Documentados pela lente de Lunae Parracho/Reuters, Munduruku lutam contra o garimpo ilegal em suas terras

Uma índia guerreira da tribo Munduruku carrega um macaco na cabeça durante uma busca de minas de ouro e mineiros ilegais em seu território, perto do rio Kadiriri, afluente dos rios Tapajós e Amazonas. A tribo Munduruku viu suas terras serem invadidas por garimpeiros em busca de ouro. Foto: Lunae Parracho, Reuters
Uma índia guerreira da tribo Munduruku carrega um macaco na cabeça durante uma busca de minas de ouro e mineiros ilegais em seu território, perto do rio Kadiriri, afluente dos rios Tapajós e Amazonas. A tribo Munduruku viu suas terras serem invadidas por garimpeiros em busca de ouro. Foto: Lunae Parracho, Reuters

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A foto acima e as demais, abaixo, fazem parte de um álbum de Lunae Rarracho/Reuters, publicado por Notícias UOL como parte de uma matéria sobre índios isolados, que acabamos de postar. Considerando a especificidade deste material e sua riqueza, optamos por divulgá-lo em separado, aproveitando para fazer assim uma mais que justa homenagem aos parentes Munduruku.  (mais…)

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Índios isolados no Acre são pressionados por exploração de madeira ilegal

Índios que não têm contato com o mundo externo veem um avião que sobrevoa sua comunidade na Amazônia, perto do rio Xinane, no Acre, perto da fronteira com o Peru. Os líderes da tribo Ashaninka, que divide o território com esta tribo e outras que também são isoladas, teriam pedido ajuda ao governo e a ONGs para controlar o que eles consideram ser uma invasão por essas tribos de suas terras. O movimento das tribos seria forçado pela exploração madeireira ilegal na fronteira com o Peru. As fotos foram feitas em 25 de março de 2014, por Reuters/Lunae Parracho.
Índios que não têm contato com o mundo externo veem um avião que sobrevoa sua comunidade na Amazônia, perto do rio Xinane, no Acre, perto da fronteira com o Peru. Os líderes da tribo Ashaninka, que divide o território com esta tribo e outras que também são isoladas, teriam pedido ajuda ao governo e a ONGs para controlar o que eles consideram ser uma invasão por essas tribos de suas terras. O movimento das tribos seria forçado pela exploração madeireira ilegal na fronteira com o Peru. As fotos foram feitas em 25 de março de 2014, por Reuters/Lunae Parracho.

Notícias Uol

Índios que vivem isolados na Floresta Amazônica estariam sofrendo com a exploração de madeira ilegal na fronteira do Acre com o Peru, informou a agência Reuters, nesta sexta-feira (28). Estas tribos que vivem sem contato com o mundo externo teriam que se mover pela pressão dos exploradores.

Segundo a agência, líderes da tribo Ashaninka, que divide território com esta tribo e outras que também são isoladas, pediram ajuda ao governo e a ONGs para controlar o que eles consideram ser uma invasão de suas terras.

As fotos, de 25 de março de 2014, foram feitas sem a autorização da Funai (Fundação Nacional do índio), segundo a assessoria de imprensa do órgão. A assessoria diz que seu departamento jurídico irá processar a agência pelo sobrevoo sem autorização e destaca que locais onde vivem índios sem contato com o mundo externo não são divulgados pela entidade exatamente para respeitar o desejo do indígena de se manter isolado. (mais…)

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Madeira: Bispos da CNBB criticam usinas e falam em catástrofe em RO e no Acre

logocnbb“A falta de interesse em fontes alternativas de energia, tais como a solar, eólica e de bio-massa, abundantes no Brasil, nos faz questionar: Por quê?”

Nota do Regional Noroeste da CNBB

Os Bispos do Regional Noroeste (Acre, Rondônia e sul do Amazonas), reunidos em Cruzeiro do Sul, partilhamos nossas experiências e preocupações neste momento difícil para nossas dioceses e todo o povo.

A enchente histórica de 2014 que inundou centenas de comunidades ribeirinhas e urbanas, expulsando milhares de famílias e submergindo inúmeras plantações à beira do Rio Madeira trouxe muito sofrimento.

Sabemos que catástrofes naturais ameaçam a vida no nosso planeta desde o princípio. A terra é um planeta vivo que se reconfigura continuamente. No entanto, acreditamos que há novos fatores como o aquecimento global que acelera o descongelamento das geleiras das montanhas, desmatamentos e processos erosivos no solo, a formação de represas para geração de energia elétrica.

As águas abundantes que descem das montanhas da Bolívia e do Peru aumentaram consideravelmente os reservatórios das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. A construção dessas duas obras no Alto Rio Madeira, além de sofrer um atraso de mais de um ano, segundo especialistas, apresenta erros no estudo de impacto ambiental. A inundação das BRs 364 e 425 isolou o Estado do Acre, a região de Guajará-Mirim e toda a área do Abunã. O difícil abastecimento de suas populações, com combustíveis e alimentos, mostra a urgência de novos estudos.

Sem desconsiderar o esforço do governo para oferecer à população do País energia elétrica de qualidade, lamentamos a falta de cuidado com os estudos de impacto ambiental que, por sinal, não contemplaram o Médio e o Baixo Madeira. A falta de interesse em fontes alternativas de energia, tais como a solar, eólica e de bio-massa, abundantes no Brasil, nos faz questionar: Por quê? (mais…)

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MA – Em Codó, as quebradeiras de coco babaçu vivem presas ao passado

Quebradeira de coco babaçu
Arlene Muniz: até dez cocos quebrados por minuto

Entre 300 mil e 400 mil famílias sobrevivem do babaçu. A quebra nunca foi regulamentada, porém.

Rafael Gregorio, da Carta Capital, em Maranhão da Gente

De segunda a quinta, Arlene Muniz, 43 anos, sai de casa cedo e vai a pé a um posto de gasolina na Avenida Santos-Dumont, no centro de Codó. No interior do Maranhão e a três horas a sudeste de São Luís, a cidade integra a região chamada Zona dos Cocais. Entre 7 e 7h40, um caminhão da prefeitura passa pelo posto cheio de mulheres em direção à zona rural do município. Arlene é uma quebradora de cocos de babaçu, atividade tradicional cada vez menos exercida.

As viagens podem durar horas, a maior parte em trechos de terra batida, e as condições são semelhantes àquelas dos paus de arara. Uma vez no campo, o trabalho endurece. Sentadas no chão, as mulheres prendem entre as pernas um machado, seguram sobre sua lâmina o coco e, com a outra mão, golpeiam-no com um porrete. Na ida, carregam até 5 litros de água e, na volta, até 10 quilos de coco. (mais…)

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RJ – Audiência Pública sobre TKCSA é marcada por irregularidades em Santa Cruz: tumulto, violência e intimidação aos que denunciavam a empresa

TKCSA (Copy)PACS

Na última quinta-feira, 27 de Março, a Secretraria de Ambiente do estado do Rio de Janeiro (SEA) promoveu uma audiência pública no bairro de Santa Cruz, zona oeste da capital, com o objetivo de apresentar à população os resultados da auditoria contratada para acompanhar o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre a própria SEA e a empresa ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA).

A TKCSA opera sem licença desde 2010 pois não conseguiu se adequar à legislação ambiental brasileira. O TAC funciona como improviso jurídico que permite a companhia manter-se aberta, irregularmente, ainda que sob protestos da população local atingida pelas “chuvas de prata” emitidas pela siderúrgica. O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que também esteve presente na audiência, já abriu dois processos criminais contra a TKCSA e negou-se a assinar o TAC. (mais…)

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