China e Rússia proíbem produção de transgênicos em seus territórios

transgenicos_12Da Página do MST

O governo chinês decidiu no último domingo (17) não renovar a permissão para desenvolver arroz e milho transgênicos dentro do país.

A produção dessas culturas no país começou em 2009, com a promessa de que os transgênicos diminuiriam o uso de agrotóxicos na agricultura chinesa em cerca de 80%, além de aumentar a produtividade.

Mas a permissão era apenas para pesquisa. A comercialização dos transgênicos estava proibida até se confirmar que as culturas não apresentariam malefícios à saúde.

Em julho deste ano, no entanto, foi encontrado sacos de arroz transgênicos sendo comercializados no mercado chinês.

De acordo com Huang Jikun, cientista chefe da Academia Chinesa de Ciências, “a pressão da população, preocupada com a segurança alimentar, foi um dos elementos para essa decisão ser tomada”.

Além disso, a China está alcançando o patamar de auto-suficiência na produção do arroz, não precisando assim desenvolver os transgênicos para garantir a alimentação de sua população.  (mais…)

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MPF/MG e MP/MG pedem criação imediata da RDS Nascentes dos Gerais

geraizeiros greve de sedeEm junho, geraizeiros interromperam uma greve de fome, diante do compromisso do MMA e do ICMBio de avançar com a proposta, o que não acabou não acontecendo

O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG), em conjunto com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, recomendou ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a criação imediata da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Nascentes dos Gerais.

A RDS Nascentes dos Gerais deve abranger áreas dos municípios de Montezuma, Rio Pardo de Minas e Vargem Grande do Rio Pardo, no Norte de Minas Gerais, onde vivem comunidades geraizeiras, povos tradicionais que exercem atividades extrativistas em regiões de cerrado.

Os geraizeiros são assim chamados porque habitam os gerais – planaltos, encostas e vales das regiões de cerrado. Bons conhecedores desse bioma e de suas espécies, eles se adaptaram com sabedoria às características do cerrado e às suas possibilidades de produção, fazendo uso sustentável do ambiente em que vivem. Na verdade, a presença dessas comunidades tradicionais do cerrado tem sido fator decisivo na proteção do meio ambiente onde exercem suas atividades. (mais…)

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Belo Monte: Tribunal nega recurso da Norte Energia e confirma prazo para novos estudos

Sítio Pimental, usina Belo Monte (Foto: Governo Federal/Divulgação)
Sítio Pimental, usina Belo Monte (Foto: Governo Federal/Divulgação)

Decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região de março de 2014 tinha determinado correções nos estudos da usina. Empresa recorreu, mas perdeu

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou esta semana um recurso da Norte Energia e, com isso, confirmou decisão de março de 2014 que obriga a empresa a fazer correções nos estudos de impacto ambiental (Eia/Rima) da usina de Belo Monte. O prazo para o consórcio atender as obrigações é de 90 dias, sob pena de paralisação das obras e multa de R$ 500 mil. O Tribunal ainda determinou que seja providenciada nova  Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica pela Agência Nacional de Águas, tendo em vista que foi modificado o hidrograma de funcionamento da hidrelétrica. (mais…)

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Lideranças quilombolas da Baixada Maranhense acampam na sede do Incra

Quilombolas ocuparam área do Incra em São Luís. Líderes buscam garantias de terras (Crédito: Diego Chaves/OIMP/D.A Press. )
Quilombolas ocuparam área do Incra em São Luís. Líderes buscam garantias de terras (Crédito: Diego Chaves/OIMP/D.A Press. )

80 líderes de comunidades quilombolas da Baixada Maranhense estiveram na sede do Incra para reivindicar a posse de terras na região. Disputa com latifundiários aumenta tensão

William Castro – O Imparcial

Uma reunião para discutir a entrega dos relatórios antropológicos de comunidades quilombolas foi realizada na manhã de ontem, na Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em São Luís. O pregão regional durou quase 4h e teve a participação de representantes do órgão e lideranças de localidades que reivindicam a certificação de suas terras.

Estiveram presentes cerca de 80 líderes quilombolas de todo o estado, principalmente de comunidades da baixada maranhense. De acordo com Naildo Braga, de São Raimundo, a reunião abordou reivindicações existentes desde 2011 e que até agora não foram atendidas. “São relatórios antropológicos para as localidades que nunca foram entregues pelo Incra, já esperamos muito tempo e nenhuma resposta”, destacou. O relatório contém o estudo da área da comunidade feito por um antropológico que coleta dados do local e das pessoas comprovando a comunidade como quilombola.

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Casarões históricos escondem violência contra homossexuais

Cidade da região Central de Minas conta com 38 cursos de graduação e cerca de 400 repúblicas particulares
Cidade da região Central de Minas conta com 38 cursos de graduação e cerca de 400 repúblicas particulares

Modelo subjetivo de seleção em repúblicas federais e cultura machista acentuam o problema

Luciene Câmara, O Tempo

Ouro Preto, na região Central de Minas, é uma cidade que valoriza a tradição de seus casarões históricos e das repúblicas estudantis, criadas para acolher alunos das antigas faculdades de engenharia. Hoje, mesmo com uma diversidade de público e de cursos, muito do passado se mantém, como o modelo de gestão das residências federais, onde critérios subjetivos se sobrepõem ao socioeconômico na escolha de quem vai ocupar uma vaga, que é gratuita. Esse cenário favorece uma cultura homofóbica e exclusivista, fazendo multiplicarem os casos de humilhação e violência.

A reportagem foi até a cidade e ouviu depoimentos de quatro ex-alunos que dizem ter convivido com a homofobia. A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) admite que esse tipo de situação deve ocorrer, assim como em outras universidades. Porém, professores e estudantes argumentam que a cultura machista e de exaltação daqueles no comando das repúblicas é muito forte no município, o que, aliado ao sistema de seleção das repúblicas federais, produz uma exclusão social mais intensa. (mais…)

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PNGATI: Durante aula de campo, cursistas imergem na história e nos rituais dos Potiguara

Da esquerda para a direita: Sr. Joseci, cacique geral Sandro e Capitão Potiguara. Foto: ©Andreza Andrade/Projeto GATI
Da esquerda para a direita: Sr. Joseci, cacique geral Sandro e Capitão Potiguara. Foto: ©Andreza Andrade/Projeto GATI

Portal de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas

A aula de campo, realizada no dia 20/08, iniciou com caminhada em direção ao terreiro sagrado dos Potiguara, localizado na aldeia São Francisco ou “aldeia Mãe”. O terreiro é formado por furnas (pequenas cavernas) que de acordo com os Potiguara, são os locais de morada dos encantados. No local, líderes, anciões e pajés compartilharam histórias sobre a luta pelo reconhecimento territorial e cultural.

Iniciando a roda de conversas, o cacique geral Sandro Barbosa falou da importância do fortalecimento da cultura e a identidade Potiguara, que fez com que o povo se mantivesse firme para reivindicar seus direitos. “Para ter saúde, felicidade, precisamos da nossa terra e da nossa cultura,  muita gente não sabe o significado de usar um colar de sementes, um cocar e maracá, mas nós sabemos”, disse. O cacique citou ainda que o esforço em manter a cultura viva, vem frente a diversas situações onde os Potiguara são expostos à cultura e a influencia não indígena. Um exemplo é o fato da área estar localizada muito próximo às grandes cidades, em épocas como o carnaval, a presença de turistas é muito intensa.  (mais…)

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Por que a Marcha (Inter)nacional contra o Genocídio do Povo Negro foi realizada pela primeira vez em Vitória?

Foto: ?Luana Rebouças
Caminhada para a Marcha. Foto: Luana Rebouças

Combate Racismo Ambiental

Trecho de matéria de Luana Rebouças, publicada ontem, 22, no Folha Vitória:

“O manifestante Adriano Monteiro informou que esta é a segunda Marcha Internacional Contra o Genocídio do Povo Negro, porém a primeira vez no Espírito Santo. “Esta marcha está acontecendo em 18 capitais e 15 países como Colômbia, Bolívia e Estados Unidos para o fim do extermínio da juventude negra e contra os índices de mortalidade de pessoas negras”.

Entre os diversos casos de homicídio que foram registrados na Grande Vitória esta semana estão jovens negros. Na noite de segunda-feira (18), um jovem de 19 anos foi executado a tiros no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha.

Na mesma noite, um ex-presidiário de 24 anos morreu baleado em Maria Ortiz, Vitória. Na terça-feira (19) foi a vez de um homem de 29 anos assassinado com 20 tiros em Valparaíso, na Serra. Na mesma noite, outros três jovens, entre 17 e 28 anos, levaram tiros no bairro Alecrim, em Vila Velha. Os crimes tem características semelhantes: homens jovens de periferia, a maioria negros. Esse é o cenário do mapa da violência no Estado que a marcha luta para mudar”.

Sem necessidade de comentários.

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