MG – Conflito social em Itabira se acirra

Padre José Geraldo está em greve de fome há 11 dias;
Acampamento de sem-casa na frente da prefeitura de Itabira está, hoje, no 26º dia

Padre José Geraldo de Melo está, hoje, dia 20/06/2011, no 11º dia de greve de fome, em Itabira, MG, Brasil, em solidariedade às 300 famílias sem-casa da comunidade Drumond, que ocupam há 11 anos uma área abandonada, mas, agora, estão na iminência de serem despejadas. O povo sem-casa de Drumond está acampado na frente da Prefeitura de Itabira há 26 dias, sob as noites itabiranas muito frias.

Há dezenas de pessoas na região do Vale do Aço fazendo jejum em solidariedade à causa dos sem-casa de Itabira, MG. A situação é muito preocupante. Padre José Geraldo de Melo só tem um rim. Há sete anos atrás, ele teve que retornar de uma Missão na Amazônia, porque estava com a saúde fragilizada. Padre José Geraldo é um autêntico pastor e profeta. Já estava acompanhando a luta justa e necessária do povo sem-casa da Comunidade Drumond e o acampamento na frente da Prefeitura. Diante da intransigência do prefeito e do vendaval que derrubou quase todas as barracas de lona no acampamento na frente da prefeitura, padre José Geraldo disse para si mesmo: “Tenho que assumir radicalmente meu sacerdócio. Vou entrar já em jejum e oração em solidariedade ao povo que luta por moradia em Itabira.” Isso era noite do dia 9 de junho de 2011.

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Belo Monte: Máquinas embarcam amanhã para o Xingu

Uma balsa do Grupo Reicon sairá de Belém amanhã (21), com destino a Vitória do Xingu, levando a bordo cerca de 40 máquinas que serão utilizadas na preparação do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. O carregamento, o primeiro de uma longa série, deve chegar ao destino no final da semana, mas as obras só serão iniciadas quando o Consórcio Construtor Belo Monte, constituído de dez grandes empresas, receber a ordem de serviço da empresa Norte Energia S.A. (Nesa), vencedora da licitação e responsável pelo projeto.

Contratado pela Nesa, o Consórcio Construtor Belo Monte reúne as dez maiores construtoras brasileiras. Além da Andrade Gutierrez (líder da obra), integram o grupo Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht, OAS, Queiróz Galvão, Contern, Galvão Engenharia, Serveng, Cetenco e J.Malucelli. Até o final deste ano, elas deverão mobilizar, no canteiro do Xingu, cerca de três mil trabalhadores.
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Tey Ikuê – Alegria de Viver

Por Egon Heck

“Apesar desse senso comum estigmatizante e preconceituoso, colocando em processo de dizimação os indígenas, nas terras indígenas recentemente recuperadas, é notável que a maioria dos indígenas sobreviventes se auto-reconhecem etnicamente, tentam realizar o seu modo de ser e de viver diferenciados harmoniosamente, pregando religiosamente sua cultura tradicional da paz, mesmo em um contexto de contato interétnico adverso e violento em que sobrevivem. Deste modo, eles demonstram claramente que nas áreas tradicionais recuperadas, eles revitalizam as boas ações culturais para a vida em paz e sem violência que são redefinidas a partir de sua organização social, política e religiosa. Características que, inclusive, mereceriam também ser entendidas e comentadas por todos os cidadão sul-mato-grossense. (Tonico Benites, Kaiowá- mestre e doutorando em Antropologia Social da UFRJ.)

Fomos chegando cedo à aldeia Tey Ikuê, município de Caarapó, há 290 km de Campo Grande. De longe ouvimos uma grande algazarra. Lá chegando vimos o campo de futebol agitado com centenas de crianças e jovens Kaiowá Guarani. Estavam realizando a gincana ambiental, em comemoração à Semana do Meio Ambiente. Alegria contagiante naqueles rostos faceiros, em corpos ligeiros, saltitantes. Que belo espetáculo sem expectadores, apenas participantes! (mais…)

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Brasil: “La Amazonia está en manos del narcotráfico”

Por Paolo Moiola

El sacerdote jesuita colombiano Roberto Jaramillo vive desde hace 15 años en la región amazónica brasileña. Desde el 2005 es superior regional de la Compañía de Jesús en el estado de Amazonas. Como antropólogo estudia los problemas relativos a los “indígenas urbanos”.

Paolo Moiola, colaborador de Noticias Aliadas, conversó con Jaramillo en Manaus sobre quiénes son y cómo viven los habitantes de la Amazonia, la situación de los pueblos indígenas y el desarrollo que se está buscando. (mais…)

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Demarcação de terras Araras provoca tensão

Colonos contestam medição feita pela Funai na área da Cachoeira Seca

A demarcação de uma área indígena pela Fundação Nacional do Índio (Funai), desde o último dia 14, está deixando o clima em Uruará, na Transamazônica, a cerca de 900 quilômetros de Belém.  Mais de três mil trabalhadores rurais ameaçam ocupar a Reserva Cachoeira Seca, por discordar da medição.

No total, 1.460 famílias de colonos e ribeirinhos habitam e mantém roças nos 486 mil hectares, parte dos 734 mil hectares da reserva.  Pela demarcação da Funai, os índios de etnia Arara, que moram na Cachoeira Seca, têm direito às terras que se limitam à dos índios Arara do Laranjal, trecho onde se concentram colonos e ribeirinhos. (mais…)

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Exigências ambientais encurralam assentados

O aumento da pecuária bovina não é mais uma preocupação dos ambientalistas e órgãos fiscalizadores restrita aos grandes proprietários de terra no Pará.  A chamada “cultura do capim” já chegou aos pequenos proprietários, sejam eles assentados da reforma agrária ou posseiros.  O avanço de pastagens fomentou a criação de exigências ambientais aos assentados, inclusive na concessão do crédito público, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).  Agora, em decisão recente, todos os lotes dos assentamentos devem ter licenciamento ambiental dado pelas secretarias estaduais de meio ambiente.  No Sul e no Sudeste do Pará, região de conflitos de terra e com grande avanço da pastagem para boi, o próprio governo federal acabou estimulando a prática.

O Banco do Brasil e o Banco da Amazônia (Basa) oferecem uma modalidade de crédito somente para a atividade econômica, o Pronaf Boi.  A outra modalidade, o Pronaf Floresta, é pouco procurado pelos assentados, diz o advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Marabá, José Batista.  “A lógica do capim tem forte influência sobre os assentados.  Como não tem estrada e assistência técnica, o assentado adere ao boi”, afirma Batista, um crítico do modelo de desenvolvimento adotado pelo governo para a Amazônia.  “A reforma agrária não é prioridade.  O agronegócio sim.  A política de infra-estrutura é feita no modelo da grande propriedade”, diz. (mais…)

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Movimento indígena amazônico inicia seu diálogo

O movimento indígena amazônico iniciou na noite dessa sexta feira (18) um grande encontro de suas lideranças, representantes de diversas partes da Amazônia Brasileira, que vieram até São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, para contribuírem com a discussão e avaliação sobre a trajetória de luta, conquistas e desafios do movimento indígena na região.

A abertura do Diálogo foi iniciada por Abraão de Oliveira Baré, presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Fpirn), que lembrou a trajetória do movimento indígena na região. Para a liderança é uma honra sediar essa discussão de tamanha relevância. “Aqui tem nomes muito importantes, pessoas que fizeram a historia do Movimento Indígena. Vamos ter a oportunidade para aprendermos juntos. Nesses dias estaremos discutindo juntos o futuro do movimento indígena. Esse momento é oportuno para que possamos refletir, não se criou o movimento indígena para uma única conquista. É com imenso prazer que vamos fazer juntos essa reflexão. Essa maloca já presenciando a história do movimento indígena da Amazônia e do Brasil”, falou a liderança. (mais…)

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Manifestação contra Belo Monte reúne 2 mil em São Paulo

Cerca de 2 mil pessoas participaram neste domingo, 19, de uma manifestação contra Belo Monte na Avenida Paulista, em São Paulo. Organizado de forma descentralizada por várias entidades autônomas, como a Veddas e Revolução da Colher, o protesto, que começou por volta das 14h30 na frente do Museu de Arte de São Paulo (MASP), durou mais de três horas e terminou com a noite já baixando sobre a cidade.

A participação de militantes com camisetas ou faixas de  grandes ONGs ambientalistas, como Greenpeace, Instituto Socioambiental e S.O.S Mata Atlântica foi pequena frente a o grosso dos manifestantes que aderiu ao ato por convicções pessoais. Uma família de indígenas Kalapalo de Canarana (MT), quatro jovens Xavante de Barra do Garças (MT), dois Suruí de Cacoal (RO), três Guarani de São Paulo e dois Guajajaras, alguns de passagem pela capital paulista, outros estudantes, outros migrantes moradores, tomaram a dianteira na marcha que se seguiu à manifestação inicial no MASP e percorreu a avenida. “Estou aqui com meus filhos e meu neto para apoiar a luta contra Belo Monte. Minha aldeia fica perto da cabeceira do Xingu, e sabemos o desastre que significa a usina”, explicou o líder Kalapalo. (mais…)

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Senadores devem votar novos critérios de classificação de espaços urbano e rural

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Com três itens em sua pauta de votações, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) realiza reunião na terça-feira (21), às 14h. Os senadores deverão votar, em decisão terminativa, o projeto de lei do Senado (PLS 316/09), do ex-senador Gilberto Goellner, que inclui critérios de classificação do espaço urbano e rural no chamado Estatuto da Cidade.

O texto altera o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01) para estabelecer a classificação dos municípios em função do tamanho da população, da densidade demográfica e da composição do Produto Interno Bruto (PIB) municipal. Pela proposta, caberá ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir dos novos critérios, fazer a classificação dos municípios e atualizar os valores referentes à população, densidade demográfica e proporção do valor adicionado da agropecuária em relação ao PIB municipal.

De acordo com seu autor, o objetivo do projeto é, com a definição de critérios mais racionais, contribuir para que políticas públicas sejam elaboradas com maior precisão e com mais eficiência na aplicação dos recursos públicos. (mais…)

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Comunidade quilombola de Jacareí dos Pretos

Mayron Regis

A comunidade quilombola de Jacaraeí dos Pretos – município de Icatú – litoral leste maranhense. Surgiu a oportunidade no dia 19 de junho de 2011. Quase se admite que “os pretos” um dia consigam levar políticas públicas para seus territórios, contudo o agronegócio brasileiro em seus rompantes de nacionalismo de simbologia fascista prefere que essas “terras de preto” retroajam as mãos dos seus proprietários perplexos para que ou as revendam para empresas de monoculturas ou invistam seus últimos trocados em plantios de eucalipto.

A dona Irene, moradora de Jacaraeí dos Pretos, ao retornar de sua horta, perto do riacho que abastece a comunidade, envelheceu sua fala alguns anos: “Anos atrás, o pessoal do CCN (Centro de Cultura Negra) alertou-nos sobre o eucalipto e sobre a soja”.

Outro morador de Jacaraeí dos Pretos aliviou suas crenças e descrenças sobre o encontro de lavradores do Munim que ocorrerá entre os dias 28 e 31 de julho de 2011 no povoado Mata dos Alves, município de Morros: “Andei muito por essas bandas, Contrato, Recurso, Santa Cecilia, etc. Estou sabendo desse encontro e caso eu queira ir como faço?”. No dia 18 de julho, houve uma reunião preparatória na comunidade para tratar sobre a logística do encontro. Ficou acertado que Morros e Cachoeira Grande disponibilizariam dois ônibus e dois caminhões. (mais…)

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