No Congresso da Abrasco, o Cacique Babau discutiu com pesquisadores a construção compartilhada de conhecimentos entre academia e sociedade

Ensp Fiocruz

A academia vem se aproximando cada vez mais do conhecimento popular para enfrentar os reais desafios vividos pela nossa sociedade. Esse foi um dos aspectos abordados no segundo eixo de debates do 2º Congresso Brasileiro de Saúde e Ambiente, que abordou a construção do conhecimento compartilhado.

Para buscar compreender melhor essa questão, a ENSP TV conversou com professores formados em universidade e na vida sobre como se constrói, verdadeiramente, este conhecimento comum a todos. As respostas foram unânimes: a solução para os problemas cotidianos podem estar longe das tecnologias os dos fármacos modernos, mas presentes sim na agricultura familiar e na medicina popular, por exemplo.

Confira, na reportagem de Tatiane Vargas, os depoimentos dos pesquisadores da ENSP Marcelo Firpo e Ary Miranda, além do líder Tupinambá Cacique Babau e do pesquisador da Universidade de Massachusetts Carlos Eduardo Siqueira.

Produção: Núcleo Audiovisual da Coordenação de Comunicação Institucional (CCI/ENSP)

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A pressão por uma guinada de Dilma à esquerda começa agora, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

Dilma Rousseff não ganhou o segundo turno por conta de João Santana. A atuação de Lula, que segue sendo o grande eleitor do país, foi fundamental, mas outro elemento se mostrou determinante: a militância.

Petistas ou pessoas que não são ligadas ao partido, mas defendem bandeiras de esquerda e enxergavam na continuidade do mandato uma possibilidade maior de diálogo para essas pautas, levaram, junto com organizações e movimentos sociais, a campanha ao espaço público e às redes sociais. Conquistaram votos como o PT fazia antigamente antes do partido se apegar demais ao poder e se apaixonar pelo reflexo no espelho.

O governo reeleito sabe disso. Dilma citou isso em seu discurso de vitória. Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, exaltou o papel dessa militância em entrevista a Josias de Sousa, Mario Magalhães e a mim, no UOL, neste domingo (26). A partir de agora, como Dilma tratará esses grupos será definidor do seu próximo mandato.

Porque essa militância histórica que defendia bandeiras ligadas à efetivação dos direitos humanos e os movimentos sociais foram, por vezes, ignorados ou nem mesmo atendidos nos últimos quatro anos. Parlamentares representantes do agronegócio, por exemplo, tomaram litros de cafezinho com bolinhos transgênicos com Dilma, enquanto lideranças indígenas eram atendidas apenas por alguns ministros.

A grande pergunta é: o governo dará o devido valor a esses grupos, empoderando alas do próprio governo que já tentam pautar esses temas na agenda e atendendo às reivindicações ou continuará levando-os em banho-maria ou ignorando-os em nome da governabilidade – uma palavra tão vazia quanto casuísmo, oportunismo e hipocrisia?

Menos da metade das terras indígenas foram regularizadas e, pelo menos 30 delas, estão com processo pronto, mofando em cima da mesa enquanto esperam a canetada presidencial. (mais…)

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Mensagem da XX Assembleia do Cimi Regional Goiás-Tocantins

Cimi regional Tocantins

A resistência do cerrado e a força do rio Tocantins é fonte de inspiração, resistência e luta dos povos indígenas e populações tradicionais, que, fortalecidos em suas culturas e espiritualidades, continuam a resistir contra esses projetos que ameaçam suas culturas e territórios.

É por esta resistência, transformada em luta, rito e esperança em defesa da Mãe Terra e de tudo quanto ela representa e pela força da palavra de Deus, que nos anima a não desistir, que, o Cimi Regional Goiás – Tocantins, na sua XX Assembleia Regional reflete, celebra e agradece ao Deus da Vida e da História esta ousadia milenar.

Constatamos nas falas firmes e cheias de sabedoria dos indígenas presentes, que, mesmo com o avanço e pressão da urbanização e cultura ocidental nos povos e culturas indígenas, eles continuam a reinventar, reconstruir e recriar-se constantemente para manter suas culturas e tradições vivas e fortes.

A resistência é uma estratégia ancestral que serve para defender-se dos inimigos históricos, que sempre e de diversas formas tem ambicionado seus territórios. (mais…)

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Comentários preconceituosos contra nordestinos na web podem ser punidos, diz ONG

Internet Pixabay, Domínio PúblicoAndreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Assim que o resultado das eleições presidenciais foi divulgado, às 20h de ontem (26), os comentários sobre a participação dos votos do Nordeste na vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff, começaram a surgir nas redes sociais. Segundo o diretor-presidente da organização não governamental (ONG) SaferNet Brasil, Thiago Tavares, as páginas na internet e nas redes sociais que têm violações aos direitos humanos serão investigadas e seus autores poderão ser punidos. Tavares explica que, assim como quem cria, quem compartilha um conteúdo de ódio e preconceito também pode ser responsabilizado criminalmente.

Tavares, que é professor de direito da informática da Universidade Católica de Salvador, disse hoje (27) que, desde ontem, a ONG  recebeu 421 denúncias referentes a 305 novas páginas que foram criadas nas redes sociais, especialmente no Twitter e no Facebook, com o objetivo de promover o ódio e a discriminação contra a população de origem nordestina. “Lamentavelmente, tudo indica que hoje essas manifestações devem continuar crescendo e ao longo dessa semana também”, disse o professor.

As denúncias feitas após a divulgação do resultado do segundo turno são 342,03% maior em relação àquelas recebidas no dia 5 de outubro, do primeiro turno das eleições. E, segundo Tavares, 662,5% maior em relação ao dia 26 de outubro de 2013, fora do contexto eleitoral. Tavares diz que as pessoas precisam valorizar a diversidade e respeitar os direitos humanos. “Mas, diante de uma campanha tão polarizada e tão radicalizada, é difícil muitas vezes conter o ímpeto de alguns usuários que resolvem descarregar nas redes sociais as suas frustrações e todo seu preconceito em relação à população nordestina”, disse. (mais…)

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27 de outubro – Dia da Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra

Saúde da população negraSEPPIR e Unfpa desenvolvem projeto para realizar o mapeamento nacional de pesquisadores(as) em Saúde da População Negra e elaborar banco de dados que inclua o resultado do mapeamento, áreas e linhas de pesquisa

SEPPIR

Hoje, 27 de outubro, é o dia da Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra. Neste período, homens, mulheres, jovens, adultos, gestores, pesquisadores e a sociedade civil se articulam por meio de atividades em todo o país para promover e defender o direito da população negra à saúde. Neste sentido, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, juntamente com o Fundo de Populações das Nações Unidas, vem desenvolvendo um Projeto de Cooperação Técnica que prevê, entre outras ações, um mapeamento nacional de pesquisadores em Saúde da População Negra e a criação de um banco de dados para ampla divulgação e que subsidie o processo de consolidação de uma ação em rede e estimule a produção de estudos e pesquisas neste campo de conhecimento. (mais…)

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Para Cimi, Dilma deve abandonar ‘setores antipetistas’ para aprofundar mudanças

Há mais de um ano, guaranis vão às ruas por demarcações nas zonas norte e sul de São Paulo (Oswaldo Corneti/fotos públicas)
Há mais de um ano, guaranis vão às ruas por demarcações nas zonas norte e sul de São Paulo (Oswaldo Corneti/fotos públicas)

Crítica à paralisação das demarcações indígenas, entidade espera que presidenta perceba apoio recebido nas eleições e governe com movimentos sociais para conduzir reformas

por Redação RBA

“Dilma é uma mulher inteligente e já deve ter percebido que não é alimentando setores historicamente antipetistas, como o agronegócio, que fará as reformas necessárias para o país”, resume Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indígena Missionário (Cimi), ao comemorar a vitória da candidata petista sobre Aécio Neves (PSDB). “Esperamos que a presidenta assuma postura mais próxima dos movimentos sociais para tratar de questões estruturantes, como a reforma agrária, a titulação de terras quilombolas e as demarcações de terras indígenas, que foram suplantados no primeiro mandato.”

Buzatto recorda o apoio brindado pelos movimentos sociais a Dilma Rousseff (PT) – inclusive por organizações que passaram os primeiros quatro anos de governo criticando e pressionando a presidenta, como as entidades indígenas. “Dilma foi a que menos demarcou os territórios tradicionais. Paralisou os processos. É uma atitude que não favorece os povos indígenas, mas os setores que ocuparam suas terras ao longo do processo de colonização”, pontua. “Nossa expectativa é que haja uma reversão. Por enquanto, é mais uma esperança, mas espero que se transforme numa expectativa com mais enraizamento. Vamos aguardar os acenos da presidenta nesses últimos meses de governo.” (mais…)

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Incra recebe a posse de fazendas para criar assentamentos em Minas Gerais

Agência Brasil
Agência Brasil

O Incra recebeu a posse de duas fazendas, na última semana, no estado de Minas Gerais. As imissões na posse foram realizadas em decorrência de ações judiciais de desapropriação ajuizadas pela Procuradoria Federal Especializada (PFE) para conferir às áreas o cumprimento de sua função social.

Com a posse, o Incra inicia os trabalhos para criar assentamentos rurais nas Fazendas Lagoa do Belo – com área de 941 hectares, localizada em Jampruca, distante 380 km de Belo Horizonte, no Vale do Rio Doce -, e na Fazenda Monte Cristo, de 1,3 mil hectares, em Salto da Divisa, a 880 km da capital do Estado.

A Lagoa do Belo teve Decreto Presidencial de interesse social para fins de reforma agrária publicado em dezembro de 2011, após ser identificada como grande propriedade improdutiva por laudo de vistoria do Incra.

Já o decreto da Monte Cristo, foi publicado em maio de 2006, no entanto, o Incra ficou impedido de ajuizar ação de desapropriação, antes de julgamento da ação do proprietário que questionava o laudo que classificou a Fazenda como improdutiva. Após confirmação do descumprimento da função social da terra pela justiça é que foi possível a ação de desapropriação para fins de reforma agrária.

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Sem Terra comemoram a conquista de mais um assentamento em Goiás

conquista_GOPor Maura Silva, da Página do MST

Nesta sexta-feira (24/10), os Sem Terra do estado de Goías conquistaram a posse da fazenda Santo Antônio do Amparo, onde será construído mais um Projeto de Assentamento (PA) no estado.

A área localizada no município de Amaralina, a 306 quilômetros da capital Goiânia, abriga 250 famílias que há mais de oito anos esperavam pela legalização.

Para o coordenador nacional do MST em Goiânia, Valdivino de Almeida Gomes, a conquista dessas famílias é resultado de uma luta que há anos foi travada na região. Segundo ele, o momento agora é de organização e planejamento. (mais…)

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IV Encontro de Professores Indígenas do Norte e Oeste da Bahia

Cartaz EPINOBAOPARÁ

É perceptível a demanda dos Povos Indígenas não só por Educação Superior na Bahia, como também pelo apoio e acompanhamento da Universidade na Educação Básica de suas Escolas. Neste sentido o Departamento de Paulo Afonso através Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação – OPARÁ,  tem desenvolvido diversas ações e pesquisas junto aos Povos cujos territórios estão no entorno do Campus, unindo a outras tantas experiências a exemplo do magistério indígena.

O Encontro de Professores Indígenas do Norte e Oeste da Bahia é mais uma destas atividades, organizada pelo OPARÁ-UNEB em parceria com as DIRECs, e pela APINOBA – Associação de Professores Indígenas do Norte e Oeste da Bahia, objetivando  discutir as Políticas Públicas para a Educação Indígena no Brasil e na Bahia, a reavaliação do documento final elaborado a partir das demandas da educação escolar indígena apontadas pelos povos indígenas no encontro anterior, como uma forma de ver quais demandas foram concluídas e quais continuam em aberto, além de outras questões. Será realizado nos dias 31/10 a 02/11/14, na Universidade do Estado da Bahia- UNEB  Campus – Paulo Afonso/BA.  (mais…)

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