A Comissão Pastoral da Terra (CPT) mais que manifesta seu pesar pelo falecimento do Padre Antônio Iasi, quer dar glória a Deus por sua vida totalmente dedicada à causa dos que não contam para o sistema dominante, sobretudo os povos indígenas.
Sua identificação com a causa dos indígenas e dos posseiros, que eram violentamente agredidos pelas grandes empresas que chegavam ao Norte do país, incentivadas pelos governos militares, com o discurso do desenvolvimento e do progresso, o levaram a levantar a voz e denunciar os desmandos e a violência que aconteciam na ocupação da Amazônia pelo capital.
Então o encontramos na fundação do Conselho Indigenista Missionário, do qual participou ativamente enquanto a saúde o permitiu, e no encontro de Bispos e Prelados da Amazônia, em 1975 , do qual resultou a criação da Comissão Pastoral da Terra.
Padre Iasi é uma das grandes figuras que tornaram a Igreja próxima e presente junto aos deserdados da terra, os escolhidos aos olhos de Deus. Sua vida é um estímulo à fidelidade ao Deus dos pobres, a serviço dos pobres da terra, como reza a missão da CPT.
Goiânia, 23 de março de 2015.
A Diretoria e a Coordenação Executiva Nacional da CPT
Iasi formou com Pedro Casaldaliga, Tomas Balduino e Egidio Schwade uma quadra de ases que a ditadura teve de engolir. Na luta incansavel pelos direitos humanos foram imemoriais as batalhas travadas em favor dos povos indigenas e dos camponeses seja com a criação do CIMI, seja com a criação da CPT. Lamentavel essa perda, mas fica o seu exemplo, como o de D.Tomas, para que as novas gerações de padres e bispos continuem o trabalho em favor dos direitos humanos.