Mulheres de comunidades de terreiro de São Luís e do interior do Maranhão serão capacitadas sobre o tema autossustentabilidade para povos de matrizes africanas na I Oficina Fazendo Arte com Axé. A atividade é uma realização da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – Núcleo Maranhão, em parceria com a Secretaria de Estado de Igualdade Racial (Seir), o Fórum Estadual de Mulheres de Axé do Maranhão (Femema), secretarias estadual e municipal de Saúde e Terreiro Ilê Omolu Oxum do Rio de Janeiro.
A oficina será realizada, nesta quarta-feira (9) e encerrada no sábado (12), no Centro de Criatividade Domingos Vieira Filho, localizado na Rua do Giz, Praia Grande. A proposta dá continuidade às ações de fortalecimento e organização política das mulheres de religiões afro-brasileiras, iniciadas desde o ano de 2009 com a realização do I Encontro Nacional de Mulheres do Axé.
De acordo com a coordenadora da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – Núcleo Maranhão, Luzimar Brandão, a proposta do evento é ensinar às mulheres que integram as famílias de terreiro a conquistarem o próprio sustento por meio de trabalhos manuais e do artesanato.
“A nossa proposta é oferecer às mulheres de axé os conhecimentos técnicos necessários para que desenvolvam a capacidade de criar oportunidades de geração de renda com a utilização dos saberes tradicionais que adquiriram no seio das comunidades de terreiro. É também um momento de valorizarmos a nossa religiosidade e a riqueza cultural que vem da nossa ancestralidade africana.”, afirmou Luzimar Brandão, conhecida como Yá Luza D’Oxum.
A parceria com a Seir possibilitou a vinda das oficineiras Nilce Nascimento e Kátia Lopes, que pertencem ao terreiro Ilê Omolu Oxum, e o assessoramente na atividades da Rede. Ainda este ano, outras atividades serão realizadas por meio da parceria entre Seir e Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde. “Nós estamos pactuando diversas ações que tem como objetivo o fortalecimento da identidade e a sustentabilidade dos saberes dos povos de terreiro do Maranhão.”, afirmou a secretária- adjunta da Seir Benigna Almeida.
Essa é a primeira oficina que a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde com a temática voltada para o empreendedorismo e a sustentabilidade dos povos de matrizes africanas. O encontro reunirá aproximadamente 30 mulheres, sendo 20 da capital e 10 vindas de comunidades de terreiro dos municípios de Codó, Guimarães, Lima Campos, Cururupu e São Vicente Férrer.
Enviada por Edmilson Pinheiro.
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