Organizações bolivianas acusam represas brasileiras de inundarem povoados

Tendas dos habitantes do bairro de Las Palquitas, no departamento de Beni. a 1300 Km de La Paz (Foto: AFP)
Tendas dos habitantes do bairro de Las Palquitas, no departamento de Beni. a 1300 Km de La Paz (Foto: AFP)

Organizações do país pedem que o presidente Evo Morales exija do Brasil uma compensação pelos danos, que podem chegar a 180 milhões de dólares em sete províncias

Mabel Azcui, El País

As vozes que pedem ao Governo boliviano que exija uma compensação do Brasil aumentam devido à situação de desastre no departamento de Beni, praticamente alagado por causa do refluxo de águas das represas hidrelétricas no rio Madeira e também pelas torrenciais chuvas e o transbordamento dos caudalosos rios da região amazônica, entre janeiro e março.

Organizações ambientalistas como o Foro Boliviano de Meio Ambiente (Fobomade), a Liga de Defesa do Meio Ambiente (Lidema), a Câmara Agropecuária do Oriente, a pesquisadora Sarela Paz, autoridades do Governo de Beni e parlamentares reiteraram nas últimas horas sua encomenda para que o governo reclame a seu homólogo brasileiro pela inundação que afeta sete das oito províncias de Beni, o segundo departamento de maior extensão territorial após Santa Cruz. (mais…)

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Vandana Shiva: “Monoculturas da mente”

Fronteiras do Pensamento

Vandana Shiva, Ph.D. em filosofia e ativista pelo meio ambiente indiana, esclarece seu conceito de “Monocultura da mente”. As mais ricas florestas do planeta são declaradas improdutivas para a plantação de eucalipto ou de pinheiro, culturas que empobrecem o solo e as comunidades do entorno em favor de indústrias específicas. Desertos verdes de soja, que ignoram as necessidades locais para geração de ração ou biodiesel. Toda redução da biodiversidade, argumenta Vandana, é uma monocultura. A incapacidade de enxergar a diversidade é a monocultura da mente, uma ferramenta de poder para controlar a vida. Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2012. Para acionar as legendas, clique no “CC” na direita baixa da tela.

Fronteiras do Pensamento | Produção: Telos Cultural | Produção Audiovisual: Okna Produções | Documentário: Por um Fio | Direção: Saturnino Rocha | Direção de Produção: Gina O’Donnell | Edição: Marcel Kunzler | Tradução: Marina Waquil e Francesco Settineri

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PB – 50 anos de Resistência e Repúdio ao golpe militar de 1964

João Pedro Teixeira e sua família
João Pedro Teixeira e sua família

Convidamos os Movimentos Sociais e a sociedade Paraibana para participarem da programação  dos 50 anos de Resistência e Repúdio  ao golpe militar de 1964.

Programação

Dos dias 22 de Março a 1 de  Abril:

  • Mostra de Filmes pela Verdade , Memória e Justiça – TV Cidade João Pessoa

Dia 25 de Março de 2014

  • 14:30hs – Audiência Pública da Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória do Estado da Paraíba – “Greve dos Marinheiros”, com depoimentos de Paulo Conserva e José Adeildo Ramos.

Dia 27 de Março de 2014 (mais…)

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Cacique Jurandir Siridiwe Xavante: “Cadê os direitos humanos? Cadê a presidenta?”

Cacique Jurandir Siridiwe Xavante
Cacique Jurandir Siridiwe Xavante

“Nós povos indígenas do Brasil não estamos no passado, não desaparecemos do mapa, estamos muito vivos e atuantes”

Luciana Gaffrée, em Regional Latinoamericana de la UITA

Em entrevista com o jovem cacique Jurandir Siridiwe Xavante, entendemos um pouco mais o que é ser Xavante, como se escolhe o cacique, a problemática da desinformação na grande mídia, como pensam os povos indígenas com relação à terra, ao agronegócio e à omissão do governo diante da brutalidade histórica contra os povos nativos indígenas do Brasil.

Ser Xavante e cacique

-Primeiramente tenho que explicar que cada povo se autodenomina “O Povo”, portanto esse é O Povo Xavante, que está a leste de Mato Grosso, divisa com Goiás. Possui 8 territórios, 270 aldeias e uma população de quase 17 mil pessoas. Somos o quinto maior povo indígena do Brasil. O meu território se chama Terra Indígena Pimentel Barboza, tem 12 aldeias e eu sou cacique da Aldeia Etenhiritipá. (mais…)

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Em Paris, franceses protestam contra Belo Monte em frente a multinacionais

Sonia Guajajara (à esquerda, à frente) participou de mobilização para atrair apoio de europeus às causas indígenas (RFI)
Sonia Guajajara (à esquerda, à frente) participou de mobilização para atrair apoio de europeus às causas indígenas (RFI)

Lúcia Müzell, RFI Brasil

Uma centena de pessoas, a maioria franceses, pediu mais proteção dos povos indígenas e protestou, em Paris, contra a construção da usina de Belo Monte e outras no Brasil. A manifestação, realizada na sexta-feira (14) no bairro de negócios de La Défense, teve como alvo as gigantes da energia EDF e GDF Suez e a companhia de transportes Alstom, que participam do projeto, realizado na Amazônia.

O protesto era comandado pela organização Survival International, uma das mais importantes defensoras dos índios no mundo. “A nossa maior preocupação são os índios isolados que vivem próximo das usinas e que estão extremamente ameaçados por essa invasão de operários para a construção dessas usinas. A destruição das florestas é um dos grandes problemas, mas o que é mais grave é que os estes índios que decidiram viver isolados não têm qualquer imunidade contra as doenças que os estranhos que afloram na região podem transmitir”, afirmou o diretor da entidade na França, o etnógrafo Jean-Patrick Razon. “Nós consideramos que a existência de um povo, por menor que seja, é tão importante quanto todo o resto da população brasileira.”

À frente da manifestação estava Sonia Guajajara, a coordenadora-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Vestida a caráter e portando o mega-fone, ela conclamou os europeus a pressionarem o Brasil a prestar mais atenção na destruição das tribos no país. (mais…)

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III Coloquio Internacional Sobre Povos e Comunidades Tradicionais, 22 a 25/04, Unimontes

cartaz colquio unimontesPovos e comunidades tradicionais têm se articulado de modo crescente na sociedade brasileira e no contexto internacional. A condição de articulação dos diferentes grupos tradicionais e seu reconhecimento público nos níveis nacional e internacional se apresenta de modo diferenciado. Muitos grupos já concluíram seus processos de auto-identificação, outros encontram-se em diferentes etapas e, finalmente, existem aqueles que ainda nem iniciaram esta caminhada. Mas, há que se destacar que a visibilidade desses grupos aumentou muito nos últimos anos, tanto no Brasil como também em outros países. Os institutos estatísticos em diversos países registraram um crescimento enorme das populações indígenas. No caso do Brasil, é notório o aumento de processos de auto-identificação das comunidades quilombolas. (mais…)

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Abriu anteontem e termina dia 25 de março o prazo para inscrição de trabalhos no 38º Encontro Anual da ANPOCS

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O 38º Encontro Anual da ANPOCS será realizado de 27 a 31 de março, mas o prazo de inscrição para a submissão de trabalhos se encerra dia 25 próximo. A lista dos 42 GTs aprovados, com as respectivas ementas, pode ser encontrada AQUI. E a dos 23 Simpósios de Pesquisas, AQUI. Informações mais gerais, sobre Edital, inscrições etc, estão AQUI. Abaixo, as ementas de dois GTs e de um Simpósio destacados de uma rápida ‘garimpagem’:

GT07 – Conflitos ambientais, Estado e ideologia do desenvolvimento: mediação e luta por direitos 
Coordenação: Cleyton Henrique Gerhardt (UFRGS), Neide Esterci (UFRJ)

Ementa: O GT focaliza o debate sobre projetos de desenvolvimento e conflitos ambientais enfatizando o lugar do Estado, de entidades privadas e organizações multilaterais, a mediação de peritos e representações diversas e a atuação de grupos sociais em luta para garantir direitos. Visa identificar problemáticas e posições em torno da “questão ambiental” por onde gravitam visões hegemônicas de gestão ambiental em busca de soluções técnicas e consensuais para mitigar impactos de projetos de desenvolvimento e visões críticas que enfatizam disputas de classe, poder, dominação, resistência e acesso desigual a recursos. Reúne estudos sobre: desterritorialização devido a projetos extrativos, agropecuários, urbanísticos, de infra-estrutura, preservação ambiental e entretenimento; papel, autonomia e cerceamento de especialistas (biólogos, antropólogos, engenheiros, advogados etc) quando da produção de laudos, perícias e relatórios; luta por definir “problemas ambientais”, sua solução e seus riscos; legislação ambiental/territorial, políticas públicas, novas territorialidades (quilombos, terras indígenas, assentamentos, RESEX, RDS) e tentativas de barramento, flexibilização e desregulamentação destas. (mais…)

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FAOR – Os impactos dos projetos econômicos e o extermínio de Culturas: energia e mineração em Terras e Rios dos Povos Originários – 17 e 18/03, UNB

Faor benner

O FAOR – Fórum da Amazônia Oriental é uma Rede que engloba uma diversidade de atores sociais da Amazônia Oriental, representados através de organizações de variados tipos e tamanhos, atuando nos Estados do Amapá, Maranhão, Pará e Tocantins, a partir de diversas temáticas, articulando-se num espaço único para desenvolver ações conjuntas em vista do combate a todas as formas de desigualdades, discriminação e violência e em favor de políticas públicas inclusivas e sustentáveis sob todos os aspectos (ambiental, social, econômico e cultural), além de enfrentar radicalmente o modelo hegemônico  desenvolvimentista no Brasil – e na Amazônia, em especial -, que viola direitos, provocando injustiça socioambiental.

Considerando este contexto e, mais fortemente, o impacto dos grandes projetos de barragens e de mineração em terras quilombolas e indígenas, o FAOR,com apoio da UNB e da ASW, realizará um Simpósio sobre Os impactos dos Projetos Econômicos e o Extermínio de Culturas: Energia e Mineração em Terras e Rios dos Povos Originários, visando fortalecer a luta das populações atingidas (indígenas, mulheres, ribeirinhos, pescadores,  extrativistas) pelos projetos de barragens nos rios Xingu e Tapajós  e seus principais afluentes, na perspectiva de garantia de seus direitos socioambientais. O Simpósio terá como eixo central Mineração e Barragens em terras e rios de povos originários e seus impactos em suas culturas e seus modos de vida e será realizado nos dias 17  e 18 de março, de 9 às 18, no Espaço Darcy Ribeiro (Beijódromo) da UNB. Estarão presentes, entre outros, o procurador do MPF no Pará, Felício Pontes, e s subprocuradora geral da República, Deborah Duprat, falando sobre consulta prévia e a Convenção 169 da OIT.  Abaixo, a Programação: (mais…)

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