Com certeza envolvida pela mesma indignação que levou dezenas de entidades e ativistas a escreverem, enviarem e divulgarem hoje a nota Repúdio ao Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, a Relatoria do Direito Humano ao Meio Ambiente da Plataforma Dhesca Brasil enviou ofício ao Coordenador do Programa, Igo Martini, solicitando medidas urgentes em defesa de Alexandre Anderson e Daize Menezes. Os dois Defensores dos Direitos Humanos vêm recebendo tratamento totalmente inaceitável e revoltante por parte das autoridades do Rio de Janeiro, que coloca inclusive em risco suas vidas, a de sua família e as de seus companheir@s. Com o mais total protesto deste Blog e apoiando o seu texto, segue o Ofício da Relatoria. TP.
“A Relatoria do Direito Humano ao Meio Ambiente – Plataforma Dhesca Brasil dirige-se a Vossa Senhoria para tratar da situação dos Defensores de Direitos Humanos da Associação Homens e Mulheres do Mar (Ahomar), em especial do Defensor Alexandre Anderson de Souza e da Defensora Daize Menezes de Souza, ambos inseridos no PEPDDH/RJ. Ontem, dia 27 de Dezembro de 2012, nos chegou denúncia de que esses Defensores e sua família estão enfrentando sérias privações por conta da ineficiência do Programa em garantir de fato as condições necessárias para que consigam minimamente garantir sua sobrevivência material.
Alexandre e Daize denunciam também a insegurança a que estão expostos, fato que se agrava pela fragilidade institucional do Programa no Estado do Rio de Janeiro, onde as autoridades responsáveis pela garantia da segurança, vida e cotidiano pacífico dos defensores não têm garantido a devida atenção e cuidados necessários. A família dos referidos Defensores está em situação de abandono, sofrendo hostilidade que abala fortemente a situação emocional de todos, incluindo crianças e adolescentes, especialmente afetados com a situação. Destaque-se que a delicadeza e expectativas do período natalino e de festas de fim de ano aumentam as angústias e os desejos de momentos felizes. Vossa Senhoria, que tem história de militância e convivência com diferentes tipos de desigualdades, há de considerar que isso não nos pode ser indiferente. (mais…)