28 de fevereiro de 1933: Bertold Brecht foge da Alemanha

Bertolt Brecht fugiu da Alemanha nazista em 28 de fevereiro de 1933, um dia após o incêndio do Reichstag. O escritor sabia que logo começaria a caça à esquerda e aos opositores do regime de Hitler

No dia em que o escritor Bertolt Brecht deixou a Alemanha, em 28 de fevereiro de 1933, a notícia nem sequer saiu no jornal. Ele não anunciara que iria deixar o país, e o tema das manchetes do dia era outro: o incêndio do Reichstag, na véspera.

A polícia responsabilizou a esquerda e logo apresentou o suposto autor do incêndio. Os nazistas aproveitaram para prender um grande número de sindicalistas, socialistas e comunistas, que foram enviados aos primeiros campos de concentração, improvisados para esse fim.

Visionário que conhecia o perigo

Como nenhum outro intelectual, Brecht previra a catástrofe iminente, o que aconteceria se os nazistas assumissem o poder na Alemanha. Sua Lied vom SA-Mann (Canção do homem da SA) deixa transparecer toda a sua clarividência.  Nela, ele descreve como a depressão no final da década de 1920, as batalhas de rua e as eternas crises de governo culminariam nas barbáries do Terceiro Reich. “Dormi de fome, com o estômago roncando. Pegando no sono ouvi gritarem: ‘Acorda Alemanha’. E vi muitos marcharem gritando ‘Vamos ao Terceiro Reich!’ Eu não tinha nada a perder e fui com eles, sem me importar para onde.” (mais…)

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Trabalhadores do Porto do Açu cruzam os braços e fazem manifestação

Principais acessos às obras do Porto foram bloqueados pelos manifestantes

Funcionários da ARG, e de pelo menos outras cinco empresas que executam as obras do Superporto do Açu, em São João da Barra, voltaram a cruzar os braços na manhã desta segunda-feira (27/02), por volta das 7h, fechando os principais acessos ao local, ateando fogo em pneus e galhos na estrada.

Os trabalhadores pedem a regularização das horas “in itinere”, tipo de hora extra que se caracteriza no deslocamento que o empregado faz de sua residência ao trabalho e vice e versa. Segundo um manifestante, que não quis se identificar, empresas estariam contabilizando apenas metade do percurso. Além disso, os funcionários reivindicam horas trabalhadas nos domingos, melhores condições de trabalho e higiene nas acomodações e alimentação. (mais…)

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Nota do SASP sobre o Ato dos Juristas em Defesa do Pinheirinho

Foto: Cedida pelo Mandato Ivan Valente

NOTA SOBRE O ATO DOS JURISTAS EM DEFESA DAS FAMÍLIAS DO PINHEIRINHO

O Ato será transmitido pela Rede Vida, dia 04/03 , às 19h30.

No dia 16 de fevereiro, mais de 300 pessoas participaram do Ato organizado pela Comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo realizado na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, que se fizeram presentes para manifestar apoio às famílias do Pinherinho.

O salão foi pequeno para abrigar as advogadas, advogados, defensores públicos, procuradores, juízes, estudantes de direito e representantes de entidades dos mais diversos setores sindicais e populares, indignados diante da violência perpetrada e ilegalidades cometidas na reintegração de posse da comunidade Pinheirinho ocorrida no dia 22 de janeiro.

O SASP convidou diversos juristas que partilham do entendimento de que em nome da lei foram cometidas uma das maiores agressões aos Direitos Humanos em nosso país, e que o Estado deve ser responsabilizado por tais atrocidades.

As advogadas e advogados de São Paulo não poderiam deixar de se manifestar diante dos argumentos que tentam legitimar tal violência, por meio da alegação de que se trata de estrito cumprimento de determinação judicial, o que vem se provando ser uma falácia. (mais…)

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Quem matou o Tapajós? Testemunho de Dona Laosminda, moradora de Mangabal (Pará, Brazil)

Nas beiras do Alto Rio Tapajós (Pará, Brasil), está tendo lugar um dos muitos confrontos entre duas visões do mundo completamente opostas: de um lado uma economia local de subsistência, sustentável e desenvolvida ao longo de centenas de anos pelos habitantes dessas terras e do outro uma economia global ávida de matérias-primas baratas.

Nos últimos 100 anos, as comunidades do Tapajós tiveram que lidar com diferentes graus de espoliação. Agora, a mais dos grandes danos causados por sucessivas “febres” de borracha, ouro, madeira ou agronegòcio, um grande complexo hidrelétrico ameaça afogar o Tapajós e arruinar tudo o que significa o grande rio. (mais…)

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Gingas do Brasil – Personagens inesquescíveis do samba

CHICO SCIENCE

Francisco de Assis França era o nome do homem, que de Francisco de Assis (o santo) tinha muito: as raízes ecológicas fincadas no mangue, o imaginário regido por bichos encantados, aratus, chiés, gabirus e urubus. Dentre todos eles, Chico elegeu um em especial – o caranguejo – como animal totêmico, que representa o homem faminto espumando de fome, considerado menos que homem, menos que bicho, pela sociedade burguesa, e o internacionalismo operário ascendente com suas antenas parabólicas recebendo e enviando estimulantes mensagens revolucionárias mundo afora. (mais…)

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Julgamento de despejo contra indígenas Guarani-Kaiowá é mais uma vez adiado

O futuro da comunidade indígena Laranjeira Nhanderu, da etnia Guarani Kaiowá, continua indefinido após um novo adiamento da decisão do julgamento, que ocorreria ontem (27). Os indígenas sofrem uma ameaça de despejo da terra onde vivem.

O território fica no município de Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul. A Justiça irá decidir pela reintegração de posse aos proprietários da Fazenda Santo Antônio da Nova Esperança ou assegurar a continuação do processo de identificação e demarcação das terras pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

A reintegração de posse, emitida no dia 26 de janeiro, foi determinada sob a alegação de que a Funai não havia apresentado o relatório de identificação da terra no prazo, expirado em dezembro do ano passado. Na ocasião, a Fundação havia alegado que a identificação teria sido paralisada em função de determinações feitas pela própria Justiça. (mais…)

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GO – avô registra doação de bebê indígena em cartório de imóveis

Uma suposta tentativa de adoção ilegal de um bebê indígena da aldeia Fontoura, localizada em São Félix do Araguaia (MT), por um casal de empresários de Goiânia, está mobilizando o Conselho Tutelar da capital goiana. De acordo com o conselheiro tutelar Omar Borges, que acompanha o caso, o avô da criança, que tem apenas 20 dias, teria lavrado uma declaração em um cartório de registro de imóveis doando o bebê. “Os envolvidos se aproveitaram da fragilidade e do descaso do poder público com a situação indígena”, disse Omar.

O Conselho Tutelar descobriu o caso depois que funcionários do hospital onde o parto foi feito, em Goiânia, denunciaram a tentativa de adoção. Conforme os relatos, a mãe do bebê, de 17 anos, estaria sendo pressionada pelo pai dela e por uma prima a entregar o filho para o casal.

O avô da criança, que é enfermeiro da tribo, já teria acertado a adoção com os empresários, firmada por meio da declaração. “O homem que estava adotando confirmou que tinha o documento. Ele disse que foi induzido pela prima e pelo pai da jovem e que tinha um contato dentro da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que disse que a adoção na tribo era fácil. O casal, então, foi pessoalmente até lá e só estava esperando a criança sair do hospital. Estava tudo articulado, mas a mãe não queria entregar o bebê”, afirmou o conselheiro. (mais…)

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Amianto deve ser banido do Brasil

A Itália condena dois ex-diretores do grupo Eternit a 16 anos de prisão. No Brasil, com laudos aparentemente contestáveis, a Eternit continua produzindo amianto em Minaçu. A empresa financia campanhas eleitorais e pesquisas supostamente “contaminadas”

Élio Martins, presidente da Eternit: sua primeira providência, no lugar de sugerir pesquisas independentes e críveis, foi informar que a Eternit europeia não tem a ver com a brasileira (Henrique Manreza/Brasil Econômico)

Editorial do Jornal Opção de Goiás

O economista Jim O’Neill, presidente do Goldman Sachs Asset Management, ficou mundialmente famoso por causa do termo Bric, acrônimo de Brasil, Rússia, Índia e China. Em abril, lança no Brasil o livro “O Mapa do Crescimento: Opor­tunidades Econômicas no Bric”. Como o livro sairá pela Globo Livros, o estudioso foi entrevistado pelo repórter Gilberto Scofield Jr., do jornal “O Globo”. Perguntado sobre em que o Brasil precisa melhorar, O’Neil sugere: “Tem de avançar em quatro frentes: aumentar o uso da tecnologia, especialmente computadores e internet; melhorar e ampliar a educação em todos os níveis; aumentar a fatia do comércio externo no PIB e fazer crescer os investimentos privados dentro dos investimentos totais” (a presidente Dilma Rousseff e os governantes estaduais, como o goiano Marconi Perillo, têm de ficar de olho nestas palavras). E acrescenta que o Brasil deveria imitar o modelo coreano.

Como adiante vamos discutir a questão do amianto, destacamos uma resposta de O’Neill. O economista frisa que a crise mundial tem aspectos negativos, mas, sobretudo para a China, foi instrutiva, “porque evidenciou que o crescimento não pode ser baseado somente em exportações, e para mercados ricos”. O Plano Quinquenal do governo de Pequim prevê mudança de rota e começa a incentivar o crescimento do mercado interno. A China, em apenas dois anos, cresceu 1,4 trilhão de dólares. “Mantido esse ritmo, o país ultrapassará os Estados Unidos em tamanho até 2027, talvez antes.” (mais…)

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Camponeses lançam manifesto pela Reforma Agrária após encontro histórico

Da Página do MST

Os movimentos sociais do campo, que fizeram uma reunião no começo desta semana em Brasília, lançaram um manifesto em defesa da Reforma Agrária, do desenvolvimento rural com o fim das desigualdades, da produção e acesso a alimentos saudáveis, da agroecológica e da garantia e ampliação de direitos sociais aos trabalhadores rurais.

O encontro de dirigentes das entidades mais representativas do campo no Brasil é considerado “um momento histórico, um espaço qualificado, com dirigentes das principais organizações do campo que esperam a adesão e o compromisso com este processo”.

No manifesto, foi criticado também o modelo de produção de commodities agrícolas baseado em latifúndios, na expulsão das famílias do campo e nos agrotóxicos.

“O agronegócio representa um pacto de poder das classes sociais hegemônicas, com forte apoio do Estado Brasileiro, pautado na financeirização e na acumulação de capital, na mercantilização dos bens da natureza, gerando concentração e estrangeirização da terra, contaminação dos alimentos por agrotóxicos, destruição ambiental, exclusão e violência no campo, e a criminalização dos movimentos, lideranças e lutas sociais”, afirmam no manifesto. (mais…)

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