Folha: “Amazônia vira motor de desenvolvimento”

O governo e o setor privado inauguraram novo ciclo de desenvolvimento e ocupação da Amazônia Legal, que tem 24,4 milhões de habitantes e representa só 8% do PIB, informam Julio Wiziack e Agnaldo Brito. O pacote de investimentos planejado para os nove Estados da região até 2020 já soma R$ 212 bilhões, segundo levantamento feito pela Folha com base no PAC e nos principais projetos privados em andamento

Obras na Amazônia atraem 7 ‘trens-bala’

Investimentos somam, pelo menos, R$ 212 bilhões e criam novo ciclo de expansão econômica na região
Plano cria saída para o agronegócio exportador e uma nova estrutura para geração de energia e exploração mineral

JULIO WIZIACK e AGNALDO BRITO, de SÃO PAULO

O governo federal e o setor privado inauguraram um novo ciclo de desenvolvimento e ocupação da Amazônia Legal, onde vivem 24,4 milhões de pessoas e que representa só 8% do PIB brasileiro.

O pacote de investimento para os nove Estados da região até 2020 já soma R$ 212 bilhões. Parte já foi realizada. O valor deverá subir quando a totalidade dos projetos tiver orçamentos definidos.

Esse volume de recursos equivale a sete projetos do TAV (Trem de Alta Velocidade), pouco mais de quatro vezes o total de capital estrangeiro atraído pelo Brasil em 2010 e duas vezes o investimento da Petrobras para o pré-sal até 2015. Excluindo o total do investimento do país no pré-sal, os recursos a serem aportados na Amazônia praticamente vão se equiparar aos do Sudeste, principal polo industrial do país. (mais…)

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Ministros do STF acreditam que transmissão de sessões ao vivo é caminho sem volta

Débora Zampier, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A transmissão de sessões de julgamento ao vivo ainda divide opiniões de juízes e juristas, inclusive dentro do próprio Supremo Tribunal Federal (STF), que foi pioneiro nesse tipo de projeto há quase dez anos. De um lado, há os que defendem a transparência e a aproximação entre a população e o Judiciário; do outro, os que criticam a exposição, que consideram exagerada. No entanto, hoje, a maioria dos ministros do STF concorda que esse é um caminho sem volta.

A TV Justiça entrou no ar em 2002, na gestão de Marco Aurélio Mello na presidência do STF. Foi ele, aliás, que assinou o decreto de criação da TV quando exercia interinamente o cargo de presidente da República. Desde então, o ministro tornou-se o maior defensor das transmissões das sessões plenárias, ao vivo e sem cortes. Ele acredita que a publicidade permite que o cidadão cobre eficiência dos julgadores.

À época, alguns ministros se opuseram à novidade, tanto que as transmissões ao vivo levaram alguns meses para entrar no ar e foram antecedidas por veiculação de material gravado. No entanto, esse quadro foi mudando com a chegada de novos integrantes e com a adaptação dos mais antigos ao sistema. (mais…)

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Pela primeira vez, comunidades pobres assistem concerto no Theatro Municipal do Rio

Flávia Villela, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Theatro Muncipal, no centro do Rio, recebeu na manhã de hoje (16) um público bem diferente do habitual. Mais de 500 pessoas de 11 comunidades pobres da cidade, que receberam recentemente policiamento comunitário, assistiram pela primeira vez a um concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). A iniciativa foi patrocinada pela concessionária de energia elétrica Light, em parceria com a OSB.

Crianças, adolescentes, adultos e idosos da Ladeira dos Tabajaras, de Santa Marta, do Morro dos Cabritos, Morro do Cantagalo, da Cidade de Deus, Babilônia, do Chapéu Mangueira, do Jardim Batan, Morro da Formiga, Morro do Borel e Morro dos Macacos puderam desfrutar de uma apresentação eclética, com repertório que incluiu Villa-Lobos, Tom Jobim, Piazzola e Haydn, tocado exclusivamente por jovens estudantes de música da OSB Jovem.

Moradora do Cantagalo, zona sul do Rio, Clemilda Ribeiro, 58 anos, levou o neto Mateus, 5 anos, para assistir ao concerto. “É a primeira vez que a gente vem aqui. Estou achando tudo lindo. Estou adorando”. (mais…)

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Honduras: Denuncian al Estado por violar derecho a la consulta de los pueblos indígenas

Servindi, 16 de octubre, 2011.- Una “avalancha de leyes de corte neoliberal” aprobadas a partir del golpe de Estado saquean la biodiversidad y facilitan la apropiación de territorios de los pueblos indígenas y negros, denunció la Organización Fraternal Negra Hondureña (OFRANEH).

La ofensiva general en contra de los pueblos indígenas y negros abarca desde el territorio miskito hasta el del pueblo chorti, indica una declaración de Ofraneh.

La organización anunció que se ha visto obligada ha recurrir al sistema interamericano de justicia, para así tratar de evitar lo que denominan “la tercera expulsión del pueblo Garífuna”.

Entre los casos específicos denuncia la Ley de Regiones Especiales para el desarrollo, conocida como “ciudad modelo”, y que está concebida para subastar franjas del territorio nacional al capital extranjero. (mais…)

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Internacional: Publican “Manual para defender los derechos de los pueblos indígenas”

Servindi, 16 de octubre, 2011.- Recientemente se ha publicado el “Manual para defender los derechos de los pueblos indígenas” y ofrecer a las personas y pueblos indígenas y a las organizaciones que los representan y defienden, información y herramientas concretas que puedan contribuir a la defensa de sus derechos.

El texto fue elaborado por María Clara Galvis, consultora senior de DPLF, y Ángela Ramírez, abogada colombiana y consultora en derechos humanos. La elaboración del documento contó, además con la colaboración de Marianela Fuertes Forero, abogada colombiana.

El manual alega que “a pesar del importante avance que se ha registrado en materia de protección de los derechos de los pueblos indígenas en el escenario internacional, muchas organizaciones, pueblos y personas indígenas desconocen los instrumentos internacionales que protegen sus derechos, así como los mecanismos existentes para hacerlos cumplir”.

Los problemas fuertes que los indígenas afrontan son “especialmente en contextos de realización de proyectos de infraestructura y de exploración y extracción de recursos naturales en los territorios de los pueblos indígenas”. (mais…)

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Perú: Entre la codicia, la indiferencia y la ignorancia

Por Mesías Guevara Amasifuen*

Son las cinco de la mañana. El sol se va abriendo paso, poco a poco, en el cielo cajamarquino. La histórica ciudad aún duerme. Uno a uno vamos llegando al punto de encuentro, para luego partir a nuestro destino, que es recorrer el santuario de las lagunas cajamarquinas, lugar donde además se realizará el proyecto Minas Conga, cuyos socios son: Compañía de Minas Buenaventura (CMB), Newmont Mining Corporation (Newmont) y la Corporación Financiera Internacional (IFC).Partimos de Cajamarca, pasamos por Otuzco, allí divisamos las ventanillas del antiguo cementerio pre inca. Al pasar por Combayo nos detenemos para ver otro complejo sepulcral marcado en el cerro. La vieja muerte quedó en el camino.

Llegamos a la laguna San Nicolás, donde se ha establecido el asiento del campamento minero. En el lugar hay una garita que controla el paso de los ciudadanos, allí nos piden nuestros DNIs. Después de hacer consultas con su superior, el vigilante nos deja pasar. Una camioneta nos escolta, un letrero nos advierte que estamos en “propiedad privada”. Luego se suman otras camionetas para convertirnos en un convoy. Nos avisan que un gerente de operaciones nos quiere acompañar, les decimos que está bien pero que nos de alcance porque nuestra travesía es larga, es que también queremos estar en Sorochuco.

En efecto, seguimos nuestro camino. La belleza es sin igual, la laguna Chailhuagón es la que nos da la bienvenida, curiosamente de ella sale un vapor que misteriosamente se eleva y juguetea, para luego desaparecer. Mientras sus aguas cristalinas juguetean dando un pequeño murmullo. A lo lejos divisamos los bofedales, son los colchones acuíferos importantísimos e indispensables para cosechar el agua. (mais…)

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Carta para a população em defesa da demarcação do território indígena do Santuário dos Pajés

Há evidências arqueológicas de que o território do Distrito Federal tem servido de refúgio à população indígena brasileira há séculos. A partir do final dos anos 50, diversas etnias, entre eles os Fulni-ô e os Tuxá, se fixaram na área de cerrado acima da Asa Norte, praticando sua religião e cultos. Nos últimos anos, o projeto especulativo do Setor Noroeste vem atacando esse território sagrado, o Santuário dos Pajés, sem levar em consideração a legislação que garante os direitos dos povos indígenas às terras de uso tradicional e religioso.

O Setor Noroeste foi inicialmente previsto por Lúcio Costa como um espaço de expansão de moradias para classes C, D e E, já que a população do DF crescia além do esperado e novas áreas de moradia deveriam ser criadas “SE NECESSÁRIO FOR”.

Apesar do déficit de moradias no DF ser majoritariamente de pessoas que recebem menos de 2 salários mínimos (95 mil famílias), o Setor Noroeste direciona seus empreendimentos para a população de altíssima renda, com imóveis cujo metro quadrado chega a R$ 20 mil. Esses altos investimentos demonstram o claro interesse especulativo de pessoas que fazem da moradia um negócio e não um direito. (mais…)

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III Assembleia do Povo Xukuru-Kariri: Documento final

Entre os dias 9 a 11 de outubro de 2011, foi realizada a III Assembleia do povo Xukuru-Kariri, das aldeias Fazenda Canto, Mata da Cafurna, Coité e Cafurna de Baixo. A assembleia ocorreu na aldeia Fazenda Canto,  com o tema “A LUTA PELA TERRA E O BEM VIVER DO POVO XUKURU-KARIRI”, debatido em cima da portaria declaratória n° 4.033, de 15 de dezembro de 2010, que reconhece a ocupação tradicional do Povo Xukuru-Kariri.

O evento contou com a participação da coordenadora do departamento de mulheres indígenas da APOINME,  Ceiça Pitaguary, Marcos Xukuru de Ororubá, Dona Zenilda, coordenador da microrregião de Pernambuco Zé de Santa, Saulo Feitosa, secretário adjunto do CIMI, que levou em pauta o tema BEM VIVER. Também esteve presente seu Antonio Celestino, pai de Maninha Xukuru, que propôs às mulheres de se criar a marcha das Maninhas.  Confira  o documento final:

CARTA DA III ASSEMBLEIA DO POVO XUKURU-KARIRI

Nós, representantes das aldeias Fazenda Canto, Mata da Cafurna, Coité e Cafurna de Baixo, reunidos em nossa III ASSEMBLEIA, realizada no período de 09 a 11 de outubro de 2011, na Aldeia Fazenda Canto, com o tema A LUTA PELA TERRA E O BEM VIVER DO POVO XUKURU-KARIRI: CONSTRUINDO O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DO NOSSO TERRITÓRIO TRADICIONAL, tendo em conta a portaria declaratória nº 4.033 de 15 dezembro de 2010, que reconhece a ocupação tradicional do nosso território, refletimos sobre a melhor forma de praticarmos o usufruto coletivo de nossas terras. Para tanto, tomamos como referência os valores do bem viver de nosso povo. (mais…)

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Interlúdio: O perfeito cozinheiro das almas deste mundo – Oswald de Andrade

O perfeito cozinheiro das almas deste mundo from IMS – Instituto Moreira Salles on Vimeo.

O videodocumentário acima trata da edição do livro O perfeito cozinheiro das almas deste mundo, de Oswald de Andrade (o grande homenageado da Flip 2011). A elaboração coletiva, em forma de diário, é resultado de encontros em uma garçonnière mantida pelo escritor e amigos em 1918, no centro de São Paulo. Os frequentadores, entre eles Guilherme de Almeida, Vicente Rao, Leo Vaz, Monteiro Lobato e Daisy – única mulher e uma das grandes paixões de Oswald –, registravam suas observações com bilhetes, receitas, poemas e desenhos. O livro, esgotado, foi publicado em 1987 em tiragem limitada pela editora Ex-Libris, e apoio do IMS, com um projeto gráfico cuidadoso, preservando detalhes como colagens e dobras (clique aqui para ver trechos). O filme conta com depoimentos de Marília de Andrade, filha de Oswald, Marisa Moreira Salles e Jorge Schwartz, que participaram do projeto editorial de 1987.

 

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