Representantes do Conselho Indígena Missionário (Cimi) e indígenas da etnia Awá- Guajá, da Terra Indígena Caru, localizada no município de Bom Jardim (MA), se reuniram com o procurador da República Alexandre Silva Soares, nesta terça-feira (20), na sede da Procuradoria da República no Maranhão (PR/MA), para reafirmar que os índios continuam sofrendo ameaças por parte de madeireiros que estão ocupando o território indígena.
Participaram da reunião, além dos indígenas, o procurador da República, juntamente com as representantes do Cimi, Rosimere Diniz e Madalena Borges e os advogados Diogo Cabral e Igor Almeida, representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB e da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos.
As representantes do Cimi afirmaram que a Fundação Nacional do Índio (Funai) está sendo omissa em relação às denúncias e alega que não tem condições de manter uma fiscalização permanente no local por falta de recursos.
O procurador ressaltou a importância da presença da Funai na região e afirmou que é papel da entidade garantir a segurança e a manutenção do espaço de vida dos índios.
Ele atentou, também, para o problema do desmatamento praticado pelos madeireiros, que afeta sensivelmente os meios de sobrevivência dos índios. Com relação a esse ponto, o MPF frisou que já existem ações judiciais contra os infratores, mas que irá ressaltar à Funai e ao Ibama a necessidade de presença permanente dos órgãos de fiscalização.
Ainda segundo o procurador, as investigações quanto ao fato agora denunciado estão em fase inicial, e muitos pontos ainda não podem ser divulgados para a imprensa. Entretanto, afirmou que o Ministério Público Federal (MPF) já está cobrando ações de fiscalização intensiva por parte da Funai, além de providências de segurança por parte do governo federal para garantir a preservação dos índios Awá-Guajá.
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