Colombia: Rechazan asesinato del líder comunitario Manuel Ruiz

Acin, 2 de abril,2012.- El Foro Interétnico Solidaridad Chocó (Fisch) denunció ante la opinión pública el vil asesinato del líder comunitario Manuel Ruiz y de su hijo Samir Ruiz Gallo, así como las amenazas a líderes y lideresas del Bajo Atrato y Darién por reclamar en contra de la vulneración de los derechos de las comunidades de los territorios colectivos y cabildos indígenas a quienes se les ha usurpado sus tierras.

Comunicado a la opinión pública

Rechazamos el vil asesinato del líder comunitario Manuel Ruiz

El Foro Interétnico Solidaridad Chocó, FISCH, denuncia ante la opinión pública y rechaza el vil asesinato del líder comunitario Manuel Ruiz y de su hijo Samir Ruiz Gallo, así como las amenazas a líderes y lideresas del Bajo Atrato y Darién que vienen reclamando por la no vulneración de los derechos de las comunidades de los territorios colectivos y cabildos indígenas a quienes han usurpado sus tierras.

Es evidente el recrudecimiento del conflicto armado en el departamento del Chocó y las pocas acciones efectivas por parte del Gobierno Nacional, con todas sus dependencias, para proteger a la población civil y a los lideres y lideresas que vienen reclamando la restitución de las tierras de cientos de comunidades; el asesinato del líder comunitario Manuel Ruiz y de su hijo menor de edad así lo demuestran. (mais…)

Ler Mais

Ufal pesquisa a única língua indígena que permanece viva no Nordeste

Na escola da aldeia Fulni-ô, o Yaathe é ensinado com o mesmo status do Português

O interesse da professora Januacele da Costa, da Faculdade de Letras da Ufal, começou quando ela ainda era criança. Natural de Águas Belas – Pernambuco, onde fica a aldeia dos fulni-ô, Januacele presenciava os índios conversando na língua materna. “Mas era uma comunicação cercada de preconceitos. As pessoas da cidade mantinham uma certa distância. Diziam que os ‘cabocos’ estavam ‘cortando língua’”, conta a pesquisadora.

Quando começou o mestrado em Letras, na Universidade Federal de Pernambuco, o interesse da infância se tornou objeto de estudo, abraçado com muita paixão por mais de duas décadas. A dissertação de mestrado foi dedicada ao perfil sociolinguístico dos Fulni-ô e a tese à descrição da língua, o Yaathe. “É um fato extraordinário que, mesmo depois de 300 anos de contato com a colonização branca, com todo o peso das missões católicas e da dominação cultural, os fulni-ô tenham conseguido manter a língua ancestral viva e funcional, sendo utilizada no dia a dia da comunidade”, diz com entusiasmo a pesquisadora.

Na Ufal, desde 1993, como professora da graduação e pós-graduação em Letras, Januacele já orientou e produziu vários trabalhos científicos sobre a gramática da língua Yaathe, teoria e análise linguística e documentação da língua. Mas toda essa pesquisa é pautada por um grande respeito pela cultura fulni-ô. “Para eles é uma língua sagrada, que não é ensinada a pessoas de fora da aldeia, por isso, os trabalhos de caráter didático que produzimos ficam na aldeia. O que divulgo são os artigos científicos”, ressalta a linguista. (mais…)

Ler Mais

A terceira margem do rio

Pe. Dário

O rio Pindaré desce devagar e amplo nesse inverno, beirando os povoados do interior de Buriticupu, Maranhão profundo.

Grupos de famílias instalaram-se nas terras à sua beira, numa reforma agrária que interrompe as manchas de leopardo, terras de fazendeiros.

À margem do rio corre outro fluxo de escoamento: a linha de ferro da Vale, que transporta a cada dia cerca de 300 mil toneladas de minério de ferro para fora do País.

Esse trem do lucro não para, nem conhece obstáculos. Atropela, mata, acorda com o seu barulho e racha pelas vibrações as casas encostadas aos trilhos.

À outra margem, há pastos de uma fazenda, que aos poucos deve ter comprado e juntado os lotes dos assentados.

Nova acumulação, reforma agrária ao contrário: ainda há condições de mudar essa história, inverter os fluxos, modificar o curso da correnteza, voltar a sentir o rio, a terra, os recursos como patrimônio de todos? (mais…)

Ler Mais

Trabalhadora é ameaçada de morte na zona da mata de PE

A Comissão Pastoral da Terra denunciou nesta quarta-feira, dia 29 ao Ministério Público de Pernambuco mais uma situação de ameaça de morte no campo. A trabalhadora Manuela Maria Águida de Queiroz, sitiante do Engenho Vista Alegre, localizado em palmares/PE vem sofrendo sistematicamente perseguições e ameaças por parte do proprietário do Engenho e de seu irmão, José Artur Dias.

O Conflito – O Engenho Vista Alegre onde mora a família de Dona Manuela, é composto por 24 famílias de sitiantes que vivem no local há mais de 50 anos. A maioria das famílias trabalha ou já trabalhou para o proprietário do Engenho e de acordo com relato dos moradores, são inúmeros os casos de violações de direitos trabalhistas protagonizadas pelo proprietário ao longo do tempo. Em 2010, as famílias, com o apoio da Comissão Pastoral da Terra, solicitaram ao Incra a vistoria do imóvel. Em 2011, com o objetivo de fortalecer a organização e o enfrentamento às constantes violações de direitos, a comunidade fundou a Associação dos Moradores do Engenho. Desde então, afirma a trabalhadora, o proprietário do Engenho “vem forçando o cancelamento da Associação”. (mais…)

Ler Mais

AC – Entre Rio Branco e Sena Madureira: testemunhamos comovidos a presença de um povo indígena vivendo sem terra, em condições insalubres

Cleber César Buzatto, Secretário Executivo do Cimi

Entre Rio Branco, capital do Acre, e Sena Madureira, região do Yacco do estado, percorremos aproximadamente 140 km na tarde deste domingo, 1º de abril. Durante todo o percurso, testemunhamos impressionados, de ambos os lados da rodovia BR-364, a ocupação territorial absoluta tomada por grandes rebanhos de gado bovino pastando e pisando a terra já amplamente degradada em latifúndios a perder de vista. Derramou-se ali, junto com a lama que assoreia os rios e igarapés desprotegidos, a imagem de que este é um estado que preza pela defesa do meio ambiente.

Em Sena Madureira, já ao anoitecer, visitamos lideranças do povo Jaminawa que vivem na área urbana do município. Percorrendo vielas estreitas e ainda muito úmidas, num amontoado de pequenas casas e muitos casebres, nas margens alagáveis e recentemente alagadas do Rio Yacco, testemunhamos comovidos a presença de um povo indígena vivendo sem terra, em condições insalubres. Ao longo do caminho, espremidos nos estreitos trilhos que rasgam a vila, dezenas de crianças e jovens conversavam na língua materna pertencente ao do tronco linguístico Pano.

Impossível não estabelecer, de imediato, um paralelo estarrecedor. Ao longo de 140 km, a terra aberta estendendo-se ao longo das planícies até a vista alcançar o horizonte toda ocupada e sofrendo as pisadas doloridas de bois gordos, bem saciados. Em Sena Madureira, um povo vivendo sem nenhum palmo de terra onde possa plantar o próprio e digno sustento, dependente da mendicância e da busca de alimentos nas lixeiras da cidade para sobreviver e vendo suas crianças famintas sendo, a todo o momento, enxotados por comerciantes convictos de que estariam tratando com seres inferiores a si próprios. (mais…)

Ler Mais

“É um absurdo a academia insistir na tese de que há níveis toleráveis de agrotóxicos e que essas quantidades não têm efeito negativo em nossa saúde”

A batalha contra a intensa utilização de agrotóxicos no país ganhou também o Congresso Nacional. No final de 2011, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou um relatório que revela os riscos desses venenos para a saúde humana e ambiental. Após mais de seis meses de trabalho de investigação e de escuta de todos os setores envolvidos na produção, comercialização, utilização e pesquisa dos agrotóxicos, a subcomissão criada especialmente para estudar o tema concluiu que o ideal é que esses produtos parem totalmente de ser usados na agricultura do país. O deputado Padre João (PT-MG), autor do relatório, conta, nessa entrevista, as falhas que os parlamentares encontraram na legislação brasileira, as contradições nos discursos dos defensores dos agrotóxicos e as alternativas ao uso desses venenos, vistas de perto pelos deputados.

O relatório da subcomissão especial sobre o uso de agrotóxicos e suas consequências à saúde aponta que quando se fala de substâncias tóxicas, como os agrotóxicos, não há como suprimir o risco envolvido na utilização desses produtos, apenas reduzi-lo a níveis aceitáveis. O Brasil hoje utiliza agrotóxicos de forma a reduzir os riscos a níveis aceitáveis?

Infelizmente não. E esse é um aspecto muito delicado, porque estamos falando de algo que está sendo ingerido junto com nossa alimentação. Não temos o controle sobre o uso dos agrotóxicos nem na produção, nem na comercialização, muito menos na utilização desses venenos, que é feita intensamente no campo e até mesmo nas cidades, onde existem as tais capinas químicas (método de controle da vegetação com o uso de agrotóxicos). Então, os agrotóxicos atingem diretamente o campo e a cidade e, indiretamente, toda a população brasileira na forma de resíduos nos alimentos. (mais…)

Ler Mais

Conjuntura da Semana – Transposição do rio São Francisco: Um grande erro!

Aos poucos vai se confirmando o que os movimentos sociais, cientistas e especialistas diziam sobre a transposição do Rio São Francisco: A obra é um grande erro e se transformou num mico nas mãos de Dilma, uma das heranças malditas deixadas por Lula.

A análise da conjuntura da semana é uma (re)leitura das “Notícias do Dia’ publicadas diariamente no sítio do IHU. A análise é elaborada, em fina sintonia com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, pelos colegas do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT, com sede em Curitiba-PR, parceiro estratégico do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, e por Cesar Sanson, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, parceiro do IHU na elaboração das Notícias do Dia. Eis a análise.

Equívocos da transposição do São Francisco

Empreiteiras ávidas por mais recursos, obras paradas, cronograma adiado, problemas com licitações, aumento bilionário nos custos, canais rachados, túneis desabando, deslizamento de solo, empregos frustrados e caatinga devastada envolvem a transposição do Rio São Francisco. Já se coloca em dúvida se um dia a obra terminará e, ainda mais grave, vai se confirmando a denúncia da ineficácia da transposição para levar água aos que mais dela precisam. (mais…)

Ler Mais

Porto de Açu e os equívocos da desapropriação de terras. Entrevista especial com Ana Maria Costa

“A instalação do Complexo Industrial Porto do Açu provocará impactos diretos em 32 municípios de Minas Gerais e Rio de Janeiro por serem cortados pelo mineroduto. Porém, seguramente os mais impactados serão Campos dos Goytacazes e São João da Barra”, informa a assistente social

Para que o Complexo Industrial do Porto de Açu seja construído, a estimativa é de que 1.500 famílias tenham suas terras desapropriadas. De acordo com a assistente social e professora da Universidade Federal Fluminense –UFF, Ana Maria Costa, o acordo de reassentamento firmado entre as famílias que vivem no V Distrito de São João da Barra, a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro – Codin e a LLX, empresa responsável pelo empreendimento, não está sendo cumprido e as famílias que já foram reassentadas não podem utilizar as novas terras. “Até agora foram construídas somente 34 casas, com uma área pequena no entorno, de apenas dois hectares. (…) Os reassentados foram orientados a não iniciar a produção, em especial a de culturas permanentes como árvores frutíferas, em função da empresa ainda não ter a propriedade dessa área”. Segundo a pesquisadora, as terras em que as famílias estão reassentadas pertencem “ao grupo OTHON/Usina Barcelos e se encontram em litígio, pois existem dívidas trabalhistas com seus empregados”. Isso significa, explica, que caso “todas as famílias aceitem ser transferidas, primeiramente não haveria casas e terras para todas; e, em segundo lugar, elas poderiam ser novamente expulsas a qualquer momento”. (mais…)

Ler Mais