Tania Pacheco – Combate ao Racismo Ambiental
O “Brasil Sulino” se inicia com o encontro dos jesuítas com os povos indígenas, na busca da “Terra sem Males”, que acabaria se transformando nas Missões. A crítica de Judith Cortesão é dura e correta: para juntar a conquista espiritual à territorial, constrói-se uma das mais violentas estratégias de lavagem cerebral, desestruturando totalmente a cultura e as tradições indígenas, a ponto de torná-los incapazes até mesmo de se defenderem. Desses índios desaculturados, do gado espanhol que prolifera pelos pampas, dos brancos pobres que irão “tocá-lo” sairá o que hoje seria um peão: o gaúcho, sem fronteiras, caminhando para onde o gado o leva.
Novas levas de migrantes chegarão com novas culturas: os açorianos; os portugueses do Norte, que trarão para o Sul do Brasil a tradição dos “faxinais”, de origem Celta. Pouco a pouco, na medida em que caminham desbravando novos pastos, os gaúchos serão substituídos pelos negros. Finalmente, será a vez dos italianos, alemães e poloneses, muitos até hoje arredios à tradição de miscigenação que demarca a história do País. É o que Darcy chama, jocosamente, de “a gringalhada que caiu lá como uma onda”. Em meio a tudo isso, Lupicínio Rodrigues e a gravação feita por Marcus Pereira, na Coleção da Região Sul, do “Boi Barroso” tocado pelo velho Mondadori. Amanhã, no penúltimo capítulo do documentário, será o momento de vermos o “Brasil Caboclo”. Um bom vídeo para vocês.
Desculpe, mas não ficou claro: você deseja receber o Boletim do Blog no seu e-mail?
MUITO BOM ESSA PAGINA QUERO MUITO RECEBER MARIA DA MESMA POIS TENHO INTERECE POR ESSES ASSUNTOS.