Manifesto de ocupação pacífica e cultural da Aldeia Maracanã na Funai – Museu do Índio de Botafogo

Hoje, dia 23 de março de 2013 – sábado, por volta das 15 horas, os indígenas da Aldeia Maracanã ocuparam, pacífica e culturalmente, as dependências da FUNAI – Fundação Nacional do Índio, Museu do Índio de Botafogo – Rua das Palmeiras, número 55, no Rio de Janeiro.

A ocupação se dá em repúdio à ação articulada e coordenada em que se viu o poder econômico com empresários, gestores públicos, juízes, serventuários de justiça e as forças de segurança estaduais, que tiveram o claro propósito de expropriar o território indígena e causar danos culturais, materiais e imateriais ao segmento mais vulnerável da sociedade nacional – O ÍNDIO.

A expropriação do imóvel do antigo Museu do Índio no Maracanã, ocorreu de forma truculenta, desrespeitosa, humilhante e ilegal, sem a defesa, apoio e atuação do Governo Federal através da FUNAI – Fundação Nacional do Índio, AGU – Advocacia Geral da União e o MPF – Ministério Público Federal.

Convocamos a população a visitar o museu e participar das atividades culturais dos indígenas ocupantes, através da vivência e do aprendizado de sua cultura – cantos, danças, pinturas, celebração da ancestralidade e contação de histórias, nos moldes do que já era realizado na Aldeia Maracanã. 

Agradecemos o apoio de todos os segmentos da sociedade solidários à nossa causa.

REIVINDICAÇÃO: Que o Governo Federal nos devolva o espaço da Aldeia Maracanã, para darmos continuidade às atividades culturais indígenas.

Aldeia Maracanã Resiste

Comments (3)

  1. Me envergonho de fazerem uso indevido da identidade indígena. Quem faz isso, quem articula esse movimento é o PSOL e muita gente sabe disso. Encastelados no sul do país e em grêmios de universidades federais, opõem-se a cada obra, projeto ou evento ligado ao governo federal e qualquer de seus aliados. Trazem índios do centro-oeste para, junto com dezenas de seus militantes branquíssimos de classe média, criarem um tumulto que chame a atenção. Panfletos do partido são distribuídos e seus parlamentares aparecem como que por passe de mágica. Isso é fraude, farsa. Os índios de verdade são objeto de políticas públicas específicas, não aceitam participar disso.

  2. Sou servidora pública federal, trabalho na Secretaria de Saúde Indígena e me envergonho da omissão do governo federal/FUNAI, que ao invés de defender a integridade física, cultural e social dos povos indígenas, os entrega à própria sorte e nas mãos truculentas do governo do Rio de Janeiro. Todo apoio e toda solidariedade aos povos indígenas, verdadeiros donos da Aldeia Maracanã. Reintegração aos indígenas, já!

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