Por Michael Laiso Felix, especial para Diário da Manhã
O técnico da seleção brasileira de futebol, Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido como Dunga, proferiu a seguinte frase, para referir-se a seu histórico de vida, em que avalia ter sido muito sofrido: “Acho que sou afrodescendente de tanto que apanhei”.
Em um primeiro momento, a frase até poderia ser vista de forma positiva, ao identificar uma pessoa que reconhece que negros sofrem muito mais que não negros, em todas as fases de sua vida. O negro apanhou para ser trazido a força no período escravocrata. Apanhou durante todo o período de cativeiro. Apanhou para tentar se encaixar numa sociedade racista pós abolição formal. E apanha até os dias de hoje, para enfrentar o mito da democracia racial, que teima em apresentar um Brasil miscigenado, sem problemas e conflitos raciais. (mais…)
Ler Mais