MA – Índios e quilombolas voltam a acampar na sede do Incra

Eles reivindicam a titularização de terras e proteção contra ameaças de morte no Maranhão.

SÃO LUÍS – Índios e quilombolas voltaram a acampar na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Luís. Eles reivindicam a titularização de terras e proteção contra ameaças de morte. Segundo os manifestantes, uma reunião estava marcada para ontem (30) na capital com o presidente nacional do Incra, Celso Lacerda, mas ele não apareceu.

As redes armadas em frente à sede do Incra em São Luís são o sinal de que vieram sem pressa de voltar. Quilombolas e índios querem respostas às suas reivindicações.

Em agosto, eles montaram acampamento, fecharam os portões do Incra e impediram a entrada dos funcionários. Apresentaram uma pauta que pedia, principalmente, a titularização de terras e proteção contra as ameaças de morte. No dia primeiro deste mês, índios e quilombolas voltaram para suas comunidades, sob a promessa de que hoje seriam recebidos pelo presidente do Incra. Esta manhã, líderes indígenas pintaram o rosto, manifestando a ansiedade por providências.

Apesar do auditório lotado, a notícia não foi satisfatória. Nem o presidente do Incra, nem o representante da Fundação Nacional do Índio (Funai) apareceram. O superintendente do Incra no Maranhão disse que haverá, ainda hoje, uma reunião com os líderes comunitários, e fez questão de ressaltar que várias reivindicações já foram atendidas, entre elas, o início do processo de titularização de terras e recursos para construção e reformas de casas.

Os quilombolas prometem ficar até terem uma resposta. Quanto ás ameaças de morte, uma equipe do Incra foi à algumas comunidades para listar os nomes dos ameaçados. O governo federal, também, prometeu ações.

Está prevista, para a próxima segunda-feira (3), a chegada de representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Eles deverão fazer visitas às comunidades quilombolas pelo maranhão para identificar as lideranças que estão sob ameaça de morte. A ideia é tomar providências.

http://imirante.globo.com/noticias/2011/09/30/pagina286635.shtml

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