Edilberto Sena*
A morte de mais um índio assassinado pela Polícia Federal em Teles Pires e a prisão de vários Munduruku e Kaiabí, entulhados num helicóptero na semana passada, não pode ter sido apenas para acabar com balsas de garimpo clandestino. Além das prisões e morte, a polícia federal invadiu aldeias, assustou crianças e mulheres indígenas e por fim, escondeu detalhes da invasão de território.
Quando o menino de recado da presidente Dilma, sr. Gilberto Carvalho afirmou meses atrás, que ela teria dito que “o que tem que ser feito, será feito”… esse recado à nação, reproduz o estilo da ditadura militar dos anos 70. Até um psicólogo poderia concluir que a presidente sofre da síndrome da ditadura, numa reação psicótica de vingança pelo que ela sofreu nas torturas do DOPS paulista. Sua obstinação em destruir a Amazônia para alcançar o PAC II está implacável. Entrou num caminho sem volta, a depender de seus comandados. Quem vive aqui na Amazônia e acompanha indignado o que estão fazendo com os povos e a natureza, não pode deixar de ler os sinais desse plano de guerra em nome da economia.
Eis alguns sinais mais recentes:
a) Em Belo Monte, por causa das várias rebeliões (neste momento ocorre outra de funcionários inconformados com a escravidão imposta pela empreiteira) e com a rebelião dos índios e pescadores, o governo iludiu mais uma vez os rebelados e depois o exército brasileiro foi fazer exercícios militares ao redor da Vila Pimental, onde tinha havido a ocupação dos inconformados. (mais…)
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