional do escritório da Funai em Ribeirão Cascalheira (MT), Paulo Roberto de Azevedo, os posseiros – que chamou de “manifestantes” – estavam concentrados fora da área indígena, a cerca de 70 quilômetros da aldeia xavante, desde o fim da ação de desintrusão – ato de retirar de uma área quem dela se apossou sem autorização. No último domingo (21), cerca de 50 pessoas se deslocaram até o local conhecido como Posto da Mata, já no interior da reserva, e se concentraram a apenas 20 quilômetros da aldeia xavante. (mais…)

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Funai aprova estudos para criação de três terras indígenas

Gabriel Palma, Agência Brasil

Brasília – A Fundação Nacional do Índio (Funai) aprovou três estudos antropológicos que identificam e delimitam como terras tradicionalmente indígenas áreas localizadas nos estados de São Paulo, da Bahia e do Amazonas. Os documentos foram publicados na edição de hoje (23) do Diário Oficial da União.

O relatório feito no município de Ubatuba (SP) foi coordenado pela antropóloga Celeste Ciccarone e trata da Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Promirim, que totaliza uma área de 5.420 hectares, onde vivem 156 pessoas. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, aproximadamente as medidas oficiais de um campo de futebol. De acordo com o estudo, o grupo da etnia Guarani conhecido como mbya reivindica seus direitos territoriais sobre a área.

Na Bahia, a Terra Indígena Tupinambá de Belmonte engloba 9.521 hectares. A população em 2011 somava 65 habitantes. Segundo a antropóloga responsável, Manoela Freire de Oliveira, a região é ocupada permanentemente pelo povo tupinambá e apresenta as condições necessárias para as suas atividades produtivas. (mais…)

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