Tonico Benites: A palavra dos Ava Kaiowá

Por Raul Fitipaldi

O antropólogo guarani-kaiowá, Tonico Benites, fala mansa, olhos luz, lançou dois livros no Auditório da FAED/UDESC em Itacorubi: “A Escola na Ótica dos Ava Kaiowá, impactos e interpretações indígenas” e “Kiringue Arandua Rupiguare, as ideias das crianças”, da prof. Antonella Tassinari e outros autores indígenas, publicado pelo NEPI, que trata da realidade de  Morro do Cavalo. Além do valor intrínseco da apresentação, o resgate feito por Benites de alguns conceitos fundamentais na luta dos povos originários pela sua terra e pelo respeito à sua história foram centrais.

Costumamos falar de apartheids, quando conversamos da situação que vivia África do Sul, ou da que padece a Palestina. No entanto, quando nos referimos aos diversos tipos de muro (físicos, jurídicos e até virtuais) levantados contra as civilizações originárias, suas famílias biológicas e suas famílias sociais, desde a Alaska até o sul da Argentina usamos o eufemismo “reservas”. Vantajosa palavra para os brancos, porque parece uma concessão piedosa dos invasores, uma falsa proteção que sugere o limite no qual são encerrados, ou aonde são despejados ou limitados os povos originários. A prisão, muitas vezes variável, na que vivem os povos indígenas, despejados, deslocados, assassinados por milhares a cada ano na Nossa América, e a cultura branca de costas a este genocídio tiveram uma interrupção do silêncio no Brasil, com a luta dos Guarani-Kaiowá. Portanto, foi oportuna a decisão de trazer a apresentação destes livros e das artes indígenas, sobre tudo, da descrição da guerra que estes povos suportam contra o agronegócio e um Estado cúmplice. (mais…)

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Os Satyros anunciam que trocarão a Roosevelt pela Luz. Mas o destino da Luz pode ser o mesmo da Roosevelt…

Raquel Rolnik*

A coluna da Mônica Bérgamo hoje na Folha traz uma pequena entrevista com Ivam Cabral, um dos fundadores do grupo de teatro Os Satyros, que tem sede na Praça Roosevelt. Cabral conta que, depois de 13 anos no mesmo local, a companhia procura uma nova sede, e diz que cansou de negociar o aumento do preço do aluguel. O grupo paga quase R$ 12 mil em dois espaços.

Cabral diz ainda que a decisão de sair da praça é política. Para o grupo, a Roosevelt virou um “lugar plastificado”. “Outro dia, vi que surgiu um espaço com uma panificadora gourmet aqui. A praça Roosevelt ficou burguesa. A papelaria que sempre existiu na praça foi expulsa. Não é mais a nossa”, diz. A ideia dos Satyros é buscar um espaço na região da Luz, a chamada “Cracolândia”. É nesta mesma área que a atual gestão da prefeitura pretende implementar o projeto de concessão urbanística Nova Luz, que prevê a demolição de 50% dos imóveis e a substituição dos atuais moradores e atividades.

É também nesta região que o governo do Estado de São Paulo pretende construir o Complexo Cultural Luz. Concebido por um escritório suíço, o projeto prevê, em um terreno de 18 mil m², a construção de um teatro de dança e ópera, um teatro experimental e uma sala de recitais. Ontem, inclusive, em reportagem do Estadão, o governo do Estado anunciou que o projeto está pronto e que o processo de licitação da gerenciadora da obra, orçada em R$ 400 milhões, será definido em dezembro. (mais…)

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Convite Plenária Comunitária de Santa Cruz e Região da Zona Oeste, 01 de dezembro, em Santa Cruz

SEPE/REGIONAL IX

A Companhia Siderúrgica do Atlântico – TKCSA – está à venda. Você está sabendo?  Como vão ficar os trabalhadores? Como vão ficar os moradores do entorno da empresa que sofrem na pele a poluição que ela gera?

No último dia 26/10 mais uma “chuva de prata” produziu tremendos danos àquela comunidade da reta da João XXIII. A imprensa muito falou sobre o evento e mais uma vez a empresa foi multada e autoridades afirmaram que a siderúrgica corria o risco de ser “fechada”.  A direção da TKCSA mais uma vez não convenceu com as desculpas dadas a mais esse “acidente”.

Você acha que as autoridades vão mesmo fechar a empresa que não cumpre a legislação brasileira desde que começou a ser instalada? Uma empresa que até hoje funciona sem licença para operar? Acredita que a empresa vai resolver o problema da poluição que gera permanentemente?

Será que a TKCSA não poderia ser transformada em outra coisa que não uma siderúrgica? Passar de um polo industrial para um polo de conhecimento e tecnologia, por exemplo? Sem que os trabalhadores percam seus empregos? (mais…)

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Alimentación vs Biocombustibles

Ecoportal.net

Por Camilo El Zaibak

Actualmente en el mundo están ocurriendo acelerados cambios climáticos que han venido golpeando los campos agroproductivos de diversos países, con la disminución de las áreas sembradas de cultivos y la cría de animales para el autoconsumo y la oferta de alimentos en los diferentes mercados agrícolas con la finalidad de satisfacer las necesidades de la población. En tal sentido, la economía agroalimentaria de los países ha sufrido un desequilibrio en la explotación agropecuaria conllevando a un desbalance nutricional de sus habitantes y en mayor escala en los pueblos en vía de desarrollo. Esta incertidumbre ha impactado en la comunidad internacional acerca del hambre “estomago vacios “que sufre la sociedad tanto urbana y rural, donde los organismos encargado en la materia la denominaron Crisis Alimentaria.

Sin embargo, el hambre que se multiplica en el mundo cada día no es solo producto del cambio climático que ha generado el hombre durante años, por falta de una conciencia humanista y conservacionista acerca del ambiente, Sino también por las malas distribuciones de las riquezas, pensando solamente en los intereses particulares, como ejemplo la llamada revolución verde en la décadas de los 70, fue una alternativa ambiciosa pero mal dirigida en el sector agrícola con el objetivo de solucionar la hambruna que se vivió en esos momentos, tratando de lograr mayores rendimientos en la producción agropecuaria con el apoyo de la investigación científica. (mais…)

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“Não posso divulgar isso”, diz governador do Rio sobre gastos com protesto “Veta, Dilma”

O governo do Rio de Janeiro distribuiu vale transporte gratuito para a volta da passeata "Veta, Dilma", realizada nesta segunda-feira, no Rio, contra o projeto de lei que altera a distribuição dos royalties do petróleo. A passagem de metrô no Rio custa R$ 3,20. O governador Sérgio Cabral não quis divulgar o valor gasto pelo Estado com a organização do protesto, que visa pressionar a presidente Dilma Rousseff a vetar o texto aprovado pelo Legislativo, que reduz os repasses aos Estados e municípios produtores. Rodrigo Teixeira/UOL

Hanrrikson de Andrade e Flávia Marcondes, do UOL/RJ

Questionado sobre as despesas com a organização e divulgação da passeata “Veta, Dilma”, que ocorreu nesta segunda-feira (26), no centro do Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou não poder divulgar o valor gasto pelo governo do Estado com o objetivo de, por meio do ato público, pressionar a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), a vetar o projeto de redistribuição dos royalties do petróleo, já aprovado pelo Congresso. “Não posso divulgar isso”, afirmou Cabral. (mais…)

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