Comissão de Direitos Humanos deve acompanhar situação de povos indígenas do Amazonas

 

No dia 25 de dezembro de 2013, manifestantes incendiaram o barco e os carros da Funai, além de destruírem parcialmente seu prédio e o Polo de Saúde Indígena, em Humaitá. Foto: Funai
No dia 25 de dezembro de 2013, manifestantes incendiaram o barco e os carros da Funai, além de destruírem parcialmente seu prédio e o Polo de Saúde Indígena, em Humaitá. Foto: Funai

Vermelho

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados deve acompanhar a situação dos povos indígenas Tenharim, Jiahui, Parintin, Mura, Mura Pirahã, Miranha, Torá e Apurinã, no estado do Amazonas. O pedido foi feito pelo deputado Padre Ton (PT-RO), em razão do estado de insegurança vivenciado na Terra Indígena Tenharim-Marmelo, após o assassinato de três pessoas na região.

“Apresentei requerimento para uma visita de integrantes da comissão a pedido do vice-coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Alto Madeira, Nilcélio Jiahuí, e do secretário de Assuntos Indígenas de Humaitá, Ivanildo Thenharin, que estão muito preocupados com a onda de violência e ódio aos povos indígenas após o desaparecimento e descoberta dos corpos de três pessoas”, destaca Padre Ton, coordenador da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas.

No documento encaminhado pelo deputado, o líder indígena Tenharim retrata ter consciência de que ocorreu um crime na região, já que as vítimas foram encontradas após muitos dias, ressaltando que os povos indígenas sempre colaboraram com as investigações. “Inclusive temos cinco parentes presos, mas não podemos conviver com núcleos urbanos, como Santo Antonio do Matupi e Humaitá, contrários à nossa presença física e cultural, porque não somos criminosos”.

O requerimento do deputado Padre Ton foi apresentado à CDH na semana passada e deverá ser votado nesta quarta-feira (19).

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