Por Luana Luizy, de Brasília, no Cimi
Com objetivo de refletir sobre os problemas criados pelas matrizes energéticas utilizadas, mais de 20 organizações da sociedade civil se encontram em Brasília, no Fórum Social Temático de Energia.
O impacto dos empreendimentos energéticos sobre os territórios e povos indígenas foi um dos motes de discussão do evento nesta sexta-feira (8). O indígena Jorge Pankara relatou durante o Fórum, os riscos sobre a construção de uma usina nuclear prevista para o sertão pernambucano, assim como os impactos gerados pelo empreendimento. “Os prefeitos da nossa região estão todos aliciados. Como podemos construir diálogo? O governo só sabe falar de dinheiro e circulação de capital sobre a construção da usina nuclear, mas não vê como as comunidades tradicionais serão afetadas”.
Com a construção da usina hidrelétrica de Itaparica em 1989 nos estados da Bahia e Pernambuco, de propriedade da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), muitos indígenas foram removidos de seus territórios tradicionais. “A Chesf não reconheceu a gente como povo indígena e hoje o governo vem apresentar esse grande empreendimento, o projeto Central Nuclear do Nordeste”, contou Jorge Pankara. (mais…)