O Fórum da Amazônia Oriental (FAOR), rede mista composta por cerca de 300 entidades populares, ONGs e movimentos sociais, que atua em quatro estados da Amazônia Oriental – Amapá, Maranhão, Pará e Tocantins – vem por meio desta carta aberta tornar público seu repúdio ante as recorrentes agressões que vêm sofrendo as populações amazônidas, em especial aos últimos acontecimentos de violação de direitos com os Índios Mundurukus, Quilombolas e trabalhadores e trabalhadoras da UHE de Belo Monte. Por meio desta, as 18 entidades das Coordenações Estaduais e Executivas do FAOR, em nome das demais entidades da REDE FAOR, subscrevem e solicitam seu apoio na divulgação da carta.
Carta Aberta do Fórum da Amazônia Oriental – FAOR
O Fórum da Amazônia Oriental, uma rede de organizações e movimentos socioambientais, de trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar e camponesa, agroextrativistas, quilombolas, organizações de mulheres, organizações populares urbanas, pescadores, estudantes, povos e comunidades tradicionais e povos originários que compartilham a luta contra o capitalismo e suas mazelas aos povos da Amazônia e do Brasil, vem à público, manifestar sua indignação diante das violações dos direitos, que vem ocorrendo de forma covarde, cruel e incessante, aos povos amazônidas.
A Amazônia brasileira vem sendo violentada por grandes projetos de infraestrutura,
agronegócio, exploração mineral, entre outros, que produzem diariamente fome, violências urbanas e rurais, com assassinatos e ameaças de morte, desmatamento – resultante do avanço das monoculturas que favorecem o agronegócio, as mudanças climáticas e um modelo de des-envolvimento, baseado no crescimento econômico, servindo às empresas agroexportadoras e mineradoras e latifundiários do agronegócio, consórcios de grandes empresas para construírem Hidrelétricas nos rios da Amazônia Teles Pires, Xingu e Madeira, entre outros, violando os direitos fundamentais direito à terra, à preservação de sua cultura e segurança alimentar, de comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas, extrativistas, entre outras. (mais…)