Deputados agem para nos empurrar transgênicos

140609-TransgênicosCâmara Federal debate, de costas para sociedade, projetos que podem tornar ainda mais difícil identificar transgenia nos alimentos que consumimos

Por Juliana Dias, editora do site Malagueta

A questão de que as novas tecnologias poderão resolver os problemas humanos com que nos defrontamos é controversa. As tecnologias fundadas em aplicação de estudos científicos apresentam incertezas para o bem-estar humano. Apontam para aspectos negativos de difícil solução, pois têm por objetivo questões distintas do que é alardeado como grande vantagem — por exemplo, eficiência e lucro. O detentores dessas novas tecnologias tentam provar a eficácia, defendendo benefícios não inteiramente comprovados para lançar na sociedade seus produtos inovadores. O caso da transgenia serve como exemplo para indicar as implicações e compromissos entre ciência e democracia, no que diz respeito aos direitos civis e sociais dos cidadãos, bem como sua participação deliberativa.

A produção de alimentos geneticamente modificados (GM) em larga escala teve início em 1996, nos Estados Unidos (EUA), com a introdução da soja resistente a herbicidas. Entretanto, o debate a respeito desse modelo produtivo na agricultura industrial é pautado por controvérsias. A área mundial ocupada com cultivos GM atingiu 102 milhões de hectares em apenas 10 anos (SILVEIRA e BUAINAIN, 2007, p.58). Já o diálogo, na sociedade, sobre a positividade ou negatividade de seu uso, avança com dificuldades. Não há consenso entre cientistas, governos, indústrias e associações civis, os protagonistas desse enredo. Na perspectiva de Latour (2007, apud ABRAMOVAY p. 135), descrever controvérsias trata-se da capacidade de acompanhar e expor “um debate que tem por objeto, ao menos em parte, conhecimentos científicos ou técnicos ainda não assegurados”. (mais…)

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Nativos de cuatro cuencas intensifican protestas por desatención del Estado

Indígenas quechuas del Pastaza reunidos en Andoas. Foto: Puinamudt
Indígenas quechuas del Pastaza reunidos en Andoas. Foto: Puinamudt

Servindi – Ante la inacción del Estado, las federaciones nativas de las cuencas del Pastaza, Corrientes, Tigre y Marañón anunciaron movilizaciones para exigir la implementación inmediata de medidas que contrarresten los daños que viene ocasionando la actividad petrolera en sus territorios.

La primera de estas movilizaciones la viene protagonizando la Federación Indígena Quechua del Pastaza (Fediquep). Ellos llevan una semana de movilización pacífica. A la fecha se contabilizan cerca de novecientas personas reunidas en la comunidad de Nuevo Andoas, al norte de la región Loreto.

El 15, 16 y 17 será el turno de la Asociación Cocama para el Desarrollo y Conservación San Pablo de Tipishca (Acodecospat), federación que agrupa a más de cincuenta comunidades de la cuenca del Marañón.

La movilización se hará a pie y tiene como punto de partida y llegada las ciudades de Nauta e Iquitos, respectivamente. Serán más de 100 kilómetros de recorrido. (mais…)

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Mais um morre em obras de trilhos em SP. Mas quem está contando?, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Uma viga do monotrilho que ligará o aeroporto de Congonhas ao bairro do Morumbi (Linha 17-Ouro) desabou, na tarde desta segunda (9), matando um operário que trabalhava na obra, segundo informações da Polícia Militar.

O metrô, de acordo com a Folha de S.Paulo, lamentou o acidente e informou que exigiu rápida apuração do consórcio responsável, composto pelas empresas Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engineering e MPE Montagens e Projetos Especiais.

E São Paulo vai colecionando “fatalidades” na ampliação de seu transporte de massa sobre trilhos.

Antônio José Alves Ribeiro e José Exerei Oliveira Silva foram esmagados em junho de 2013 por um guindaste que despencou nas obras da futura estação Eucaliptos na expansão da linha 5-lilás do metrô, em Moema – bairro da capital paulista. O acidente poderia ter sido pior, uma vez que dezenas de trabalhadores estavam no local.

Em janeiro de 2007, sete pessoas morreram após serem engolidas por uma cratera aberta no local onde hoje fica a redonda estação Pinheiros da linha 4. O consórcio Via Amarela (Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Alston) chegou a culpar a natureza, o terreno, as chuvas, rochas gigantes, o Imponderável da Silva, enfim, grandes forças malignas do universo contra as quais He-Man e She-Ha lutavam, pela tragédia. (mais…)

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Las multinacionales del agro

 

Las tres empresas que dominan el mercado de semillas facturan 18.000 millones de dólares anuales
Las tres empresas que dominan el mercado de semillas facturan 18.000 millones de dólares anuales

Tres compañías manejan más de la mitad del mercado mundial de semillas, seis empresas de plaguicidas dominan las tres cuartas partes de ese negocio y diez corporaciones controlan el 40 por ciento de los fertilizantes. Las cifras del agronegocio

Por Darío Aranda – Página/12

Tres empresas controlan el 53 por ciento del mercado mundial de semillas, seis compañías de plaguicidas dominan el 76 por ciento del sector y diez corporaciones se hacen del 41 por ciento del mercado de fertilizantes. Con nombres propios y cifras de ganancias, un informe internacional arroja datos duros sobre las multinacionales del agro. “La concentración del poder de las corporaciones y la privatización de la investigación deben discutirse como temas principales en la búsqueda de soluciones al problema de quién nos alimentará”, reclamó Kathy Jo Wetter, coordinadora de la investigación desde Estados Unidos, y remarcó una de las principales “falacias” del modelo de agronegocios: “Es una gran mentira que este modelo agroindustrial puede combatir el hambre del mundo”. Y planteó la necesidad de acabar con los oligopolios y fortalecer otro modelo.

El Grupo ETC es un espacio de referencia en el estudio de las corporaciones del agro. Con tres décadas de trabajo y oficinas en Canadá, Estados Unidos y México, periódicamente emite documentos sobre los cinco continentes sobre la base del entrecruzamiento de información oficial de gobiernos y empresas. “Semillas, suelos y campesinos. ¿Quién controla los insumos agrícolas?”, resume el estado de situación de las multinacionales del agro. (mais…)

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Lei de Cotas no serviço público é sancionada

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil 

Ao sancionar ontem (9) a lei que reserva aos negros 20% das vagas de concursos públicos federais do Poder Executivo, a presidenta Dilma Rousseff disse esperar que a medida sirva de exemplo para a adoção de normas similares nos demais Poderes, entes federados e na iniciativa privada.

“Esta é a segunda lei que eu tenho a honra de promulgar com ações afirmativas, para fechar um fosso secular de direitos e oportunidades engendrados pela escravidão e continuados pelo racismo, ainda existente entre negros e brancos em nosso país”, disse, em referência à Lei de Cotas para as universidades federais.

A lei, originada em um projeto do Executivo enviado por Dilma em novembro do ano passado, foi aprovada pelo Senado no último dia 20. Além da administração pública federal, a nova lei se aplica a autarquias, fundações e empresas públicas, além de sociedades de economia mista. A norma começa a valer hoje (10), após publicação no Diário Oficial da União, e vai vigorar, inicialmente, por dez anos.

Segundo o texto da lei, poderão concorrer na reserva para candidatos negros todas as pessoas que se autodeclararem pretas ou pardas na inscrição para o concurso público, seguindo o quesito de cor ou raça utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Os candidatos negros concorrerão concomitantemente às vagas reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso. (mais…)

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O pior dos racismos é o da cor da alma

O mundo seguirá sendo violento e despedaçado enquanto pensarmos que nossa alma de privilegiados é mais nobre do que a dos despossuídos

Juan Arias – El País

Existe um racismo da cor da pele e outro da cor da alma: o que admite que nem todos os seres humanos têm o mesmo direito à felicidade. Qual deles é o mais perigoso e atroz?

No fundo, ambos afetam o mesmo sujeito: os que dispõem de menos recursos, sempre os mais pisoteados. Talvez porque, no fim das contas, consideramos que se tratam de humanos inferiores, dos quais o poder tem menos medo, até que um dia se cansam de ser humilhados, despertam e põem tudo de pernas pra cima.

Digo isto porque me tocaram algumas declarações de Joseph Blatter, presidente da FIFA, em relação às manifestações de protesto com os esbanjamentos da Copa do Mundo que será disputada no Brasil. “É impossível deixar todos felizes”, disse, e adicionou: “O mundo mudou e sempre existe alguém que não está feliz”.

O que Blatter quis dizer? Que existem os que têm direito de ser felizes e os que não têm? E quais são esses que segundo ele “é impossível fazer felizes”?

Certamente não se referia aos privilegiados que poderão desfrutar ao vivo das partidas com direito a um palco de luxo, como no Rio de Janeiro, que custou mais de cem milhões de reais e que somente eles poderão usar.

Os que, de acordo com o dirigente da FIFA, deveriam abandonar a ideia de fazer manifestações durante a Copa para pedir melhorias de vida, são, claro, os mais despossuídos, os que necessitam lutar para que aumentem seus salários porque a inflação os come. Os que querem ter serviços públicos dignos de seres humanos. (mais…)

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RN – Povos Indígenas & Justiça – II Edição, hoje, às 19h

Departamento de Ciências Sociais – O Departamento de Ciências Sociais realizará hoje, 10/06 (terça-feira), o evento “Povos Indígenas & Justiça”, em sua segunda edição, às 19:00 horas, no auditório da Universidade Federal de Rondônia – Centro.

Contando com lideranças do movimento indígena local e nacional, a proposta do evento é permitir um diálogo e troca de informações sobre pontos sensíveis aos povos indígenas, como as Propostas de Emendas Constitucionais 038/99 e 215/00, o Decreto 7957/2013 e os conflitos/impactos socioambientais conseguintes aos grandes projetos de desenvolvimento na Amazônia.

Participarão os seguintes expositores: Sônia Guajajara – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Valdenilda Massaka – Coordenação Indígena da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam/RO), Márcia Nunes Maciel – Historiadora,  Almir Suruí e Antenor Karitiana (lideranças indígenas em Rondônia) e Heliton Gavião – Coordenação Indígena da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam/RO).

Presidirá a mesa o professor Vinicius Valentin Raduan Miguel, tendo como mediadora dos debates a cientista social Inaê Nogueira Level.

Endereço: Unir Centro (Av. Presidente Dutra, 2965 – Centro)

Data: 10/06/2014 (terça) às 19:00 horas.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Vini Miguel.

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La otra cara del Mundial: “El Brasil que recibe al Mundial es un país que despertó”

Nota: desInformémonos dedicou uma página especial à questão da Copa no Brasil, reunindo diversos artigos, alguns publicados nos últimos meses, inclusive. Em lugar de selecionar um ou outro, optamos por divulgar a página especial, postando a pequena abertura e os títulos e autores, linkados diretamente à publicação original.  Aí vão pois, abajo y… (Tania Pacheco).

mão suja na bola

Esta sección trata de mirar desde otros ángulos lo que los Mundiales representan para los países anfitriones, sin romper con la magia que genera el fútbol que nada tiene que ver con las ganancias, la militarización, y el despojo.

Por desInformémonos

El Brasil que recibe al Mundial es un país que despertó” [1]

CAROLINA BEDOYA MONSALVE – Las organizaciones sociales están conscientes de que entre más se acerque el Mundial, más presionado se sentirá el gobierno para no tener manifestaciones en las calles.(Leer más) [1]

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“Queremos voltar a viver no que é nosso”, diz jovem indígena

Nota – matéria postada ontem em castelhano, conforme publicada em desInformémonos“El gobierno brasileño quiere mostrar que es desarrollado, y quienes sufrimos somos los indígenas”. (TP).

 Protesto indígena em Brasília. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom - ABr.gif
Protesto indígena em Brasília. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom – ABr.gif

Diante do assassinato incessante de suas lideranças, jovens Guarani-Kaiowá, como Fabio Turibo, vêm assumindo papel e destaque na continuação da luta

Por Cecilia Reigada, em Brasil de Fato

Diversos povos indígenas de todo o país se reuniram na Mobilização Na­cional Indígena para exigir seus direitos garantidos na Constituição e, especial­mente, o direito à terra. A mobilização, que ocorreu em Brasília entre os dias 26 e 29 de maio, foi promovida pela Arti­culação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e contou com o apoio de diver­sas organizações parceiras. Na entrevis­ta a seguir, Fabio Turibo, jovem lideran­ça Guarani-Kaiowá, nos fala sobre a im­portância dessas manifestações e sobre a atual situação de violência pela qual passa o seu povo.

Brasil de Fato – Qual é a sua avaliação sobre esta semana de Mobilização Nacional Indígena?

Fabio Turibo – Considero que foi im­portante a ocupação do Congresso e o fa­to de a Proposta de Emenda à Constitui­ção/PEC 215 não ser votada até que ha­ja um consenso na Câmara dos Deputa­dos. Outro ponto importante é que o mo­vimento indígena está mais organiza­do e unido, mesmo que haja muitas di­ficuldades, como por exemplo, o deslo­camento até Brasília, motivo pelo qual muitos povos não puderam estar presen­tes. Os meios de comunicação alternati­vos ajudam muito e também temos mui­tos apoiadores à nossa causa, somando com a gente. (mais…)

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