O governador Geraldo Alckmin recebeu ativistas pró-cotas em audiência na tarde desta terça-feira, no Palácio dos Bandeirantes. Eles debateram o projeto de inclusão de alunos de escolas públicas e de pretos, pardos e índios na USP, Unesp e Unicamp. A proposta foi revelada pelo Estado na semana passada.
O programa, em discussão desde outubro, destinará 50% das vagas nas universidades estaduais a estudantes que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. O objetivo é igualar os porcentuais estabelecidos pelo governo Dilma Rousseff para as instituições federais de ensino superior na Lei de Cotas.
A proposta estadual, assim como a lei federal, levará em conta critérios econômicos e raciais de inclusão. Metade das vagas reservadas seria para estudantes com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa; e 35% para pretos, pardos e índios. O restante iria para os demais egressos da rede pública, independentemente da renda.
A ONG Educafro propôs a Alckmin que as instituições de ensino utilizem método inspirado no da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para a seleção dos cotistas pelo critério racial. Primeiro, as vagas reservadas seriam ocupadas por candidatos que se autodeclarassem pretos, pardos ou índios. Depois, abriria-se um prazo para que quem se julgasse injustiçado por ter ficado de fora da universidade pudesse recorrer. Uma comissão chamaria o cotista para averiguar se a informação da cor de pele fornecida na inscrição estava correta. (mais…)