Mobilização pede justiça para vítimas de redes de tráfico para prostituição

Karol Assunção

Adital – “Elas não podem mais esperar”. É com essa palavra de ordem que integrantes de organizações feministas, sociais e políticas realizam, hoje (3), uma rádio aberta e uma ronda ao redor do Congresso da Argentina pelas mulheres e meninas desaparecidas e sequestradas pelas redes de tráfico para a prostituição. A mobilização está marcada para começar às 18h (horário local) em frente ao Congresso da Nação (Av. Entre Ríos e Av. Rivadavia), em Buenos Aires.

Na ocasião, a Associação Civil La Casa del Encuentro vai ler um documento que será apresentado à embaixada da República Dominicana e à chancelaria da Argentina sobre a situação de mulheres e meninas da República Dominicana no país sul-americano. Isso porque, de acordo com a Associação, muitas delas são atraídas para a Argentina para se prostituírem.

Entre as demandas, estão: aparecimento de todas as mulheres desaparecidas e sequestradas pelas redes de tráfico para a prostituição; reforma da Lei de Tráfico; declaração do tráfico de pessoas como Delito de Lesa Humanidade; desmantelamento das redes de tráfico e das cumplicidades das forças de segurança e dos poderes político e judicial; assistência efetiva e programa para as vítimas e seus familiares; busca de mulheres e meninas que estão em prostíbulos; e aparecimento das mais de 600 mulheres e meninas desaparecidas.

As organizações manifestantes ainda pedem justiça para o caso de Mairel Mora, dominicana assassinada no mês passado em Olavarria, Buenos Aires, onde exercia a prostituição. “Pedimos justiça por Mairel Mora, assassinada a golpes em Olavarria com a cumplicidade das redes de tráfico que exploram e traficam mulheres dominicanas para a prostituição”, demandam.

Da mesma forma, solicitam que se outorgue a tutela da filha de Dana Pecci à avó da criança, Adriana Gordó. Dana também foi vítima de sequestro e assassinato em Olavarria. “Por que as cumplicidades ao redor do assassinato de Dana Josefina Pecci? Por que a justiça de Olavarria não outorga a Adriana Gordo, mãe de Dana Pecci, a tutela de sua neta?”, questionam.

http://www.adital.com.br/hotsite_trafico/noticia.asp?lang=PT&cod=52121

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