Os tamanhos das máquinas públicas

Por Andre Araujo

Comentários do post “Os servidores-fantasmas do Senado”

São 29.000 funcionários no Congresso, que poderia funcionar com 1.000 sem qualquer problema. O Brasil está desperdiçando um momento econômico bom com imensas fogueiras de dinheiro público, não só no Congresso mas também nos 38 Ministérios. Só o da Pesca, um dos menores, tem 67 assessores no Gabinete do Ministro; o Itamaraty há 15 anos tinha 12 divisões e departamentos, hoje tem mais de 70, além de 50 novas embaixadas até em ilhotas com 8.000 habitantes.

São 27.000 cargos de confiança na máquina pública, contra 130 na Inglaterra. O Tribunal Superior Eleitoral construiu uma nova sede por mais de 500 milhões de reais, além de novas sedes e anexos por toda Brasilia. A farra com dinheiro público não tem cor partidária, é a mesma cultura do dinheiro sem dono, máfias saqueiam a merenda escolar, comida para crianças, remédios em hospitais,  contratos de informática fajutos pululam por ministérios, tribunais e assembleias, a terceirização domina.

A Copa vai queimar bilhões em estádios inúteis em lugares que não tem  esgoto. É uma velha cultura de um país displicente, o povão não tem consciência que é seu dinheiro de impostos que está sendo queimado. A cultura mineiro-nordestina do emprego público como única atividade é secular.

Os salários das cúpulas burocráticas no Brasil são os maiores do mundo. Só na Assembleia Legislativa do Rio existem 357 servidores ganhando mais do que o teto, que já é muito alto, R$26.000. A maioria no mercado competitivo não conseguiria emprego de R$1.800; isso vale para todo o Brasil, especialmente para os Estados mais pobres.

As Prefeituras  não resistem a uma auditoria rápida, que o diga a Controladoria Geral da União,  “prefeitos de coalizão” precisam pagar pedágio nas Câmaras de Vereadores para não serem cassados, o Brasil resistirá?

Acho que não, uma hora a casa cai porque a tendência das pragas é tomarem o terreno se não tiver herbicidas, e nós estamos sem inimigos naturais para a fogueira de dinheiro público que cresce em progressão geométrica. Depois estranham porque o crescimento do PIB é tão murcho.

Por foo

Concordo com o André.

Aqui está um gráfico que eu fiz em 2009:

O gráfico acima leva em conta a renda média (e não o salário mínimo) de cada país.

Se fôssemos considerar o salário mínimo, o absurdo seria ainda maior: os deputados brasileiros receberiam 49 salários mínimos.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-tamanhos-das-maquinas-publicas

Enviada por José Carlos.

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