Por Rayllanna Lima, na Tribuna da Bahia
A internet continua sendo palco de ofensas raciais. No primeiro semestre deste ano, o número de denúncias de racismo registradas no site da ONG SaferNet Brasil cresceu 81%, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 8 anos, o site já recebeu e processou 383.372 denúncias anônimas de racismo. O ranking é liderado pela rede social Facebook que concentrou 56,6% das denúncias.
Ocupando o segundo lugar ficou o canal de vídeos Youtube, com 5,7%, seguido pela rede social Twitter, com 4,7%. Os dados são da SaferNet Brasil, organização não governamental que reúne cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em Direito com a missão de defender e promover os Direitos Humanos na Internet. A SaferNet opera com a parceria do Ministério Público Federal.
De janeiro a junho do ano passado, o site da ONG registrou 32.533 registros de denúncias raciais. No mesmo período deste ano o número subiu para 59.083. No entanto, a quantidade de sites (URLs) envolvidos passou de 7.953 para 5.732.
Muitos soteropolitanos já foram vítimas de preconceito racial, como é o caso da estudante Juliana de Oliveira, que publicou uma foto no Facebook para mostrar aos amigos o seu black power. (mais…)