Era das utopias: Capitalismo – “Fazendo a América” e “O lado B da América”

“Era das Utopias” é uma minissérie de seis episódios divididos em três temas: ‘Utopia Socialista’, ‘Utopia Capitalista’ e ‘Novas Utopias’. “Qual sua utopia?” foi a pergunta que guiou a minissérie da TV Brasil, dirigida pelo cineasta Silvio Tendler em 2010. Como cada episódio tem perto de 30 minutos, estamos postando em três partes: sexta-feira, dia 2 de março; sábado, dia 3; e domingo, 4 de março, sempre às 12:30h. Observação: a “dica” inicial foi enviada por Antonio Ateu para o blog de Luis Nassif.

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Rio Tapajós: derradeiro peão no tabuleiro de xadrez da Amazônia

Telma Monteiro

No final de 2011, como resolução de ano novo, eu prometi a mim mesma que deixaria o ativismo socioambiental. Que fique claro que esta não seria a primeira vez a me impor tal determinação. Achei, no entanto, que seria a última e que resistiria bravamente às provocações e apelos das notícias que envolvem os desmandos do setor elétrico contra os povos e rios da Amazônia. Contra a vida, enfim.

Foi em vão. Mesmo desestimulada pelos rumos tomados pelos enfrentamentos socioambientais, dei-me outra chance ao escrever mais este texto. Talvez eu não tenha completado meu carma ou não tenha esgotado meus argumentos para provar as ilegalidades dos processos de licenciamento de grandes obras. Ou talvez eu ainda acredite que temos chances de reverter este modelo de desenvolvimento ultrapassado e predatório que estão impondo ao Brasil. (mais…)

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Nota de repúdio à proposta do Governador Jaques Wagner em relação à transferência da Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu

Em fevereiro de 1857, Marciano de Jesus Fontoura, sub-delegado de polícia da então Vila do Prado, no atual extremo sul baiano, protestou, junto a Casemiro de Sena Madureira, Diretor Geral dos Índios, contra a pretendida mudança dos índios estabelecidos nessa Vila para a de Alcobaça, sob a justificativa de que eram índios moradores às margens do rio da Vila do Prado desde a criação da mesma e não lotes de gado que o pastor leva para o lugar que mais interesse tem (1857. 02. 10. Ofício de Marciano de Jesus Fontoura, Sub-delegado de Polícia do Prado, a Casemiro de Sena Madureira, Diretor Geral dos Índios. APEB – Secção Histórica: Presidência da Província – Agricultura, Indústria e Comércio – índios – Maço 1857-1864). A pretendida mudança de Índios Pataxó e de outras etnias ali estabelecidos não se concretizou.

Exatos 155 anos depois – ou pouco mais de um século e meio do fato acima relatado -, o governador do estado da Bahia, Jacques Wagner, propõe, em flagrante desrespeito à Constituição Federal e, consequentemente, aos legítimos direitos dos Pataxó Hãhãhãe sobre as terras que tradicionalmente ocupam, que a Reserva Indígena Caramuru-Paraguaçu “seja deslocada da área original e demarcada em outro local, na mesma região, como forma de reparação pela ocupação das terras por fazendeiros e pelo surgimento das cidades. Os índios ser[iam] compensados com equipamentos públicos como escolas, posto de saúde, estradas e equipamentos agrícolas”(“Wagner sugere compensar Índios por área ocupada”, por Leonel Rocha/Época). (mais…)

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Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas entra no GA do CFSC na Rio+20

A Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas, em  recente reunião do CFSC realizada nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, teve aprovada sua entrada no GA (Grupo de Articulação) do CFSC (Comité Facilitador da Sociedade Civil) da Rio+20.

O grupo responsável pela organização da Cúpula dos Povos é o Comitê Facilitador da Sociedade  para a Rio+20, o CFSC, grupo plural, formado por organizações, coletivos e redes da sociedade civil brasileira, cujo objetivo é articular a participação da sociedade civil no processo iniciado pela Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (mais conhecida como Rio+20), que ocorrerá no Rio de Janeiro, em junho de 2012.

O Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 tem assento na Comissão Nacional para a Rio+20 e também é considerado pela Rio+20 como grupo de articulação local.  (mais…)

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Representantes de cinco biomas se reúnem para discutir mudanças climáticas

Bianca Pyl

Vindos das regiões Norte, Nordeste e Sudeste, indígenas, pescadores, quilombolas e agricultores familiares se reunirão em Salvador (BA) na próxima segunda-feira (5) para discutir o tema das mudanças climáticas. Durante o seminário “Mudanças Climáticas e Desastres – analisando riscos e preparando alternativas locais”, integrantes de comunidades tradicionais e rurais, ligados a 19 organizações brasileiras, terão a oportunidade de discutir metodologias para trabalhar o tema das mudanças climáticas e pensar formas de mitigar as consequências já sentidas no cotidiano das comunidades. Os participantes vivem em cinco biomas diferentes, a Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Zona Costeira.

O evento é uma ação do Programa Direito à Terra, Água e Território (DTAT), apoiado pela Agência Holandesa ICCO e ocorrerá até o dia 7 de março. A organização do seminário é da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e da Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP).

Na programação, está prevista uma atualização sobre a Rio + 20 e as negociações internacionais sobre o Clima, além da apresentação da metodologia de Avaliação de Riscos Climáticos (CLID). “Especificamente, iremos apresentar uma metodologia, que propõe uma abordagem bastante detalhada para informar as comunidades sobre o tema, avaliar os riscos a que poderão ser submetidas e planejar alternativas de enfrentamento”, explica Augusto Santiago, da CESE. (mais…)

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Conhecimento além da aldeia


Rafael Fereira, da etnia pataxó, enfrentou 15 horas de viagem de Cumuruxatiba a BH. O jovem diz que vai ser difícil viver longe da natureza, mas está empolgado com curso de ciência sociais

Jovens de várias etnias enfrentam o desafio de sair de suas aldeias e viver numa grande cidade para fazer um curso superior e contribuir com a qualidade de vida em suas tribos

Glória Tupinambás

Se os pajés encontraram nas forças da natureza remédios para todos os males, agora jovens indígenas buscam na ciência o conhecimento para levar saúde e qualidade de vida para o seu povo. Doze representantes das tribos Pataxó, Xakriabá, Pankara, Kambeba e Tupiniquim, entre outras, são os mais novos estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A partir deste mês, eles ocupam vagas em cursos de medicina, enfermagem, odontologia, ciências biológicas e ciências sociais, em Belo Horizonte, e agronomia, em Montes Claros, no Norte do estado.

A pele morena e o cabelo preto e liso são a marca registrada do grupo, mas não espere encontrar pelo câmpus índios de cocar, pinturas no corpo ou arco e flecha nas mãos. Nascidos e criados em aldeias e tribos no interior de Minas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pernambuco e Espírito Santo, os jovens já são íntimos da moda urbana, das tecnologias e das facilidades do mundo moderno. Ontem, dia de matrícula na universidade, eles se mostravam animados com o início de uma nova etapa de vida, mas não escondiam o receio de morar na cidade grande, longe da cultura e dos costumes indígenas.

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