Fernanda Giannasi já está na Itália, onde acompanhará de perto os passos finais do “Julgamento do Amianto”, cuja sentença está prometida para as 10 horas de segunda-feira, dia 13. Antes de viajar, Fernanda falou da sua expectativa a respeito:
“Eu espero o fim da impunidade a este crime perpetrado contra a humanidade, tal a sua dimensão e gravidade. No Brasil, estamos apenas começando a conhecer o problema do mesotelioma e os números já são assustadores. Eu espero a condenação dos responsáveis por este genocídio. Não se trata de vingança e sim de JUSTIÇA”.
Para ela, o julgamento equivale ao do Tribunal de Nüremberg, que julgou os chefes nazistas pós II Guerra Mundial, pela dimensão planetária dos danos causados pelo amianto e também pela postura dos que enriqueceram à custa da doença e da morte:
“Os imputados têm tando desprezo pela vida humana que foram capazes de oferecer 18,3 milhões de Euros para a cidade emblemática por sua história de luta, com milhares de mortos por mesotelioma e câncer de pulmão contabilizados, que é Casale Monferrato, enquanto no Brasil a Eternit, atualmente nacionalizada, fatura 1,1 bilhão de Euros ao ano. É um escárnio, um insulto!”.
No dia 18 de fevereiro, Fernanda estará em Milão, onde participará do Congresso da Medicina Democrática, já depois do julgamento de Casale Monferrato. Lá, ela espera “celebrar esta grande vitória cívica e de resistência a este grave quadro epidêmico, que está sendo denominado pelas autoridades de saúde italiana como uma EMERGÊNCIA NACIONAL. Pois eu a chamaria de emergência GLOBAL ou PLANETÁRIA. E iria mais longe, reproduzindo as sábias palavras das mães argentinas da Plaza de Mayo com seus indefectíveis lenços na cabeça: ‘Não Perdoar; Não Esquecer os Mortos; e Lutar sempre por Justiça, mesmo que demorada’. Como diria uma outro argentino célebre e herói em seu país: ‘Hasta la victoria, siempre!’ (Che Guevara)”.
Tania Pacheco.
A questao do amianto colocada dessa forma da a impressao de uma materia sensacionalista. Crime contra a humanidade…Tribunal de Nuremberg…
Comparar a exploracao do amianto ao Nazismo e uma atitude muito estranha…Obviamente foram contaminadas muitas pessoas, trabalhadoras ou consumidoras… mas a materia nao relata toda a evolucao no processo de extracao e industrialização que o amianto cristila sofreu nesse periodo… nem menciona que nao existem casos de trabalhadores contaminados desde a decada de 80.
O banimento do Amianto certamente serve a duas frentes… uma social e humanitária que quer o banimento pensando na saude… outra capitalista… que quer o banimento para ter um concorrente a menos no disputado e crescente mercado de materiais de contrução…
Eu acredito que decisoes do presente nao devem se basear em fatos passados… mas sim em fatos presentes…
Se a forma que o amianto crisotila e extraido e consumido hoje sao de fato maléficos a saude das pessoas… o aminto deve ser banido… senao ele nao deve ser banido…
Temos um problema sócio-ambiental e sócio-econômico. O econômico tende a prevalecer.