Revoltante: “Produtores rurais são retirados à força de terras em São João da Barra”

O vídeo não pode ser copiado, mas merece ser visto, porque é simplesmente revoltante! Embora curto, mostra o desespero dos agricultores familiares, que vai da prisão de um às lágrimas de um velho de barbas brancas, em depoimentos comoventes. Suas hortas prontas para serem colhidas, no seu caso, pelo menos, são sumariamente abandonadas à força, enquanto as retroescavadeiras se aproximam para acabar com suas casas e com tudo o que el@s construíram ao longo das décadas, como diz a própria repórter da Globo. A revolta é tanta, que dá vontade de largar tudo e ir se juntar a eles, para resistir na marra. É inacreditável que isso possa estar acontecendo em qualquer lugar do País. Mas o fato de ser a poucos quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, diretamente sob os holofotes e câmeras, deixa claro o nível de violência que ocorre nos rincões onde não existe essa mesma possibilidade de exposição pública. Para ver o vídeo, clique aqui. A matéria vai abaixo. TP.

A Polícia Militar e Oficiais de Justiça cumprem, no início da tarde desta terça-feira (13), mandados de reintegração de posse em terrenos próximos ao Porto do Açu, em São João da Barra. Cerca de 40 PM’s estão no local desde as 5h. Segundo a assessoria de imprensa da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado, as últimas famílias que ocupam áreas da Codin estão sendo retiradas.

Mais de 40 homens da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros deram suporte aos cumprimentos de mandados de desapropriações de terra. Três propriedades rurais do 5º distrito de São João da Barra foram ocupadas pelo governo do estado na manhã desta terça (13). Neste terreno, as máquinas destruíram as plantações e demoliram uma casa.

O dono da terra entrou em desespero e tentou impedir a passagem de uma retroescavadeira. O produtor rural foi preso pela Polícia Militar por desobediência e resistência. O homem foi algemado e levado para o carro da Polícia.

Em outra propriedade, a família recusa a permitir a entrada dos Oficiais de Justiça. É um momento de muita tensão. Os oficiais estão tentando convencer a família a entregar a terra.

Os trabalhadores rurais tentaram uma última negociação. Depois de quase uma hora de conversa, os Oficiais conseguiram entrar na área para descrever os bens patrimoniais da família. O dono da terra estava em casa inconsolável. S. Antônio Toledo sofre com a perda da terra que aprendeu a amar.

A Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro informou que as famílias estão sendo reassentadas e que recebem auxílio produção no valor que varia de um a cinco salários mínimos.

De um lado produtores rurais que vivem no local há anos, até mesmo décadas. Do outro, o desenvolvimento batendo à porta. Todo esse impasse começou no início do ano passado.

São cerca de 400 desapropriações para a construção do distrito industrial. Muitos produtores rurais não concordam com esse processo. Não querem deixar as terras. Por diversas vezes, eles fizeram manifestações e interditaram a estrada que dá acesso ao Porto do Açu.

http://in360.globo.com/rj/noticias.php?id=24842. Enviada por Jorge Borges.

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