Indígenas panamenhos mantêm oposição à construção de hidroelétrica

Panamá, 21 mai (Prensa Latina) Indígenas panamenhos da comarca Ngöbe Buglé continuam opondo-se à construção de uma hidroelétrica em Barro Blanco sobre o rio Tabasará que, segundo eles, os afetará e terminará de expropriar suas terras.

Membros do Movimento 10 de Abril, liderado por Ricardo Miranda, ocupam áreas do projeto no distrito de Tolé, província de Chiriquí, e a polícia antimotins não conseguiu retirá-los.

Miranda disse que o governo não cumpriu com o acordado na mesa do diálogo com os indígenas em março deste ano, quando foi conseguido um acordo que permitiu a sanção de uma lei para reformar o código mineiro e proibir obras hídricas na comarca.

A empresa Genisa, que constrói a hidroelétrica, argumenta que esta é realizada fora da comarca, mas admite que 6,6 hectares indígenas são afetados. Os ngöbes respondem que ao represar o rio Tabasará, do qual dependem as comunidades, toda a área é afetada.

Barro Blanco está cercada por um cordão de policiais antimotins para impedir o acesso dos indígenas, enquanto a segunda cacica Mijita Andrade y Miranda não descarta mais e maiores ações, inclusive novos fechamentos de ruas.

O ministro de Governo, Jorge Ricardo Fábrega, negou as afirmações dos ngöbes sobre o não cumprimento dos acordos, mas a cacica geral, Silvia Carrera, responsabilizou as autoridades pelo que está acontecendo.

Toribio Gracia afirmou que não descansarão até que a construção seja paralisada, pois os indígenas foram expulsos de suas terras de forma arbitrária e querem que os trabalhos sejam suspensos.

http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=508756&Itemid=1

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