Comissão da Verdade da Reforma Sanitária
Para complementar a exposição “Arquivos da Ditadura”, que está sendo exibida no Centro Cultural Justiça Federal, no centro do Rio de Janeiro, de 12 a 18 de setembro, será exibida uma mostra de cinema, que terá filmes de, dentre outros, Olney São Paulo, Lúcia Murat e Silvio Da-Rin.
Dentro da mostra, haverá o Programa Luiz Alberto Sanz, com a exibição de três filmes “do exílio”, como ele chama, que foram restaurados com a colaboração da cineasta Emília Silveira e os produtores de Setenta (que também está na mostra). O Programa será exibido no sábado, 13/09, às 14h30 e repetido no domingo, às 16h.
É possível ler aqui o texto sobre o filme “Não é hora de chorar”, produzido pelo Departamento de Cinema da Universidade do Chile, escrito por Sanz e publicado na revista libertária Letra Livre. O filme “Quando chegar o momento” ganha também release distribuído pela TV Suécia Canal 1, produtora do filme e a crítica do filósofo e jornalista Karl Ola Nilsson, publicada em Film&TV, revista da cooperativa de cineastas independentes da Suécia.
Em relação ao filme sobre Gregório Bezerra, líder comunista, Sanz afirma que o filme foi produzido pela SLS Film-och Videoproduktion, de Estocolmo (Suécia). Como emoção, ele fala sobre o que foi ter feito o filme com um ícono como Bezerra: “não é preciso dizer muita coisa, apenas que foi feito em uma época em que Gregório estivera muito doente. Quase sem recursos, Lars e eu decidimos que era preciso registrar a presença dele em Estocolmo e recolher seu relato. Confesso que meu pensamento principal era: ‘meus filhos têm que poder saber quem foi este homem’. E eu tive a honra de conhecer, militar e ser amigo desse homem notável”, afirma.
Veja abaixo a programação de toda a mostra.
12/09/2014, sexta-feira:
14h30: Programa especial: arquivos da ditadura Salazar
48, Susana de Sousa Dias, Portugal, 2009, 90 min. Os 48 anos da ditadura Salazar, na voz dos sobreviventes e nas fotografias de identificação policial.
Master class com Susana de Sousa Dias. Mediação: Andrea França. Para esta sessão, é preciso inscrição: [email protected]
18h30: Abertura da mostra
Retratos de identificação, Anita Leandro, Brasil, 2014, 71 min. Dois sobreviventes da resistência à ditadura militar se deparam, pela primeira vez, com fotografias tiradas pela polícia. O passado retorna. Debate com Anita Leandro. Mediação: Patrícia Machado.
13/09/2014, sábado:
14h30: Programa Luiz Alberto Sanz
Não é hora de chorar, Pedro Chaskel e Luiz Sanz, Chile, 1971, 31 min (leg. port.). Exilado no Chile, Luiz Sanz filma o testemunho de seus companheiros.
Gregório Bezerra, Luiz Alberto Sanz e Lars Säfström, Suécia, 1978, 30 min. Em Estocolmo, o combatente comunista fala da tortura sofrida e nomeia seus algozes.
Quando chegar o momento (Dôra), Luiz Alberto Sanz e Lars Säfström, Suécia, 1978, 65 min (leg. port.). Em Berlim, Reinaldo Guarany fala do suicídio de Maria Auxiliadora Barcellos, no exílio.
Debate com Luiz Sanz e Reinaldo Guarany. Mediação: Anita Leandro.
18h00: Programa Olney São Paulo
Sinais de cinza, Henrique Dantas, Brasil, 2013, 86 min. A trajetória Olney São Paulo, morto precocemente, depois de preso e torturado por causa do filme Manhã cinzenta.
Manhã cinzenta, Olney São Paulo, Brasil, 1968, ficção, 18 min. Durante uma manifestação, dois estudantes são presos, torturados e processados por um cérebro eletrônico.
Debate com Henrique Dantas e José C. Avellar. Mediação: Patrícia Machado.
14/09/2014, domingo:
16h00: Programa Luiz Alberto Sanz
Não é hora de chorar, Pedro Chaskel e Luiz Sanz, Chile, 1971, 31 min (leg. port.). Exilado no Chile, Luiz Sanz filma o testemunho de seus companheiros.
Gregório Bezerra, Luiz Alberto Sanz e Lars Säfström, Suécia, 1978, 30 min. Em Estocolmo, o combatente comunista fala da tortura sofrida e nomeia seus algozes.
Quando chegar o momento (Dôra), Luiz Alberto Sanz e Lars Säfström, Suécia, 1978, 65 min (leg. port.). Em Berlim, Reinaldo Guarany fala do suicídio de Maria Auxiliadora Barcellos, no exílio.
Debate com Luiz Sanz e Reinaldo Guarany. Mediação: Anita Leandro.
16/09/2014, terça- feira:
14h30: Programa Marcas da memória
Repare bem, Maria de Medeiros, Brasil, 2012, 105 min. Denise Crispim fala de seu marido Eduardo Leite, o Bacuri, assassinado após 109 dias de violentas torturas.
Os militares que disseram não, Sílvio Tendler, Brasil, 2013, 100 min. Eles lutaram contra o golpe e foram perseguidos, cassados, torturados e mortos.
18h30: Hércules 56, Sílvio Da-Rin, Brasil, 2006, 94 min. Em 1969, o embaixador americano no Brasil, Charles Elbrick, foi sequestrado e trocado por 15 presos políticos.
Debate com Sílvio Da-Rin. Mediação: Paulo Oneto.
17/09/2014, quarta-feira:
14h30: Que bom te ver viva, Lucia Murat, Brasil, 1989, 98 min. Presa e torturada durante a ditadura, a cineasta Lucia Murat encontra outras mulheres que sobreviveram.
16h30: Em nome da segurança nacional, Renato Tapajós, Brasil, 1984, 45 min. Em 1983, o Tribunal Tiradentes julga a Lei de Segurança Nacional.
18h30: Cabra marcado para morrer, Eduardo Coutinho, Brasil, 1985, 119 min. Na Paraíba, cineasta reencontra os personagens de uma filmagem interrompida com o golpe de 64.
Debate com Eduardo Escorel. Mediação: Thaís Blank.
18/09/2014, quinta-feira
14h30: Não é hora de chorar, Pedro Chaskel e Luiz Alberto Sanz, Chile, 1971, 31 min. Exilado no Chile, Luiz Alberto Sanz filma o testemunho de seus companheiros.
15h30: 70, Emília Silveira, Brasil, 2013, 80 min. Em 1970, o embaixador suíço é capturado, em troca de 70 presos políticos. O filme reencontra esses personagens 40 anos depois.
18h30: Retratos de identificação, Anita Leandro, Brasil, 2014, 71 min. Dois sobreviventes da resistência à ditadura militar se deparam, pela primeira vez, com fotografias da prisão, tiradas pela polícia. O passado retorna.
Debate com Emília Silveira e Anita Leandro. Mediação: Juniele Rabêlo de Almeida.
O Centro Cultural Justiça Federal fica na Avenida Rio Branco, 241, no Rio de Janeiro.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.