Médicos montam hospital de ponta para indígenas no Mato Grosso

Voluntários de São Paulo deixam conforto de consultórios para curar povos da floresta, muitos com ‘doenças de branco’

Por Sarah Fernandes, na Rede Brasil Atual

Durante conversa da reportagem com a pediatra, um dos coordenadores da expedição interrompeu com voz alta, demonstrando a gravidade do caso: ele trazia nos braços um bebê de um ano, em estado avançado de desnutrição. Com apenas seis quilos – peso de uma criança com a metade de sua idade –, estava estático, com a cabeça caída nos ombros e os olhos fixos e secos, sem reação. No consultório improvisado em uma sala de aula da aldeia Xavante de São Pedro, na Terra Indígena Parabubure, Mato Grosso, todos entraram em alerta. (mais…)

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Criminosos distantes

Por Luís Carlos Valois*, em Causa Operária

Por metade do tempo da minha vida eu venho conhecendo criminosos. Negros, brancos, índios, mulatos; homens, mulheres, homossexuais; altos, baixos, aleijados, fortes, fracos; criminosos de todos os tipos. Mas, diferentemente de Lombroso, o criminólogo italiano que, no início do século XX, via características físicas parecidas nas pessoas que ele pesquisava no interior do cárcere, nunca encontrei nenhum aspecto igual em todas essas pessoas, tirando o fato de que eram pobres. (mais…)

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RJ – Debate sobre Gramsci: terça, 24/03, das 18 às 22, na UNIRIO

O Seminário é uma iniciativa do Grupo Interinstitucional de Estudos Estado, Poder e Educação (GIEPE) que reúne professores e alunos de diferentes instituições e movimentos sociais para debater a obra do socialista italiano Antônio Gramsci. O GIEPE, através do I Seminário Antônio Gramsci: Estado, Sociedade Civil e Políticas Educacionais, tem o objetivo de socializar os estudos realizados e aproximar intelectuais fundamentais para o desenvolvimento da teoria marxista no Brasil. (mais…)

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ONU convida sociedade civil a responder questionário sobre povos indígenas; prazo é 6 de abril

Questionário busca contribuições dos povos indígenas sobre questões que são abordadas no documento final da Conferência Mundial de 2014. Prazo é 6 de abril.

ONU

As respostas alimentarão e informarão o trabalho em curso sobre o Plano de Acão sobre Povos Indígenas, bem como o relatório do secretário-geral sobre o acompanhamento da Conferência Mundial. Dando prosseguimento à Conferência Mundial sobre Povos Indígenas, o Secretariado do Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas preparou um questionário que procura contribuições dos povos indígenas sobre questões que são abordadas no documento final da Conferência, juntamente com o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH). (mais…)

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Do Bugre ao Terena

Edison migra para Campo Grande (MS) com a família; Guilherme deixa a aldeia para estudar; Eliseu, para trabalhar. Três histórias de vida que se interligam na cidade em meio a tantas outras experiências que se dividem entre o encanto das possibilidades e o terror do preconceito. Como ser índio na cidade?

Documentário produzido com o apoio do Edital de Apoio à Produção de Documentários Etnográficos sobre o Patrimônio Cultural Imaterial (Etnodoc).

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Paulo Freire não era só um cartaz no 15 de março

Por Elvino Bohn Gass, em Imagem Política

Ir às ruas pedir um país melhor, como aconteceu no dia 15 de março, é um movimento que deve ser respeitado por quem defende a liberdade democrática. Não se confunda, pois, respeito com aquiescência a opiniões políticas equivocadas e cinicamente seletivas que, neste dia, tentaram atribuir a uma pessoa, Dilma, ou a um partido, o PT, a culpa pelos males históricos do Brasil. Para respeitar o 15 de março, é preciso retirar dele o viés eleitoreiro (“não tenho culpa, votei no Aécio”), golpista (“impeachment”), violento (“intervenção militar”, bonecos enforcados), anti-democrático (“fim do Supremo”), incoerente (Bolsonaro e alguns do investigados da Lava Jato estavam nas ruas) e desumano (“feminicídio, sim”). Sobra pouco? Ainda assim o exercício do respeito é necessário, porque este “resto” é o que de mais precioso há numa nação democrática: o direito de as pessoas dizerem o que pensam. Este direito também é meu, e exerço-o para repudiar quem sustentou, no dia 15, um cartaz com a aberração “basta de Paulo Freire”. (mais…)

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8 formas con las que Monsanto destruye tu salud

El Ciudadano

Mucho se habla en nuestros tiempos sobre las pandillas, maras y la intimidación que sufren los niños y niñas en el colegio por parte de estudiantes más agresivos. Esto me recuerda al matón más grande de todos los tiempos: La empresa biotecnologica Monsanto Corporation. Tomado en su contexto, la lista de delitos corporativos perpetrados por Monsanto hasta el momento debería ser suficiente para cerrar esa compañía para siempre.

Sin embargo, permitimos que Monsanto siga destruyendo nuestro suministro de alimentos, nuestra salud y el planeta. ¿Monsanto o MonSatan? Eche un vistazo al historial/prontuario de esta empresa y decida usted mismo. (mais…)

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Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (fevereiro de 2015) SAD

Fonseca, A., Souza Jr., C., & Veríssimo, A. 2015. Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (fevereiro de 2015) SAD (p. 9). Belém: Imazon.

Em fevereiro de 2015, mais da metade (59%) da área florestal da Amazônia Legal estava coberta por nuvens, uma cobertura inferior a de fevereiro de 2014 (69%).  Os Estados com maior cobertura de nuvem foram Amapá (95%),  Acre (77%) e Pará (72%). No período analisado, e sob essas condições de nuvem, foram detectados pelo SAD 42 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Isso representa um aumento de 282% em relação a fevereiro de 2014 quando o desmatamento somou 11 quilômetros quadrados. (mais…)

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Começar mais uma vez, por Jânio de Freitas

Na Folha

Férias sem viagem não desligam, logo, não são férias. Mas, a bem da verdade, se não pude viajar no planeta, fui levado a viajar no tempo. Com ótimas e péssimas companhias nos 204 milhões transportados a bordo do Brasil de volta ao século 20.

O século que, para nós, começou antes de chegar. Uma linha de historiadores considera que o século 20 só começou para o mundo em 1914, com o fecho brutal da “belle époque” pela irrupção da Guerra Mundial. No Brasil, o novo século começou em 1889, com o golpe de Estado que expulsou o Império e impôs a República. E que não mais se dissociou dela ainda naquele e no decorrer do século 20, como golpismo latente, como inúmeros golpes tentados e frustrados, e como consumados e numerosos golpes ora brancos, ora em seu clássico verde oliva. (mais…)

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