Náferson Cruz, A Crítica
As duas adolescentes de 13 anos que foram supostamente aliciadas por uma rede de tráfico de pessoas para fins sexuais, denominado grupo “Fênix”, seriam levadas para um município em Rondônia. Apenas neste mês foram registrados mais de 20 casos de desaparecimento de crianças e adolescentes no Conselho Tutelar de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus).
Sobre o caso, o delegado da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (31ª DIP) de Iranduba, José Elcy Barroso Braga, informou nesta quinta-feira (25), que as vítimas foram submetidas a exame de conjunção carnal no Instituto Médico Legal (IML), cujo laudo dará prosseguimento ao processo.
José Elcy acredita que nos próximos dias o caso será esclarecido. Segundo ele, a polícia também investiga a participação de outros suspeitos. Adriano Santos de Andrade, 18, conhecido como “Doidera”, suspeito de envolvimento no esquema de tráfico de pessoas no município de Iranduba está preso.
O delegado disse ainda que aguarda a autorização da justiça para decretar a prisão preventiva de Júlio César de Lima Fontes, 30, o “Petkovit”, também suspeito de participação no esquema. Após prestar depoimento Júlio Fontes foi liberado. Os suspeitos afirmaram que não forçaram as adolescentes Janaína Bartolomeu, 13, e Paula Bentes, 13, (nomes fictícios) a estarem na companhia deles e que desconhecem o tal grupo Fênix.
Em depoimento, Adriano e Júlio disseram que não mativeram relações sexuais com as adolescentes. Porém, uma delas confirmou a prática. Adriano relatou que Janaína foi sua namorada e que Paula era sua colega. As duas adolescentes, segundo relatos, estavam dispostas a sair de casa e vir morar em Manaus para ganhar dinheiro.
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Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.
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