Anista aponta que homofobia ainda é tolerada por governos ao redor do mundo

LGBT BandeiraAkemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil 

Hoje (17) é o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia. Apesar dos esforços da sociedade civil, em todo o mundo, o preconceito ainda é vivido na pele pela comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Um comunicado divulgado pela Anistia Internacional analisa a ocorrência de casos intolerância em vários países e destaca que “os governos de todo o mundo precisam intensificar e cumprir sua responsabilidade de permitir que as pessoas se expressem, protegidos da violência homofóbica”.

O assessor de direitos humanos da Anistia Internacional, Maurício Santoro, explica que a publicação destaca uma série de países nos quais houve aumento da homofobia, nos últimos anos.

“Um desses países é a Rússia, onde a homossexualidade é legal, foi permitida em 1993, quando houve a transição da União Soviética para a Rússia. Mas, desde então, foram aprovadas uma série de leis na Rússia que restringem muito a liberdade de expressão e a liberdade de associação dos grupos LGBT. As paradas de orgulho foram proibidas, essas pessoas sofrem agressões nas ruas e não conseguem registrar queixas na polícia”, diz Santoro. (mais…)

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Até na Justiça, candomblé é alvo de intolerância

Adeptas do candomblé participam da cerimônia em Salvador (Valter Pontes/ Agecom Salvador)
Adeptas do candomblé participam da cerimônia em Salvador (Valter Pontes/ Agecom Salvador)

Para Justiça Federal do Rio, candomblé e umbanda deveriam ter um texto sagrado como fundamento e venerar a uma só divindade suprema

Por Jean Wyllys, Carta Capital

A intolerância religiosa e os preconceitos em relação ao candomblé e à umbanda sempre infiltraram os poderes da República e as instituições do Estado que se pretende laico. E talvez pelo fato de essa infiltração ter sido sempre negligenciada, apesar dos seus efeitos nocivos, ela tenha feito desabar um cômodo do Judiciário: a Justiça Federal do Rio de Janeiro definiu que umbanda e candomblé “não são religiões”. Tal definição – que mais se parece com uma confissão pública de ignorância – se deu em resposta a uma decisão em primeira instância do  Ministério Público Federal que solicitou a retirada, do Youtube, de vídeos de cultos evangélicos neopentecostais que promovem a discriminação e intolerância contra as religiões de matriz africana e seus adeptos, já que o Código Penal, em seu artigo 208, estabelece como conduta criminosa, “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.

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Fortaleza: Manifestantes pelo Passe Livre e contra a Copa são encurralados pela Polícia

Nigéria Audiovisual

Ruas adjacentes do bairro Montese foram cobertas por gás lacrimogêneo no final da tarde da última quinta-feira (15). Estudantes secundaristas, universitários e trabalhadores se dispersaram correndo ao serem atacados pela Polícia Militar na Av. dos Expedicionários, a 6 quarteirões da Etufor. O quarto ato pelo Passe Livre e pela entrega imediata das carteirinhas estudantis não chegou ao seu destino, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza.

Após o rápido confronto com a PM, os manifestantes espalharam-se pelo bairro, no escape do gás e das abordagens policiais, até se reagruparem novamente na Av. dos Expedicionários e retornarem em marcha ao local de partida — o Instituto Federal do Ceará, na Av. 13 de Maio. Lá, foram cercados pelo Batalhão de Choque. A maioria buscou abrigo na instituição federal de ensino, resguardados do impedimento legal da PM em entrar no espaço. Apesar disso, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral foram disparadas nos jardins da antiga Escola Técnica e alguns secundaristas, a maior parte dos manifestantes, tiveram que se proteger em salas da instituição. (mais…)

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Belo Horizonte: Prefeitura recolhe pertences de população em situação de rua

Em novembro de 2012, o Coletivo Margarida Alves ajuizou ação popular contra o município de Belo Horizonte e o estado de Minas Gerais para que os agentes públicos (guarda municipal, PM, fiscais etc) fossem proibidos de recolher pertences pessoais da população em situação de rua.

Conseguimos decisão liminar favorável no âmbito do Tribunal de Justiça que, em julho de 2013, foi confirmada, à unanimidade, pelos desembargadores da turma julgadora para que fosse imediatamente cessada essa conduta arbitrária, ilegal e repugnante.

Ficou estipulada multa de mil reais por dia em caso de descumprimento da decisão. O que fazem a prefeitura e a polícia militar? Simplesmente ignoram a decisão judicial e continuam sistematicamente praticando roubo institucional contra a população em situação de rua. (mais…)

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‘O inimigo interno é, no conceito de pacificação de hoje, o povo todo das favelas’

Por Viviane Tavares, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz

O Brasil inteiro se acostumou a assistir, por anos a fio, notícias da violência que caracterizava a vida de uma de suas cidades: em qualquer canto desse país, todo mundo sabia que, no Rio de Janeiro, traficantes de drogas instalados nas favelas imprimiam um clima de guerra à população. Em 2009, o Brasil inteiro recebeu, com otimismo, o anúncio de uma política que expulsaria o tráfico, ‘pacificando’ as favelas cariocas. Cinco anos depois, esse mesmo Brasil inteiro assiste, na tela da mesma TV, a cenas em que moradores dessas comunidades interditam ruas, queimam pneus em protesto e atacam a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), chorando seus mortos – só que, agora, pela polícia.

Depois de passar seis meses visitando, conhecendo e entrevistando pessoas de diversas favelas cariocas, Maria Helena Moreira Alves, professora aposentada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), acaba de lançar o livro ‘Vivendo no fogo cruzado’, que ajuda a entender esse processo. Nesta entrevista, ela explica que o projeto de pacificação que chegou ao Brasil tem origens num programa norte-americano que foi aplicado durante a Guerra do Vietnã e que tem semelhança com a experiência de outros países, como a Colômbia. Ela localiza na ditadura o início da construção de um inimigo interno, que hoje se identifica com as populações de favela. E alerta: as pessoas reagem quando começam a perder seus filhos. (mais…)

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Fiscalização flagra, de novo, escravos na produção de roupas da M.Officer, por Leonardo Sakamoto

Casacos da M. Officer produzidos com trabalho escravo. Fotos: Daniel Santini
Casacos da M. Officer produzidos com trabalho escravo. Fotos: Daniel Santini

por Leonardo Sakamoto

Trabalhadores foram resgatados de condições análogas às de escravos produzindo peças para a grife M. Officer mais uma vez. Cinco homens e uma mulher, todos imigrantes bolivianos, estavam submetidos a condições degradantes e jornada exaustiva em uma oficina na Vila Santa Inês, no Extremo Leste de São Paulo. O grupo trabalhava em uma sala apertada sem ventilação, local com fios expostos ao lado de pilhas de tecido e bastante sujeira acumulada. A reportagem é de Daniel Santini, da Repórter Brasil:

A fiscalização aconteceu em 6 de maio e foi divulgada nesta sexta (16) pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo. É o segundo flagrante de trabalho escravo na cadeia produtiva da M. Officer. Em novembro do ano passado, dois trabalhadores foram resgatados costurando roupas da marca no Bom Retiro, na região central de São Paulo. Na época, a Justiça chegou a determinar em caráter liminar o bloqueio de bens a pedido do Ministério Público do Trabalho para garantir o pagamento de indenizações, mas a empresa conseguiu reverter a decisão. A disputa segue nos tribunais, agora com a Defensoria Pública da União (DPU) tentando garantir com uma reclamatória trabalhista que os dois resgatados no primeiro flagrante recebam os valores devidos. A audiência do caso foi designada para 24 de março de 2015, mas a DPU tenta antecipação por se tratar de um caso de escravidão contemporânea. (mais…)

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Ótimo: Count-Down no Xingu IV, de Martin Kessler. Versão curta de lançamento (13 minutos)

Por Martin Kessler

Nós gostaríamos de informar sobre o nosso novo documentário “Count-Down no Xingu IV”, sobre a luta contra a mega barragem Belo Monte na região da Amazônia e a corrupção na Copa do mundo no Brasil. Com o atual filme apresentamos a longa observação a qual começamos em 2009.

A versão em alemão pode ser acessada AQUI. O DVD com a longa versão do filme (73 min) sai ainda em maio e pode ser pedido através de [email protected]. O filme será gratuito para todos que querem mostrá-lo.

Um abraço solidário,

Martin Kessler

Mensagem enviada para Combate Racismo Ambiental através de Heinz Müller.

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