Fotografando Povos Tradicionais: João Roberto Ripper

Fotógrafo percorrerá 10 mil km entre MG e MA para retratar modo de vida de quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos e colhedores de flores. Entre suas obras de destaque está ‘Retrato Escravo’, elaborado ao lado da OIT.

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O carioca João Roberto Ripper, renomado fotógrafo documental, está na estrada fazendo o que mais gosta, fotografando pequenos povoados no interior do país. Durante três meses ele percorrerá quase dez mil quilômetros de carro entre os estados de Minas Gerais e Maranhão documentando o cotidiano de populações que habitam florestas e beira de rios. Onze comunidades, onde vivem quilombolas, ribeirinhos, geraizeiros e colhedores de flores foram selecionadas. (mais…)

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Fundação Palmares intervém no processo de reintegração de posse de quilombolas no Mesquita – GO

Daiane Souza, FCP

A Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC) por meio de sua Procuradoria Federal e em conjunto com a Procuradoria Federal no Estado de Goiás (PF/GO), interviu nesta semana, em processo de reintegração de posse sobre uma família do quilombo Mesquita, na Cidade Ocidental/GO. A solicitação aceita pela juíza responsável pelo caso, permitiu a suspensão do mandado já em posse do oficial de justiça para a execução do despejo. (mais…)

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Após desocupação do Acampamento Dom Tomás Balduino, produção agroecológica cultivada no local vira comida para gado

Uma semana após desocupação da Agropecuária Santa Mônica, em Corumbá de Goiás (GO), bois do senador Eunício de Oliveira pisoteiam e comem alimentos agroecológicos que haviam sido plantados pelas 3 mil famílias acampadas, sendo que a colheita dos produtos foi uma das condições acordadas para a saída das famílias da área. 

O chão onde pisava o boi é feijão e arroz, capim já não convém. (Zé Pinto)

Na CPT

No último dia 4 de março, após seis meses de ocupação de parte do Complexo de Fazendas Santa Mônica, do senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE), em Corumbá de Goiás (GO), aproximadamente 3 mil famílias ligadas ao Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que compunham o Acampamento Dom Tomás Balduino, deixaram a área. Durante o período de acampamento no local, as famílias produziram uma diversidade de alimentos, cultivados de forma cooperativa e agroecológica, entre os quais destacamos: arroz, feijão, milho, mandioca, abóbora, alface, couve, amendoim, gergelim, entre vários outros produtos. A produção agroecológica, resultado do trabalho dos agricultores/as acampados/as, cobria mais de 60 hectares do latifúndio do político. (mais…)

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Levy Fidelix é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações homofóbicas

Decisão da 18ª Vara Cível paulista julgou procedente a punição ao político e ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) em razão de manifestações homofóbicas proferidas durante debate entre os candidatos à presidência da República; pagamento será revertido em ações de promoção da igualdade da população LGBT

Por Guilherme Franco, o Portal Fórum

Sentença da juíza Flavia Poayres Miranda, da 18ª Vara Cível paulista, condenou o ex-candidato à presidência da República Levy Fidelix a pagar uma indenização de R$ 1 milhão em razão de manifestações homofóbicas proferidas durante debate entre os candidatos à presidência da República, realizado pela TV Record, em 28 de setembro do ano passado. Ainda cabe recurso à decisão. (mais…)

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Filme Vento Forte será exibido amanhã na UFPE

CPP

Amanhã acontece a exibição do filme “Vento Forte” no Cineclube RacioCine Livre, às 12h40, no prédio do CCSA/UFPE. Após a exibição do documentário, será realizado debate sobre a situação dos pescadores e das pescadoras artesanais do país com foco nos casos de Pernambuco. Participarão do debate pescadores e pescadoras que participaram do filme da comunidade Engenho do tariri (Gaibú), que estão sofrendo com os impactos vindos do Porto de Suape. A Campanha Nacional pela Regularização do Território Pesqueiro também ganha espaço para a coleta de assinaturas em apoio ao seu projeto de lei.
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Entre a bala e o decreto

por Isabel Harari e Stefano Wrobleski, em A Pública

“Cacique das minhas bolas” escreve um usuário do Facebook sobre Ilson Soares, o Sabiá, cacique da Tekoha Y’Hovy, aldeia próxima à cidade de Guaíra, no oeste paranaense. O comentário refere-se a uma foto publicada na página da Organização Nacional de Garantia ao Direito de Propriedade (Ongdip), associação de proprietários rurais da região, que retrata Ilson em uma manifestação pela demarcação das terras Guarani em novembro de 2014. Sobre outra imagem, de uma indígena Guarani fumando o petyngua, tradicional cachimbo de madeira, um usuário comenta “paraguaios vagabundos”; ao ver a mulher vestida outro usuário questiona “O que essa roupa estampada tem de índia?”. (mais…)

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Os Ecos de Itaipu

No oeste do Paraná, índios Guarani querem retomar as terras de onde foram expulsos em nome da construção da hidrelétrica de Itaipu pelo regime militar

Por Isabel Harari e Stefano Wrobleski, em A Pública

Pedro Alves pega uma vareta para mostrar as antigas aldeias guarani no oeste paranaense. O xeramõi – uma espécie de autoridade espiritual, ancião sábio – serpenteia o pedaço de pau pelo chão de terra batida da Tekoha Y’Hovy, aldeia onde vive, no município de Guaíra, e relembra onde cada parente morava e por onde corria o rio antes do alagamento para a construção da hidrelétrica de Itaipu. Em frente à sua roça, Pedro equilibra-se em um banquinho de madeira colocado no único rastro de sombra que resistiu ao sol do meio dia. “Naquela época a mata era quase virgem. Tinha mata, caça, palmito”, recorda. Seu Pedro apaga o desenho com as mãos e risca novamente o chão, dessa vez com várias linhas saindo de um ponto em direção a diversas regiões. Cada linha representa a direção tomada por seus parentes Guarani para fugir do alargamento do Rio Paraná, em 1982. (mais…)

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“Meu pai sabia demais”

Filha do então embaixador do Brasil no Paraguai acredita que denúncia de corrupção em Itaipu pode ter provocado morte de seu pai

por  e , em A Pública

Em novembro de 2014, o Instituto João Goulart encaminhou denúncia ao MPF- RJ sobre a morte do embaixador José Jobim em 1979. O documento alega que agentes da ditadura assassinaram o político, que declarara publicamente estar escrevendo um livro de memórias no qual denunciaria o esquema de corrupção na construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Jobim iniciou sua carreira como jornalista mas logo enveredou para a diplomacia. Foi embaixador do Brasil no Paraguai, Equador, Colômbia, Argélia, Vaticano, Malta e no Marrocos. (mais…)

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