Os povos indígenas que ocupam o prédio do antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, temem ser desalojados. O motivo seria a especulação imobiliária, que aumentou com as obras para a Copa do Mundo de 2014.
O prédio fica ao lado do estádio Mário Filho, o Maracanã. Apesar de tombado desde 1997, se encontra em estado de deterioração e abandono desde 1977.
Os representantes de várias etnias indígenas que ocupam o local reclamam que a especulação imobiliária do entorno vem sendo constantemente “ventilada” nos meios de comunicação. Eles garantem que há uma tentativa de demolirem o prédio, construindo no lugar um shopping ou um estacionamento.
Para fortalecer a luta dos indígenas que vivem no Rio de Janeiro, estimados pelo movimento em 35 mil, os povos indígenas ocuparam o local em outubro de 2006. Eles reafirmam a importância do antigo Museu por ter se transformado em moradia e centro cultural.
Dizem ainda que não têm recebido apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), pedindo pela valorização deste patrimônio histórico. Os indígenas chamam atenção para a necessidade de reformar o casarão, que se encontra em ruínas.
Os representantes dos povos Pataxó, Guajajara, Apurinã, Tukano, Guarani, Xukuri-Kariri, Xavante, Tikuna, Tupi Guarani, Fulni-o e Potiguar reivindicam o direito de gerir com autonomia a memória cultural do prédio ocupado no Rio de Janeiro.
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