Colóquio Internacional “Educação Libertária: 100 anos da Escola Moderna de São Paulo”

Entre os dias 5 e 9 de novembro será realizado o Colóquio Internacional “Educação Libertária: 100 anos da Escola Moderna de São Paulo”. O evento busca resgatar as experiências das escolas racionalistas no Brasil e trazer para o debate as possibilidades de uma educação libertária nos dias de hoje.

Programação atualizada!

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Compartilhada por Ocupa Acampa Sampa.

http://coloquioeducacaolibertaria.wordpress.com/

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RR – Sodiur denuncia professor por comentário: o docente teria dito que os indígenas “fediam mais que urubu”.

Vanessa Lima

Um professor do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Roraima (UERR) que ministra aula no município de Normandia é acusado de racismo e preconceito contra os povos indígenas. Em um comentário postado no grupo de discussão criado pela Seção Sindical dos Docentes da UERR (Sinduerr) em uma rede social, o docente teria dito que os indígenas “fediam mais que urubu”.

A Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima (Sodiur) protocolou pedido de providencias junto à Fundação Nacional do Índio (Funai), que encaminhou o caso para que a Seção Indígena da Advocacia-Geral da União (AGU) adote as medidas cabíveis.

Assinado pelo presidente da Sodiur, Lupedro Abel Mesquita, no documento a liderança, em nome dos povos indígenas, repudia e denuncia a “atitude desumana, preconceituosa e racista do professor” que,“ao postar na rede de relacionamento da internet (Facebook) comentários de suas atividades de docência que exerce naquela instituição, referiu-se aos indígenas de forma pejorativa e racista”.

As declarações feitas pelo docente também foram entregues às autoridades. O comentário é extenso e nele o professor relata o que seriam “as aventuras para ministrar aulas no município de Normandia”. Ele disse que desde quando a UERR decidiu ofertar vagas para o curso de Agronomia no município, no final do ano passado, se reuniu com a Reitoria da instituição para argumentar sobre a falta de estrutura no local. (mais…)

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A corrida estrangeira pela terra brasileira. Entrevista especial com Maíra Martins

“Apesar de pequenos agricultores produzirem quase a metade dos alimentos no mundo, eles constituem a população mais fragilizada, em situação de miséria e fome, cuja ausência de titularidade ou posse da terra os torna mais vulneráveis”, constata a socióloga

A compra de terras por empresas estrangeiras está aumentando em “países cuja governança sobre a terra é frágil, as negociações são pouco transparentes e, em muitos casos, sem consulta prévia às populações envolvidas ou potencialmente atingidas pelos empreendimentos”, informa Maíra Martins, pesquisadora da ActionAid Brasil à IHU On-Line. Segundo ela, os dados do relatório “Situação da Terra”, realizado pela ONG, indicam que, diante da crise econômica internacional, “a garantia do direito à terra, acesso aos territórios e meios de vida das comunidades e populações pobres no meio rural é crucial para o combate à fome e para a redução das desigualdades no mundo”.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Maíra esclarece que a aquisição das terras aumentou após a crise econômica de 2007 e 2008. “No contexto da crise financeira e econômica, muitos investidores voltaram-se para o mercado de terras. A chamada ‘corrida por terras’ se deve também à demanda por biocombustíveis e matérias primas, com destaque para algumas commodities como milho, soja, cana-de-açúcar, dendê e florestas plantadas (eucalipto), cultivos estes voltados para exportação”. E acrescenta: “Estima-se que as transações com terras, cuja média era de 4 milhões de hectares por ano até 2008, saltaram para 45 milhões de hectares somente entre outubro de 2008 e agosto de 2009, sendo grande parte dessas negociações, em torno de 75%, no continente africano”. (mais…)

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Desigualdade rural persiste devido à opção pelo agronegócio, diz especialista

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou o Atlas do Espaço Rural Brasileiro, publicação que integra os dados do Censo Agropecuário 2006 com pesquisas sociais, populacionais, ambientais e econômicas. Segundo o Instituto, o objetivo da publicação é retratar a realidade territorial do campo brasileiro. Os dados, referentes à educação no campo, tecnologia e modernização do meio rural brasileiro, uso dos recursos naturais e concentração de terras, mostram um campo brasileiro desigual, no qual uma minoria segue privilegiada enquanto a maioria dos agricultores vive em situações precárias.

De acordo com José Juliano de Carvalho Filho, professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP e membro da Associação Brasileira da Reforma Agrária (ABRA), “Tudo isso ocorre porque o agronegócio é a opção econômica que o governo adotou para o campo”. Em entrevista à Página do MST, 29-10-2012, o professor comentou os dados apresentados pelo IBGE, e aponta que a realidade territorial do campo brasileiro é dura para os mais pobres. Eis a entrevista.     

Dos proprietários rurais que administravam diretamente propriedades agropecuárias, 3,9 milhões de estabelecimentos, ou 39%  do total, eram analfabetos ou sabiam ler e escrever sem terem frequentado a escola, e 43% não tinham completado o ensino fundamental. Por que esse percentual tão grande?

Essa população não existe para o estado, e quando existe, as políticas para ela são de baixa qualidade. É só ver a distância que as crianças assentadas precisam percorrer para chegar à escola. Além disso, os professores recebem salários baixos, e dão aulas a muitos alunos. Para os pobres do campo, a política é pouco efetiva. (mais…)

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Advogada apela à ‘história’ contra kaiowás

Os produtores rurais estão no Mato Grosso do Sul há mais de um século e há entendimento no Supremo Tribunal Federal garantindo a eles a propriedade da terra. O argumento é da advogada Luana Ruiz Silva, contratada pelo Sindicato Rural de Tacuru, a 460 quilômetros de Campo Grande, para processar a Funai no caso da ocupação de áreas de fazendas da região por índios guarani caiovás.

A reportagem é de Pablo Pereira e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 30-10-2012.

A tensão entre indígenas e fazendeiros aumentou nos últimos dois anos depois que os guarani começaram a intensificar o que eles chamam de retomadas de terras.

Na fazenda Cambará, ocupada por um grupo de 170 pessoas, os caiovás ocupam áreas há mais de um ano já tendo sido expulsos por fazendeiros de dois acampamentos. Em 29 de setembro, o juiz federal Sérgio Henrique Bonachela, de Naviraí, determinou a devolução do terceiro acampamento, chamado pelos guarani de Pyelito Kue, que quer dizer terra de antepassados, segundo líderes indígenas.

Mas os índios reclamam que estão sendo ameaçados por pistoleiros, relatam ataques e ferimentos e se negam a deixar a fazenda, prometendo resistir no local até a morte. (mais…)

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Justiça tenta anular despejo de tribo em MS

O Ministério Público Federal desencadeou ontem uma ofensiva nas três esferas do Poder para evitar uma tragédia com 170 índios de uma aldeia guarani caiová ameaçados de despejo da fazenda que ocupam em Mato Grosso do Sul por ordem judicial. Com histórico de suicídio, eles ameaçam resistir até a morte e vêm sendo alvo de hostilidades dos fazendeiros da região.

A reportagem é de Vannildo Mendes e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 30-10-2012.

O drama dos caiovás foi relatado ontem cedo, no Planalto, numa reunião entre os líderes indígenas e a presidente Dilma Rousseff, acompanhada do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Dilma manifestou solidariedade à causa e Cardozo relatou as providências da Funai para reverter a liminar, concedida aos fazendeiros pela Justiça Federal em Naviraí, comarca onde fica a fazenda ocupada pelos índios.

A situação na região agravou-se esta semana com o suicídio de um jovem de 23 anos, no sábado, e o estupro de uma índia de 14 anos, supostamente violentada por jagunços. “Eles vivem confinados numa pequena área de 2 hectares dentro da fazenda, sem assistência e sob permanente ameaça”, relatou a vice-procuradora-geral da República, Débora Duprat, após receber uma delegação de líderes da etnia.

Há seis décadas essas tribos lutam pela demarcação de suas terras, que o governo do Estado distribuiu a colonos. “A situação é gravíssima e, além da ação ostensiva dos fazendeiros, contribuem para isso a omissão da Funai e a insensibilidade do Poder Judiciário, que tende a ver só um lado da questão”, criticou. (mais…)

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“As reservas são confinamentos de índios”, acusa Egon Heck

Foto: Antonio Cruz/ABr.

O indigenista e cientista político Egon Heck trabalha há mais de 40 anos ao lado de comunidades indígenas em todo o país. Militante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Egon é ex-padre e um dos fundadores dessa entidade. Formado em Teologia e em Filosofia, com pós-graduação em Ciência Política, ele sempre acompanhou de perto a situação dos índios Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul.

Atualmente, a luta dessa tribo pelo retorno ao seu território original ganhou repercussão após um manifesto em que, diante do frequente descaso em relação às suas reivindicações, pediam que fosse decretada sua “extinção coletiva” pelo governo federal e pela Justiça. Na entrevista concedida a Samir Oliveira do Sul21, 29-10-2012, Egon Heck faz um resgate histórico da situação dos Guarani-Kaiwoá na região e conta como são as condições de vida desse povo.

“Na área de Dourados, existe em torno de 15 mil indígenas confinados em 3,5 mil hectares. Foram levados para lá de 40 regiões diferentes. É uma área totalmente sem mata, sem condições propícias para a reprodução física e cultural dos Guarani-Kaiowá. É impossível, nessas condições, perpetuar a economia e a visão cosmológica de mundo deles”, comenta. (mais…)

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Homem é baleado em área que registra conflito com grileiros

O acampamento reúne um complexo de quatro fazendas da união que foram griladas

Um trabalhador rural do Acampamento Cipó Cortado, em Senador La Roque, no Maranhão, foi baleado no sábado, após o acampamento ser invadido por pistoleiros.

Segundo a Página do MST, ele atende pelo nome de Edmilson e permanece hospitalizado. Desde quinta-feira, 280 famílias que ocupam a área desde 2007, se encontram sob ameaças de pistoleiros, que pressionam as famílias a desocuparem o local.

O acampamento reúne um complexo de quatro fazendas da união que foram griladas, e todas elas estão em processo de regularização para o assentamento das famílias acampadas pelo Programa Terra Legal. (mais…)

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Apesar da proibição da demolição do Museu do Índio, Cabral compra o terreno

Imóvel foi adquirido por R$ 60 milhões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

Jornal do Brasil – Caio de Menezes

Apesar de duas decisões judiciais impedirem a derrubada do prédio do antigo Museu do Índio  e o despejo dos indígenas que ali se encontram e formaram a Aldeia Maracanã, o Governo do Estado do Rio formalizou na tarde desta segunda-feira (29) a compra do terreno que pertencia à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vizinho do Estádio do Maracanã.

O negócio, de R$ 60 milhões de reais, é alvo de polêmica pois no espaço está o antigo Museu do Índio que o governador Sérgio Cabral pretende demolir para viabilizar obras de mobilidade do Estádio do Maracanã.

“Será feita uma área de mobilidade com determinadas características. E no meio do caminho tem esse prédio, que não é tombado e não tem nenhum valor histórico. Portanto, não tem cabimento ele ficar no meio do caminho de uma concepção que é para garantir segurança e conforto para milhares de pessoas que vão ao Maracanã”, disse Cabral ao JB no último dia 22.

Hoje, no entanto, durante o lançamento do 6º Salão do Livro das Escolas Estaduais, no Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova, Cabral, ao ser perguntado sobre o Museu do Índio, não quis responder sobre as polêmicas envolvendo a edificação. (mais…)

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