Ontem (27/09), por volta da 19h, Teodoro Ricardi, 25, ao retornar da cidade de Paranhos para a comunidade de Y’poi, foi barbaramente atacado e espancado por homens.
Encontrado pelos familiares, Teodoro foi levado para sua casa no acampamento Y’poi, onde morava com sua esposa e cinco filhos. Algumas horas, depois não resistindo ao ferimentos, veio a falecer.
Os familiares que encontraram Teodoro afirmam que chegaram a tempo de ver os agressores e reconheceram que se tratava de pistoleiros, que diariamente fazem cerco à comunidade da então chamada fazenda São Luiz, em Paranhos.
Y’poi: tortura, desaparecimento e assassinatos
Teodoro Ricardi era primo de Genilvado Vera e Rolindo Vera, professores assassinados em agosto de 2009. O corpo de Genilvado foi encontrado dez dias depois no riacho Y’poi, com marcas da tortura que sofreu antes ser morto. Já o corpo do professor Rolindo Vera até hoje não foi encontrado.
Os familiares de Genivaldo e Rolindo Vera retornaram em agosto de 2010 para seu Tekoha Y’poi, motivados principalmente pela busca do corpo de Rolindo.
Segundo o próprio fazendeiro, em depoimento à Justiça, os Guaranis Nhandeva de Y’poi foram expulso há mais de 28 anos de seu Tekoha, quando estes “trabalhavam” para o seu pai.
Em novembro de 2010, a justiça permitiu a permanência da comunidade em seu Tekoha até que a Funai conclua os estudos de identificação das terras Kaiowá Guarani, previsto no TAC. No entanto, a comunidade é obrigada a conviver diariamente com pistoleiros que a cercam e com o isolamento, já que somente a Funai e a Sesai podem entrar na área, o que vezes é sujeita a vontade do fazendeiro.
Informação da CPT/MS. Enviada por Darmárci para a lista superiorindigena.