MPF/PA quer fiscalização urgente para evitar que pesca predatória prejudique quilombolas

Uso de malhadeiras e de outros métodos proibidos durante o defeso vêm causando preocupação e revolta nas famílias

MPF – Ministério Público Federal

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) solicitou a diversos órgãos ambientais e de segurança que tomem medidas urgentes para evitar a pesca predatória em Santarém, no oeste do Estado. De acordo com comunidades quilombolas da região, a falta de fiscalização está comprometendo a sobrevivência das famílias e causando conflitos entre os moradores e pescadores ilegais.

Assinados pelo procurador da República Luiz Antonio Miranda Amorim Silva, ofícios com pedido para a realização de uma força-tarefa de fiscalização foram encaminhados na última quinta-feira, 4 de outubro, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e à Secretaria municipal de Meio Ambiente de Santarém.

O MPF/PA também solicitou apoio à Polícia Militar, à Polícia Civil, ao Corpo de Bombeiros e à Marinha, para acompanhamento dos trabalhos dos órgãos ambientais na fiscalização e orientação aos pescadores sobre as regras para o período de defeso. Além da fiscalização nos rios, à Secretaria municipal de Meio Ambiente de Santarém o MPF/PA pediu fiscalização nos mercados locais de venda de pescado, no prazo de 30 dias.

De acordo com depoimentos de representantes da Federação das Organizações Quilombolas de Santarém (FOQS), a situação é crítica nas regiões do Maicá, Ituqui, Tapará e Urucurituba principalmente devido ao uso de malhadeiras e de outros métodos de pesca proibidos durante o defeso.

“Tão grave é a questão que os comunitários noticiam que se organizam para realizar sem o auxílio do estado a fiscalização”, alerta o procurador da República no despacho que deu base aos ofícios encaminhados aos órgãos ambientais e de segurança. “Não se pode admitir que, em um Estado de direito, a autotutela transforme-se na única saída para as populações menos favorecidas e que dependem de atividades como a pesca para sua sobrevivência”.

Nos ofícios aos órgãos ambientais e de segurança pública, o procurador da República Luiz Antonio Miranda Amorim Silva ressalta a importância de que essas instituições atuem em parceria com a as lideranças comunitárias locais, como a FOQS, que têm informações detalhadas sobre as áreas e períodos mais críticos.

MPF/PA quer fiscalização urgente para evitar que pesca predatória prejudique quilombolas

Comments (2)

  1. Obrigada, Sandra, mas onde você viu essa informação sobre sermos finalistas? Não estamos sabendo de nada!
    Bjs. Tania.
    Em tempo: acabei de descobrir! Eu havia deletado o widget ontem, quando vi que ele havia sumido e estava só o título. Coloquei novamente o endereço e aí apareceu. Mas mantenho a pergunta: onde você viu essa resposta? Porque no saite do Topblog não vi nada…

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