Cacique Babau, na Serra do Padeiro: “temos que revolucionar o nosso querer e conquistar autonomia”

Cacique Babau ouve, atento, as palavras de solidariedade
Cacique Babau ouve, atento, as palavras de solidariedade

Enviada por Ivonete Gonçalves

O segundo dia da Marcha dos Povos da Cabruca e da Mata atlântica foi iniciado ainda na energia da noite anterior, quando o Cacique Babau partilhou a história e a luta do povo Tupinambá de Serra do Padeiro. Alegre, determinado e fortalecido, o cacique afirmou: “temos que revolucionar o nosso querer e conquistar autonomia”. Para isso, ele destacou três pontos fundamentais: a unidade na luta, o foco na conquista da terra e o fortalecimento da espiritualidade ancestral enquanto direcionadora da sabedoria que rege o movimento. E foi nesse contexto que o ritual da noite deu sentido e poder a este encontro.

No início desta manhã, uma pequena assembléia foi realizada em volta da fogueira, onde mais uma vez o Cacique agradecia a presença de todos e todas, valorizando a presença das diversas entidades e chamando a atenção para que a gente “tire os espinhos, as ramas e aumente as picadinhas” para que um grande caminho se abra para nós e para os que virão para a luta, para agregar e aprender a conviver juntos. Em seguida, os grupos foram organizados em torno dos trabalhos do campo: a farinhada, o plantio do milho, cacau e a compostagem.

Até o final do dia, a assembléia voltará a se reunir para pautar uma agenda positiva de luta, a partir do que os coletivos  adotaram aqui como palavra de ordem:

“Diga ao povo que avance!”

“ – AVANÇAREMOS!”

Observação – Até a noite de ontem, já eram  mais de 40 Entidades, Movimentos, Instituições  e pessoas de todo o mundo: Brasil, Argentina, Polônia, México, Inglaterra, Bolívia… Hoje, mais uma etapa da marcha e a carta final do evento.

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