SP – I Agosto Indígena nos CEUs – 2014

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Cursos, seminários, oficinas e apresentações culturais marcarão a I Mostra Cultural Indígena da Rede Municipal de Ensino. O evento, que começa nesta segunda-feira (11/8), vai se estender até o próximo dia 30 em 23 Centros Educacionais Unificados (CEUs). O objetivo é propiciar a formação de educadores, gestores, equipe técnica e demais profissionais da Educação sobre a temática indígena, além de proporcionar aos educadores experiências que possibilitem aprofundar a reflexão a respeito das Histórias e Culturas Indígenas. Também será exibida no mês de agosto, em cada um dos CEUs que recebem a programação, uma Mostra de Cinema Guarani. A mostra é produzida pelo Programa Aldeias da Secretaria Municipal de Cultura.

A I Mostra Cultural “Agosto Indígena nos CEUs/2014” integra um programa de Política Pública de valorização e reconhecimento dos povos originários do Brasil, construído pelas Secretarias Municipais de Educação, Cultura, Direitos Humanos e Cidadania e Promoção da Igualdade Racial de São Paulo e os povos indígenas que habitam a metrópole. A programação foi construída com o objetivo de promover reflexões sobre o protagonismo e a visibilidade das diversas etnias na cidade de São Paulo.

De acordo com dados do Censo 2010 do IBGE, São Paulo é a quarta cidade do Brasil em população indígena que, somada, conta com 12.977 pessoas. A presença indígena encontra-se em aldeias Guarani – Jaraguá: Tekoa Ytu; Tekoa Pyau e em Parelheiros: Tekoa Tenondê Porã; Tekoa krukutu e Tekoa kalipety – e na cidade como um todo encontramos os Pankararé, Fulni-ô, Pankararu, Saterê-mawê, Kariri-xocó, Pankará, Xavante, Tupinambá, Xucuru, entre outras. A Mostra é uma oportunidade para que alunos, educadores e comunidade tenham acesso a vivências culturais protagonizadas pelos indígenas, e possam conhecer a Diversidade Étnica de São Paulo. (mais…)

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Racismo ambiental e religiões africanas são temas de curso na Universidade Católica de Pernambuco

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Por Roberta Patu, em Leia Já

O Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CEPIR) está com inscrições abertas para o Curso “Racismo Ambiental e as Religiões de Matriz Africana”. As aulas serão ministradas na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). O curso será ministrado sempre nas segundas e quartas-feiras, de setembro a dezembro de 2014.

O curso tem como objetivo debater o enfrentamento ao racismo ambiental, a preservação da natureza e o combate a todo tipo de intolerância religiosa e discriminação racial. Essas temáticas fazem parte do Programa Pacto Pela Vida, no que diz respeito à prevenção das violências simbólicas. As aulas terão como público-alvo professores, babalorixás, ialorixás e pesquisadores sobre o tema.

Os interessados em participar do curso de “Racismo Ambiental e as Religiões de Matriz Africana” devem se inscrever, no período de 11 a 27 de agosto, no prédio da Unicap Júnior, localizado na Rua do Príncipe, 526 – Boa Vista – Recife/PE ou pelos telefones (81) 3183 3298 OU 3183 3297. Mais informações pelo telefone (81) 3423.3193 ou pelo mail: [email protected].

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Há 10 anos morria o escritor mineiro Adão Ventura, autor de “A cor da pele”

Adão VenturaEscritor e professor de literatura terá o clássico “A cor da pele e outros poemas negros” relançado em formato digital

Carlos Herculano Lopes, no EM Cultura

Um dos maiores poetas brasileiros do século 20. Esta é a avaliação do escritor e editor Tião Nunes sobre Adão Ventura, mineiro nascido em 1939, em Santo Antônio do Itambé, autor do já clássico A cor da pele, importante conjunto de poemas sobre o tema da negritude e do racismo. Ao lado do romancista Jaime Prado Gouvêa e de Beth Guimarães, Tião vem cuidando do legado literário do escritor, que morreu há 10 anos de câncer, em Belo Horizonte, aos 65 anos.

De acordo com Nunes, que em 2006, dois anos depois da morte do poeta, lançou a antologia Costura de nuvens, pela Editora Dubolsinho, no volume estão reunidos alguns dos melhores poemas de Adão Ventura. A ideia que deve se concretizar até o fim do ano é a publicação de toda a obra do escritor. O primeiro passo será o relançamento de A cor da pele e outros poemas negros em formato digital, adianta o editor. 

Num ensaio publicado por ocasião do lançamento do seu livro mais conhecido, em 1980, em edição independente, o professor de literatura e crítico Silviano Santiago escreveu:

“A originalidade da poesia de Adão Ventura advém do sentimento da cor da pele. A cor da pele: algo de pessoal e intransferível, e ao mesmo tempo algo de coletivo e histórico. O homem se descobre negro na tessitura da pele, e nesta vê as marcas da escravidão e do degredo, e sente os sofrimentos e a Mãe-África. Adão Ventura filia-se ao que se poderia chamar – insistindo ao máximo no paradoxo – a tradição ocidental da poesia negra, tradição esta elevada à condição soberana por Cruz e Souza em pleno movimento simbolista”.

Neto de escravos trabalhadores em fazendas e minas, Adão Ventura Ferreira Reis nasceu em Santo Antônio do Itambé, no Vale do Jequitinhonha, em 5 de julho de 1939. Naquela cidade, que marcaria para sempre sua vida e poesia, ele viveu até o início da juventude, quando então, sonhando com dias melhores impossíveis de serem conseguidos por lá, mudou-se com a cara e a coragem para a cidade, vizinha do Serro.  (mais…)

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Ollantay Itzamná*: ¿Pueblos indígenas o subversivos, enemigos internos de los estados? [ótimo!]

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9 de agosto, 2014.- Desde 1994, por decisión de la ONU, cada 9 de agosto se celebra el Día Internacional de los Pueblos Indígenas. Gobiernos, ONG y entidades de cooperación internacional organizan conferencias, foros, ceremonias folclóricas, etc. para debatir sobre la realidad y los derechos de “nuestros” pueblos indígenas sin la presencia de dichos pueblos.Imagino similares debates efusivos, hace cinco siglos, entre Sepúlveda y Montesinos, sobre el mismo tema, en ausencia de los “no humanos”.

¿Qué cambió para nosotros a 522 años de 1492?

Hace cinco siglos atrás nos derrotaron, pero no nos vencieron. Muestra de ello, hoy, nuestras banderas compartidas en defensa de nuestra única Madre Tierra se convierten en idearios cada vez más universalizantes, mientras ellos se autodestruyen atrapados en su lógica de sangre insaciable.

Quienes alardearon superioridad civilizatoria (con su teología y su filosofía), ahora, se enfrascan nuevamente, en una guerra permanente, sedientos por el petróleo, el control de la industria militar/criminal y el narcotráfico. Mientras, la inteligencia y el espíritu humano contemplan los destellos de las filosofías y las espiritualidades integrales de los pueblos indígenas, guardianes de la Vida. El Sur, dinamizado por sujetos colectivos indígenas, ahora, se convierte en un faro innegable para el sistema-mundo-occidental sumido en la oscuridad radiante. (mais…)

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Saudade do que poderia ter vivido

menino e pai Por Bianca Santana*, em Brasil Post

“Perder o pai já é uma tragédia
Perdê-lo na infância é sentir saudade
Não do que viveu, mas do que poderia ter vivido”

Crisântemo, de Emicida e Dona Jacira

Criança tomando espuma de cerveja. Pai herói, de peito estufado, cumprimentando todo mundo. A certeza de que não vai acabar bem. Quando vi o clipe Crisântemo pela primeira vez, não consegui chegar ao final. Uma dor na boca do estômago e uma vertigem nauseada me fizeram parar e detestar. Só podia ser história de pobre contada para a classe média. Não parecia possível alguém que viveu essas cenas, tão corriqueiras nas periferias, gostar de algo tão doloroso.

Meu pai sempre deixou provar a espuma da cerveja. Era muito amado e respeitado por onde passava. E levava uma vida que anunciava como acabaria mal. Ele era bicheiro, daqueles com corrente de ouro e camisa colorida que costumava ter em novela. Eu sabia que era ilegal. E rezava muito cada vez que passava na frente de um presídio ou via um carro de polícia. Pelos presos, mas principalmente pelas filhas dos presos. Na minha fantasia, mais cedo ou mais tarde meu pai estaria na cadeia. Até que, por um milagre, ele saiu do jogo do bicho e abriu um bar.

O dinheiro acabou. A segunda esposa foi embora com o filho mais novo. Ele foi encolhendo os ombros, retraindo o peito e ficando cada vez mais quieto. Num domingo, fui visitá-lo e ele não abriu a porta. Abusada, pulei a janela, e percebi que ele fumava um cigarro, já no final. Ele não estava dormindo. Não abriu a porta porque não quis. Percebi a tristeza, mas me sentia feliz porque a vida agora era honesta. (mais…)

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‘É preciso se mobilizar contra o fascismo e a direitização das instituições’

Benedito Barbosa sendo preso. Foto capturada de vídeo na internet. TP.
Benedito Barbosa sendo preso. Foto capturada de vídeo na internet. TP.

Por Gabriel Brito e Paulo Silva Junior*, em Correio da Cidadania

Tanto governos como movimentos sociais ainda fazem seu balanço da Copa do Mundo e, cada um a seu modo, começam a traçar estratégias para os próximos tempos. Enquanto para alguns a eleição representa tudo no horizonte político, para outros a luta apenas continua, sem que saibamos ainda qual o devido legado deixado pelo megaevento para a nossa democracia.

“Ainda estamos fazendo a avaliação de todo o processo. Mas sabemos que a luta nem começou no período da Copa e nem termina com o fim da Copa. O que podemos dizer é que o legado da Copa de 2014, principalmente para as comunidades mais pobres, foi muito complicado”, disse Benedito Barbosa, advogado do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, em entrevista ao Correio da Cidadania.

Dito, como é conhecido, participou do Comitê Popular da Copa em São Paulo, além de ter um histórico de ligação com movimentos de moradia, atuais pontas de lança da luta de classes na maior metrópole do país. Atento ao processo de remoções e despejos, chegou a ser preso em reintegração de posse no mês de junho, em uma das várias ocupações do centro de São Paulo. Em sua opinião, “não há uma política de habitação para atender de forma massiva a população de baixa renda”. (mais…)

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MG – Moradores da Granja Werneck podem ter nova audiência de conciliação sobre despejo

Com base em cadastro da prefeitura, a PM calcula que 2,5 mil famílias devem deixar a Granja Werneck, mas moradores declaram que já são mais de 8 mil famílias
Com base em cadastro da prefeitura, a PM calcula que 2,5 mil famílias devem deixar a Granja Werneck, mas moradores declaram que já são mais de 8 mil famílias

A Defensoria Pública de Minas Gerais entregou um documento, na tarde desta sexta-feira, à presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) pedindo um novo encontro com a PBH

Por João Henrique do Vale, no Estado de Minas

Uma nova audiência de conciliação deverá ser feita entre os moradores das ocupações que vivem na Granja Werneck, conhecida também como Isidoro, na Região Norte de Belo Horizonte, e a Prefeitura. A Defensoria Pública de Minas Gerais entregou um documento, na tarde desta sexta-feira, à presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), pedindo um novo encontro entre as partes para decidir sobre o despejo de moradores. Ainda não há data para a reunião. O pedido não impede que a ação da Polícia Militar (PM) aconteça.

Moradores das ocupações que vivem no terreno fizeram uma manifestação nesta tarde em frente ao prédio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na Rua Goiás, no Centro de Belo Horizonte. Com faixas e cartazes, as famílias pediam que a decisão da desapropriação fosse revertida. Eles chegaram a impedir o trânsito em uma das faixas da Avenida Afonso Pena, em frente a prefeitura, no sentido Centro/Bairro Mangabeiras. Segundo a Polícia Militar (PM), aproximadamente 150 pessoas participaram do ato.  (mais…)

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RJ – Brasil 2014: Uma Nação na Encruzilhada da História?

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As manifestações do ano passado trouxeram à tona a enorme insatisfação, frustração e/ou mal-estar de amplas camadas da população, sobretudo jovens das grandes e médias cidades. Interpelaram de maneira radical mútliplas dimensões e aspectos do modelo de desenvolvimento vigente, o padrão de desenvolvimento urbano, as políticas de investimentos públicos, os megaeventos esportivos. Mostraram tanto o desencanto quanto a possibilidade de encontrar alternativas através da renovação das instituições representativas (congresso, assembleias, câmaras), quanto a desconfiança em relação aos agentes que as fazem funcionar (políticos, partidos), sejam os que estão nos governos, sejam os que estão nas oposições. É profunda a descrença no que a imensa maioria dos brasileiros vê como sendo o “mundo da política”.

Por seu lado, as forças políticas e econômicas que controlam e operam os mecanismos institucionais de ação política, nos níveis nacional, estadual e municipal, assim como os que controlam os grandes meios de comunicação de massa, revelaram-se incapazes de dialogar com os milhões que foram às ruas. Não apenas não foram atendidas a maioria de suas demandas como pode-se afirmar que, em certa medida, nem mesmo foram entendidas. (mais…)

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Moção da ABA referente à garantia dos direitos territoriais dos Povos Indígenas no Brasil

Depoimento da Cacique Damiana
Cacique Damiana, de Apyka’i. Foto capturada de vídeo na internet. TP.

A ABA [Associação Brasileira de Antropologia] solicita ao Ministério da Justiça e ao Congresso Nacional providências efetivas e urgentes contra a série de medidas que pretendem restringir os direitos territoriais e a autodeterminação dos Povos Indígenas no país, como a Portaria 303/2012 da Advocacia-Geral da União; a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215; o Projeto de Lei (PL) 227; o Projeto de Lei (PL) 1.610, entre vários outros. Traz preocupação a recente manifestação da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que em documento aos presidenciáveis pede a imediata interrupção dos processos de demarcação. (mais…)

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