Indígenas protestam no Congresso contra a discriminação

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Da Agência Brasil

Cerca de 500 índios de pelo menos 100 etnias participaram hoje (27) de um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Eles protocolaram queixa-crime contra os deputados Luíz Carlos Heinze (PP-RS) e Alceu Moreira (PMDB-RS) que, segundo a denúncia, discriminaram a população indígena.

“Esses parlamentares incitaram o racismo e o preconceito contra a população indígena quando, em audiências públicas oficiais, fizeram falas discriminatórias, dizendo que índios, gays, lésbicas e quilombolas são tudo que não presta no Brasil”, disse Kleber Karipuna, representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.

Há dois meses, a queixa contra os mesmos deputados foi apresentada à Procuradoria-Geral da República (PGR). “A denúncia foi feita, mas a gente percebeu que não houve um seguimento, disse Sonia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. (mais…)

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Nota Pública: Associação dos Remanescentes de Quilombo Rio dos Macacos

somos-quilombo-rio-dos-macacosA respeito das informações divulgadas recentemente pela Secretaria Geral da Presidência da República, em seu site, e pela revista VEJA (Ed. 2373, nº 20) sobre o conflito envolvendo a Marinha do Brasil e o Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia, a comunidade, junto com movimentos e organizações que apoiam a nossa luta, vêm a público esclarecer que:

(1) A comunidade apresentou na Audiência Pública promovida pelo Ministério Público Federal, no dia 06 de maio, uma proposta que contempla suas reais necessidades e propõe o uso compartilhado da Barragem dos Macacos, além de ceder mais 28 ha do território tradicional reivindicado (301 ha), no entorno da Vila Militar; a comunidade aguarda o posicionamento oficial do Governo Federal a respeito da proposta.

(2) A proposta de território apresentada pela Marinha e Governo Federal, na mesma oportunidade, divide o território em duas áreas isoladas, sem acesso entre elas; se destina, como consta na nota expedida pela Secretaria, a apenas 40 famílias e não às 67 identificadas no estudo do INCRA sobre o território; não contempla nenhum curso (rios e lagoas) d’água, tampouco o uso compartilhado e sob administração da Marinha da Barragem dos Macacos proposto pela comunidade; retira a maior parte da área agricultável do território tradicional quilombola e tem mais da sua metade composta por Áreas de Preservação Permanente.

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Lideranças indígenas protocolam queixa-crime contra parlamentares no STF

Crédito: Nathália Clark/Greenpeace
Crédito: Nathália Clark/Greenpeace

Comitê de Comunicação da Mobilização Nacional Indígena

A Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, tornou-se a aldeia das mais de 500 lideranças indígenas organizadas na Mobilização Nacional Indígena. No final da manhã desta terça-feira, 27, uma comissão protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime (leia aqui) contra os deputados federais Luiz Carlos Heinze (PP/RS) e Alceu Moreira (PMDB/RS).

A comissão – composta pela direção da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e por lideranças indígenas de cada uma das regiões do país – entregou ao Supremo um documento em que pede que os ministros apurem as declarações racistas e homofóbicas desses parlamentares contra povos indígenas, quilombolas e movimento LGBTT. O documento solicita ainda a apuração dos crimes de incitação à violência e ao ódio contra as comunidades que reivindicam seus territórios tradicionais. (mais…)

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Nota Pública: Sobre os desdobramentos do conflito fundiário e indígena em Faxinalzinho/RS

Arpin sul - KaingangDiante do grave impasse que está ocorrendo em nossa região desde o grave incidente envolvendo indígenas Kaingang e agricultores, que resultou, lamentavelmente, na morte de duas pessoas no dia 28 de abril, queremos expressar nosso pesar e solidariedade ao luto das famílias envolvidas nesse conflito. Nos sensibilizamos com as mortes desses dois jovens, mas devemos nos questionar também sobre a exclusão social e as mortes diretas e indiretas de milhares de indígenas Kaingang e Guaranis vitimados pelos interesses econômicos e políticos de particulares e do próprio Estado no Rio Grande do Sul. 

No entanto, este problema não é só local e não começou no dia 28 de abril, não começou na omissão do atual governo do PT e nem nas mal arranjadas demarcações de terras nos anos de 1990, durante o governo de PSDB. Essa é uma questão secular e que se fosse levada a sério demandaria não só uma reforma contundente nas chamadas políticas indigenistas, mas fundamentalmente nos critérios de acesso à cidadania para os povos indígenas, que passa necessariamente, pelo acesso à terra a esses e a todos os demais oprimidos do campo (quilombolas, sem-terras e pequenos agricultores), ou seja, demandaria uma reforma agrária profunda e radical, como o Estado brasileiro se nega a realizar desde, pelo menos, a Lei de Terras 1850. 

O Estado (representado pelas instâncias governamentais responsáveis, pela polícia federal e o poder judiciário) deve ser responsabilizado pela sua parte nesse confronto, pela sua omissão em resolver pacificamente o conflito instaurado em Faxinalzinho e arredores, e pela sua política de criminalizar a luta política/cultural de todo povo Kaingang, por conta de uma fatalidade isolada. 
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MPF/MS: pedido para impor proibição judicial contra indígenas é rejeitado no TRF3

logo mpfMPF mostrou que demanda de fazendeiros era baseada em boatos. Desde que pedido foi feito, em 2003, não ocorreu nenhuma ameaça ou invasão que embasasse intervenção

O Tribunal Regional Federal (TRF3) rejeitou recurso de fazendeiros de Mato Grosso do Sul que pediam à Justiça a expedição de um mandato que proibisse a comunidade indígena da Aldeia Cachoeirinha de invadir terras da Fazenda Vazante, do município de Aquidauana. O Ministério Público Federal no Mato grosso do Sul (MPF/MS) se colocou contra o pedido por ele estar baseado em boatos e suposições e pelo fato de a demanda dos fazendeiros, capitaneada por Waldir da Silva Faleiros, já ter sido negada pela Justiça Federal em 2012. A terra em questão é objeto de estudo da Funai desde 2003, não tendo, desde então, ocorrido qualquer invasão ou ameaça que justificasse a medida.

As terras são reclamadas como sendo área tradicionalmente indígena pelo grupo Terena e integra relatório homologado pela Funai de identificação e expansão da reserva Cachoeirinha. Os autores da ação, portanto, têm parte de seus imóveis incluídos nos estudos da Funai  e  alegavam  insegurança quanto ao exercício de posse. Sustentavam que as conclusões da Funai a respeito das terras teriam instigado a comunidade indígena que, em razão disso, supostamente passara a demonstrar intenção de invadir os imóveis citados nos levantamentos preliminares. (mais…)

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Fundação Cultural Palmares certifica mais 44 comunidades quilombolas em quatro estados

QuadroQuilombolasPor Daiane Souza, FCP

A Fundação Cultural Palmares (FCP) acaba de certificar 44 comunidades de quilombos conforme declaração de Autodefinição em quatro estados: Bahia, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Sul. A publicação se encontra no Diário Oficial da União do dia 21/05. Até dezembro de 2014 estão previstos os registros de outras 39 comunidades, a fim de que se chegue a 2500 certificações.

Alexandro Reis, diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da FCP, explica que desde 2011 há um esforço para qualificar o processo de expedição de certidões a fim de evitar insegurança jurídica quanto ao reconhecimento das comunidades quilombolas. “Quanto mais comunidades reconhecidas, mais políticas públicas serão direcionadas  para os quilombos”, disse.

De acordo com ele, a Certidão de Autodefinição também é um indicador importante de consciência das comunidades, bem como um passaporte para a realização de políticas públicas. “A Certidão é um instrumento importante de valorização dessas comunidades. O Governo Federal tem se esforçado para garantir a melhoria da qualidade de vida dos quilombolas”, afirma. (mais…)

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MTST e indígenas se unem a protesto contra a copa hoje, em Brasília

copapraquem1Movidos pela certeza de que a Copa não é prioridade em um país tão carente de direitos básicos, como moradia, saúde e educação, movimentos denunciam em Julgamento Popular os crimes e violações em curso para a realização da Copa e o benefício de alguns grupos privilegiados

Comitê de Comunicação da Mobilização Nacional Indígena  Mais de 500 indígenas e cerca de 400 trabalhadores sem teto engrossam o coro dos participantes do Julgamento Popular das Violações e Crimes da Copa, cometidos pela Fifa, pelos governos Federal e do Distrito Federal e pelos patrocinadores e empreiteiros contra a população brasileira, que acontece hoje (27/05), às 16h, na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília (DF). A realização do Julgamento Popular é uma iniciativa do Comitê Popular da Copa DF, juntamente com dezenas de movimentos e organizações sociais, coletivos e ativistas de diversas áreas.

O objetivo do Julgamento Popular é explicitar os diversos crimes e violações cometidos contra a população para possibilitar a realização de uma Copa do Mundo que não traz benefícios para a população. Dentre eles estão: a remoção de 250 mil pessoas de suas casas para a construção de obras, a mudança da legislação para a efetivação de políticas de exceção, a criminalização dos movimentos sociais, a repressão ao trabalho informal, os gastos exorbitantes, o desinteresse e a falta de programas para impedir a exploração sexual de crianças e adolescentes, a subserviência do poder público aos interesses privados e à FIFA, a isenção fiscal total dos patrocinadores e da Fifa, dentre outros. (mais…)

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DF – Encontro Nacional do Movimento Quilombola

cartaz demarcaçaoPor Clemir Mineiro

Iniciamos ontem, dia 26 de maio de 2014, na cidade de Planaltina – Distrito Federal, o Encontro Nacional de Comunidades Quilombolas com o objetivo de partilhar e articular as lutas das comunidades quilombolas para defenderem e garantirem seus direitos, sobretudo o direito aos nossos Territórios.

Este Encontro acontece num momento difícil de nossa história. Passados mais de 25 anos da promulgação da Constituição Cidadã, o direito aos nossos territórios estão sob ataque das bancadas ruralistas no Congresso, dos governos a serviço do agronegócio, das hidroelétricas, da mineração, da pecuária… O resultado desses ataques são sentidos todos os dias em nossas comunidades sob a forma de ameaças contra nossa vida, nas moradias, nossas roças, sob a forma de criminalização de nossas organizações e de nossas lideranças, a exemplo do que ocorre com lideranças do território quilombola de Brejo dos Crioulos, no norte de Minas Gerais e em outros Estados.

Ao longo do dia de hoje as comunidades quilombolas presentes compartilharemos nossas lutas diárias em nossos territórios, nossos enfrentamentos com latifundiários, com a Suzano papel e celulose, com mineradoras, barragens. Além do enfrentamento ao descaso dos governos quanto à efetivação de políticas públicas como educação, saúde, saneamento básico deveres de Estado. Tal situação gera a precarização da situação econômica, social e política das comunidades quilombolas, tornando-as reféns de um estado e governos que há 514 anos exploram e violentam os povos.
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Ato contra a impunidade e pela demarcação das terras indígenas, já!

ato ozielColetivo Terra Vermelha

O Coletivo Terra Vermelha e o CACISO convocam tod@s para o Ato contra a impunidade e pela demarcação das terras indígenas, já!

Dia 30 de maio, sexta (1 ano do assassinato de Oziel Terena).

Concentração na Praça do Rádio às 12h e em seguida marcharemos pelas ruas de Campo Grande.

Às 15h na Praça Ary Coelho teremos o início das falas de lideranças indígenas e atrações artísticas.

Oziel Terena foi morto em 2013 durante a reintegração de posse de Buriti, realizada pela Polícia Federal e Polícia Militar, e que até hoje não houve nenhum indiciado sobre esse assassinato. Não iremos tolerar a impunidade! Demarcação das terras indígenas, JÁ!

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Comissão adia reunião sobre direitos das domésticas e trabalho escravo

Foto: André Coelho - O Globo
Foto: André Coelho – O Globo

Da Redação ‘Agência Câmara Notícias

Por falta de quórum foi cancelada a reunião desta terça-feira (27) da Comissão Mista de Consolidação das Leis e Regulamentação da Constituição, convocada para analisar as emendas apresentadas ao projeto que regulamenta o trabalho doméstico (PLP 302/13) e ao que prevê a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde se verifique trabalho escravo (PLS 432/2013).

A comissão remarcou a reunião para a próxima terça (3), às 14 horas.

Com informações da Agência Senado.

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