Atenção! Moradora que ajudou a denunciar a violência no sul do Amazonas é assassinada!

Dinhana Nink, trabalhadora de 27 anos que morava no assentamento Gedeão no sul do Amazonas foi assassinada dentro de casa na madrugada do dia 31. Ela foi uma das entrevistadas para a reportagem da agência Pública sobre violência no sul de Lábrea.

Dinhana sofria ameaças e teve sua casa queimada em novembro, depois de se envolver em uma discussão com um madeireiro da região. Ela fez um BO e pediu ajuda para a polícia, mas nada foi feito.

Morando de favor na vila Nova Califórnia (RO), ela deu a entrevista ao lado de seu filho de 6 anos. Ao final da entrevista, Dinhana concordou em publicar seu nome e sua foto (o que a reportagem não fez).

Ela disse: “Vou seguir a coragem da Nilce e denunciar quem me ameaça. Se a gente não falar, isso não muda nunca”.

Enviada por Rubem Siqueira.

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Comments (2)

  1. É triste saber o que aconteceu com a Dinhana. Eu a conheci na infância, em meados da década de 1980, quando morávamos no município de Cacoal, RO. Fiquei sabendo da notícia hoje a noite, enquanto batia papo com minha mãe, que era madrinha de Dinhana. É preciso tomar muito cuidado antes de fazer uma denúncia contra a máfia de exploradores ilegais de madeiras na Região Amazônica. Minha pergunta aqui é: é possível fazer uma denúncia anônima, de forma que nem as autoridades saberiam que está a fazer a denúncia?

    (Um pouco sobre mim: sou escritor e publico uma revista cultural na Cidade de Nova York, EUA. No caso do assassinato da Dinhana Nink, sinto muito pela perda da vida dela, desnecessária, pela família e amigos dela, e pelo inocente filho de 6 anos, que presenciou tal barbaridade!)

  2. Eis o negativo de um filme que vem sendo gradualmente revelado, mostrando a realidade do descaso, do abandono, da ausência do Estado com suas políticas públicas de segurança, saúde e educação a que vivem relegados os Povos da Amazônia. O Estado brasileiro quando não cumpre com seus deveres constitucionais se transforma em deliquente. A Amazônia continua sendo uma terra sem lei, dominada por criminosos que impõem seu poder pelas armas, pela opressão, pela grilagem de terras públicas e contratação de jagunços. Isto é causado pela ausência do poder público e que os torna responsáveis por todas as desditas e sofrimentos causados a esses irmãos amazônidas.

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