Movimento reúne fotos de árabes e judeus que se recusam a ser inimigos

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Através de uma hashtag, se iniciou um movimento nas redes sociais em prol da paz. Cientes do ódio que a guerra entre Israel e Palestina desperta entre alguns judeus e árabes, usuários alheios a isso têm usado a #JewsAndArabsRefuseToBeEnemies (“Judeus e árabes se recusam a ser inimigos”, em tradução livre) com fotos e mensagens que simbolizam a igualdade, o amor e o respeito entre ambos os povos.

Mesmo que a tensão e a violência continue seguindo em frente em Gaza, duas pessoas se mobilizaram para tentar mostrar ao mundo que o bem deve prevalecer sobre todas as circunstâncias. Estudantes no Hunter College, em Nova York, Abraham Gutman e Dania Darwish uniram forças para criar no Twitter a campanha com hashtag marcante. Em seguida, foram também para o Facebook, e o sucesso tem vencido o desdém, contando com o apoio de milhares de fãs, acompanhado de mensagens contra o preconceito e a raiva.

Segundo um relatório da AP, mais de 1.200 pessoas já foram mortas durante o conflito neste ano. Felizmente, ainda há quem não aceite esse desfecho e mostre que existe alternativa: “Pare com o ódio em Toronto e ao redor do mundo”.

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México: Estratégia de segurança do governo intensifica perseguição a ativistas

2014_08_estrategia_seguranca_governo_mexico_reproducaoMarcela Belchior – Adital

A chamada ‘estratégia de segurança nacional’ aplicada no México, longe de surtir efeitos positivos, tem intensificado problemáticas, como perseguições a ativistas e defensores de direitos humanos. Em relatório recente, o Comitê Cerezo México revela que “as estratégias de coordenação entre os vários níveis de governo” acarretou no aumento das detenções arbitrárias, prova disso é que as Forças Armadas participaram de pelo menos 15 prisões de ativistas.

O Comitê destaca que as prisões aconteceram de janeiro a junho deste ano. Além disso, as Forças Armadas participaram do translado ilegal de três ativistas. De todas as pessoas presas, apenas Luis Alberto Mejía Rodríguez, da Organização Campesina, Indígena e Popular Ricardo Flores Magón, segue detido. Ele está na prisão de segurança máxima de Sonora, por acusações de delitos contra a saúde.

“No contexto da guerra contra o crime organizado (ou estratégia de segurança nacional, como está sendo chamada hoje) são disfarçadas cifras e equiparada a defesa dos direitos humanos como mais uma atividade criminosa”, critica o Comitê Cerezo. (mais…)

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Flip: fala-se de ditadura porque a polícia ainda mata e tortura, diz Ivo Herzog

Marcelo Rubens Paiva e Ivo Herzog debatem com o jornalista Zuenir Ventura os casos de tortura e morte de seus pais, Rubens Paiva e Vladimir Herzog. Fernando Frazão / Agência Brasil
Marcelo Rubens Paiva e Ivo Herzog debatem com o jornalista Zuenir Ventura os casos de tortura e morte de seus pais, Rubens Paiva e Vladimir Herzog. Fernando Frazão / Agência Brasil

Flávia Villela – Enviada Especial – Agência Brasil

O escritor Marcelo Rubens Paiva e o engenheiro Ivo Herzog defenderam, durante a Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), a educação em direitos humanos e o exercício da memória sobre os momentos de chumbo da ditadura brasileira para que nenhum filho perca o pai prematuramente vítima da violência no país.

“Essa não é uma conversa do passado, porque a polícia continua matando e torturando”, disse Ivo. “Precisamos que haja a revisão da Lei de Anistia para acabar com o DNA de impunidade da polícia. Seis jornalistas já foram assassinados no Brasil somente neste ano e o Brasil é o quarto país em que mais se mata jornalistas”.

Para Marcelo Rubens Paiva, a ignorância de jovens e de confusão evidenciada nas redes sociais em relação à ditadura mostra que a divulgação sobre o que ocorreu nesse período deve ser intensa e contínua. “Vemos jovens pedindo a volta da ditadura. Precisamos urgentemente repensar esse material didático que está sendo ensinado”, disse.

Marcelo fez uma analogia à morte do pai com a do assistente de pedreiro Amarildo, desaparecido desde julho do ano passado após ser levado de casa por policiais militares na Rocinha, favela da zona sul do Rio de Janeiro. “Amarildo tinha cinco filhos, meu pai tinha cinco filhos, Amarildo foi levado de casa, meu pai também. O corpo do Amarildo foi levado de madrugada por uma viatura militar, assim como meu pais. Meu pai não tinha nenhuma acusação contra ele e o Amarildo também não. A morte dele foi determinada por um major, assim como o meu. O Brasil continua o mesmo”, disse Marcelo. (mais…)

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Fala-se ianomâmi

Davi Kopenawa Yanomami, em Roraima. / BRUNO TORTURRA (DIVULGAÇÃO)
Davi Kopenawa Yanomami, em Roraima. / BRUNO TORTURRA (DIVULGAÇÃO)

Em mais uma estreia histórica da Flip, Davi Kopenawa, líder do povo indígena ianomâmi, sobe ao palco da principal festa literária brasileira para falar de livros, mas também de ameaças de morte

Camila Moraes – El País

Paraty – No Brasil fala-se português. Mas na sexta-feira foi possível escutar, pela primeira vez na Festa Literária de Paraty, outro idioma brasileiro que remete a uma nação muito anterior à chegada de uma língua oficial. A voz era de Davi Kopenawa, o líder espiritual e representante do povo ianomâmi, que subiu ao palco da tenda principal e abriu sua fala se apresentando e cumprimentando o público em seu próprio idioma.

Esse foi mais um momento histórico da 12ª Flip. O primeiro, na quinta-feira, foi a presença do primeiro autor russo a participar da festa, Vladímir Sorókin. Mas que pouco se compara à importância desse resgate tardio, em que um autêntico representante do povo brasileiro se sentou para falar ao lado da fotógrafa Claudia Andujar, que registra e apoia essa comunidade de Roraima e do Amazonas, na fronteira com a Venezuela, desde os anos 70. (mais…)

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Perdemos uma grande amiga, missionária e militante da causa indígena!

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CIMI – Faleceu na noite de sexta-feira – 01 de agosto – a Irmã Beatriz Catarina Maestri, 49 anos. Ela era Ministra Provincial da Província Imaculado Coração de Maria das Irmãs Catequistas Franciscanas, Blumenau/SC e também da Coordenação Colegiada do Cimi Sul. Irmã Beatriz morreu de traumatismo craniano em virtude de uma queda sofrida em sua casa.

Irmã Beatriz, a Bia, como era conhecida no Cimi, foi no decorrer de sua vida uma mulher de profundo engajamento nas causas sociais. Ela, na simplicidade, servia a Jesus Cristo vivendo no meio dos povos indígenas. Atuou durante anos junto às comunidades e famílias das periferias das cidades, especialmente da região da Grande São Paulo. (mais…)

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Jornalismo que investiga abusos do poder do Estado é destaque na Flip

Flávia Villela – Enviada Especial – Agência Brasil

O jornalismo combativo e investigativo na luta contra os abusos do poder do Estado é destaque da Feira Internacional de Literatura de Paraty (Flip) neste sábado (2). A mesa que abre o quarto dia do evento, “Liberdade, liberdade”, terá os jornalistas norte-americanos Charles Ferguson e Glenn Greenwald.

Ferguson fez um documentário sobre crise financeira de 2008, que virou livro (Trabalho Interno), e Greenwald ficou famoso mundialmente após revelar as denúncias feitas pelo ex-agente da CIA Edward Snowden sobre a espionagem de cidadãos e países feita pelos Estados Unidos por meio da internet.

Às 21h, os jornalistas David Carr e Graciela Mochkofsky falam do trabalho que desenvolveram sobre as relações entre a imprensa e interesses privados. Carr fez o documentário Page One – Inside the New York Times, sobre os bastidores do jornal nova-iorquino. Graciela escreveu um livro sobre o embate entre o casal Kirshner e o grupo Clarín, dono de jornais e revistas na Argentina, seu país de origem.

A partir das 17h, o segundo encontro sobre questão indígena do evento reúne o antropólogo Beto Ricardo e um ativista da causa yanomami e o antropólogo Eduardo Viveiro de Castro, indigenista e autor de vários livros sobre o pensamento ameríndio. A presença sobre a presença e o futuro dos índios no Brasil será destaque da mesa. (mais…)

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“Há almoços grátis desde que os saibamos cozinhar” [Davi Kopenawa, Cláudia Andujar e Michael Pollan]

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O norte-americano Michael Pollan foi aplaudido de pé na Festa Literária Internacional de Paraty, onde lembrou que a nossa relação com a natureza não é de custo-zero. Também o índio yanomami Davi Kopenawa alertou para os erros do homem

Isabel Coutinho (em Paraty) – Público

“Somos a nação Yanomami, moramos há muito tempo na fronteira do Brasil e da Venezuela. Eu agradeço que vocês me deixem entrar aqui, na vossa casa.”

Foi primeiro na língua do povo yanomami que Davi Kopenawa, presidente da Hutukara Associação Yanomami, agradeceu o convite para estar na plateia da Tenda de Autores da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). Só depois falou em português, língua que aprendeu a ler com missionários na Amazónia e com a Bíblia. É o autor do livro A Queda do Céu, juntamente com o antropólogo Bruce Albert, que já foi publicado em França, traduzido para inglês e será publicado em português no próximo ano pela editora brasileira Companhia das Letras. “Eu queria mostrar a sabedoria do povo yanomami, para vocês, os não-índios, não pensarem que a gente não sabe de nada. O povo yanomami é muito rico de História. Não é rico de dinheiro, de carro, de avião. É rico de conhecimento da nossa floresta amazónica.” (mais…)

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Falta de defensores aflige população em Minas

Comarca de Belo Horizonte atende a uma média de mil pessoas por dia
Comarca de Belo Horizonte atende a uma média de mil pessoas por dia

Hoje em Dia

Em dois terços das 295 comarcas mineiras não há defensores públicos, e em apenas 26 delas o número de profissionais é considerado suficiente. O déficit no serviço afeta diretamente a população. Nesses locais, quem não tem como pagar um advogado deixa de receber atendimento, ou seja, fica sem acesso à Justiça e a seus direitos. “É absolutamente importante a instalação de Defensoria em todas as comarcas”, afirma Christiane Procópio, defensora pública geral do Estado.

Em 2007, o governo de Minas se comprometeu a contratar 1.200 profissionais, mas a meta ainda não foi atingida. Menos da metade (586) atua em ações impetradas por pessoas que não têm condições de contratar um advogado particular.

Quem vive nas comarcas desprovidas de defensores públicos acaba tendo que se virar como pode. E, muitas vezes, deixa de reivindicar um direito por falta de meios para fazê-lo. Um problema que a recepcionista Simone de Oliveira, de 38 anos, sente na pele. Ela e mais de 36 mil moradores de Brumadinho, na região metropolitana, não têm acesso a esse serviço. (mais…)

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Livro de Cura apresenta mais de 100 espécies medicinais da terapêutica dos Huni Kuin

Reunidos para o lançamento do livro no Parque Lage, pajés cheiram rapé, uma mistura de tabaco com cinzas de folhas de árvores. Foto: Gustavo Miranda
Reunidos para o lançamento do livro no Parque Lage, pajés cheiram rapé, uma mistura de tabaco com cinzas de folhas de árvores. Foto: Gustavo Miranda

‘Livro da cura’ reúne textos e fotos de mais de 100 espécies medicinais utilizadas pelo povo indígena

Por Bolívar Torres, em O Globo

RIO — Espalhado pelo estado do Acre, sul do Amazonas e Peru, o povo indígena Huni Kuin sempre encontrou a cura na natureza, graças à sua estreita ligação com a floresta e seu conhecimento milenar das plantas. Cultivadas em seus jardins medicinais, diferentes espécies tratam enfermidades físicas e espirituais. Soluções naturais que servem tanto para acabar com uma dor de dente quanto para ajudar a se concentrar na pesca e na caça, ou ainda dar um fim à má sorte de homens e cachorros.

Mais de 100 espécies desta terapêutica estão agora apresentadas em textos e imagens no recém-lançado Una Isi Kayawa — Livro da cura Huni Kuî do Rio Jordão (Editora Dantes, 260 páginas), organizado pelos pajé Agostinho Manduca Mateus Ika Muru e o etnobotânico Alexandre Quinet, pesquisador do Jardim Botânico do Rio (uma seleção de fotos de Camilla Coutinho feitas para a obras estão na mostra “O sonho que cura”, exibida no Parque Lage).

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