A Assembleia Nacional da Comissão Pastoral da Terra – CPT, reunida em Hidrolandia – Goiás, para a sua XXIV Assembleia Nacional, com a presença de 72 pessoas – bispos, agentes pastorais, assessores – tomou conhecimento dos sofrimentos lutas e esperanças da Comunidade do Quilombo Rio dos Macacos, da região metropolitana de Salvador – BA, e manifesta sua total solidariedade com este Quilombo e seu repúdio pelos atos constantes de intimidação e de terror com os quais Agentes da Marinha do Brasil cerceiam a liberdade das famílias desta comunidade, com o objetivo de provocar o abandono de seu território que possuem há mais de 150 anos. Confira a moção de solidariedade.
MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE DA ASSEMBLEIA NACIONAL DA COMISSÃO PASTORAL DA TERRA AO QUILOMBO RIO DOS MACACOS REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR – BAHIA
À Presidência da República Federativa do Brasil,
Ao Conselho de Defesa Nacional,
Ao Ministério do Desenvolvimento Agrário,
Ao INCRA,
Ao Ministério da Defesa,
À Marinha do Brasil
À Fundação Palmares
À Sociedade Brasileira
A Assembleia Nacional da Comissão Pastoral da Terra – CPT, reunida em Hidrolandia – Goiás, para a sua XXIV Assembleia Nacional, com a presença de 72 pessoas – bispos, agentes pastorais, assessores – tomou conhecimento dos sofrimentos lutas e esperanças da Comunidade do Quilombo Rio dos Macacos, da região metropolitana de Salvador – BA.
Através desta, a Assembleia manifesta sua total solidariedade com este Quilombo e seu repúdio pelos atos constantes de intimidação e de terror com os quais Agentes da Marinha do Brasil cerceiam a liberdade das famílias desta comunidade, com o objetivo de provocar o abandono de seu território que possuem há mais de 150 anos. Herança de seus ancestrais
habitado por mais de 50 famílias, que ali nasceram e se criaram, este território é visado pela Marinha em vista de seus fins que não podem se sobrepor aos diretos anteriores do Quilombo
Juntamente com outras entidades de apoio, a CPT Nacional estará em alerta a fim de queterminados os levantamentos e estudos previstos pelo INCRA e a Fundação Palmares, seja garantida juridicamente o direito da permanência de toda a comunidade neste seu território tradicional.
Apoiamos a vontade dos Quilombolas do Rio dos Macacos quando não aceitam que se construam contra eles anunciadas “condições para uma saída pacífica da comunidade” através de crédito fundiário para aquisição de outra área.
A garantia do território do Quilombo Rio dos Macacos, além de ser a concretização do direito conquistado com muitas lutas, é parte do pagamento da dívida social que o Estado tem com o povo negro da Bahia e do Brasil.
Goiânia, 29 de março de 2012
Assembleia Nacional da Comissão Pastoral da Terra – CPT
http://www.cptba.org.br/