Sem Copa verde

Eliane Nascimento que vive com sua família em um barco no Igarapé de Educandos. (Foto: Elaíze Farias)
Eliane Nascimento que vive com sua família em um barco no Igarapé de Educandos.
(Foto: Elaíze Farias)

Por Elaíze Farias – Agência Pública

Vendida como a capital da floresta, Manaus acumula decepções com as obras – que já mataram três operários – sem retorno para os moradores; e pode decepcionar os visitantes com as marcas da degradação urbana e da desigualdade social

A arena de futebol custou aos cofres públicos mais de R$ 600 milhões e ninguém sabe o que será dela depois; a reforma do porto consumiu R$ 71 milhões de recursos federais  (via DNIT) e teve o processo de licitação contestado – as obras foram há pouco retomadas mas ainda não se sabe o porto estará pronto antes da Copa. As obras do aeroporto internacional Eduardo Gomes soterraram um curso d’água e desmataram um área protegida da capital amazonense. Os centros de treinamento – dois – não têm data para abertura. (mais…)

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Operadores dos direitos indígenas debatem “desafios e estratégias atuais na defesa dos direitos indígenas”

Foto: Arquivo/CIR. Legenda: Mobilização contra a PEC 215 na comunidade indígena Sabiá- Terra Indígena São Marcos (outubro/2013)
Foto: Arquivo/CIR. Legenda: Mobilização contra a PEC 215 na comunidade indígena Sabiá- Terra Indígena São Marcos (outubro/2013)

Inicia amanhã, 25 de fevereiro, às 8h, na Casa de Cura, em Boa Vista/RR, o VI Encontro Estadual dos Operadores de Direitos Indígenas. O tema dessa edição será “desafios e estratégias atuais na defesa dos direitos indígenas”.

O objetivo do Encontro é aprimorar os conhecimentos na área do direito indígena. Participam da atividade, lideranças indígenas, representantes de organizações indígenas, organizações indigenistas e instituições públicas. A previsão é de 50 participantes.   (mais…)

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Declaración del Foro Campesino de 2014

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La Via Campesina

Roma – Nosotras y nosotros, delegadas y delegados participantes en el 5º Foro Campesino, representantes de las organizaciones de productores a pequeña escala, hablamos en nombre de agricultores a pequeña escala, pescadores artesanales, pastoralistas, ganaderos y comunidades indígenas. A través de esta declaración queremos comunicar nuestros puntos de vista y propuestas al FIDA y sus órganos rectores.

El FIDA se fundó en 1977 con el fin de trabajar para los pobres rurales. Con la creación del Foro Campesino en 2005 comenzó a trabajar con los pobres rurales . En ese momento estaba muy por delante del resto del sistema de las Naciones Unidas en la apertura a un diálogo sistemático con las organizaciones que representan a los beneficiarios previstos de su acción. Desde entonces, la asociación entre el FIDA y las organizaciones de productores a pequeña escala (OP) ha reportado beneficios mutuos significativos. La imagen del FIDA, sus métodos de trabajo y la eficacia de sus programas se han beneficiado mediante la asociación con nuestras organizaciones. Por nuestra parte, hemos tenido algunas oportunidades para transmitir nuestras preocupaciones a los órganos rectores y al personal del FIDA y para obtener acceso a la financiación para nuestros programas de formación. (mais…)

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Fetraf organiza mobilização no dia 27 e inicia pressões sobre o governo federal

Por William Pedreira
Da CUT

A Fetraf-CUT (Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar) prepara para o dia 27 de fevereiro uma grande mobilização que abrangerá diversas regiões do País.

Este será o primeiro ato da 10ª Jornada de Lutas da Agricultura Familiar organizado todos os anos pela entidade.

Na pauta de reivindicações, dois pontos centrais: a ampliação da licença-maternidade de 120 para 180 dias, assim como já é garantido ao funcionalismo público; e melhorias no atendimento previdenciário.

De acordo com Marcos Rochinski, coordenador-geral da Fetraf, persiste nos dias de hoje o preconceito contra os agricultores e as agricultoras familiares. “Algumas agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) não reconhecem a realidade do campo, prestando atendimentos inadequados às nossas entidades”, ressaltou. (mais…)

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Isto é vandalismo: Depoimentos de moradores despejados do Alto da Paz

Nigéria Audiovisual

Depoimentos de algumas das 60 pessoas que compareceram na manhã do dia 23/2 ao Centro Comunitário Santo Expedito, na comunidade Raízes da Praia, outra ocupação na orla leste de Fortaleza e que tem prestado apoio às famílias despejadas do Alto da Paz, e de ex-moradores da comunidade que depois do despejo permaneceram na rua.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Alessandra Guerra.

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Ativistas denunciam brutalidade policial durante o ato contra a Copa de São Paulo

Participantes do protesto relatam agressões e prisões arbitrárias. Um de cada quatro manifestantes foi detido

María Martín – El País

A segunda manifestação do ano contra a Copa em São Paulo acabou com um de cada quatro manifestantes detidos. Dos 1.000 participantes que a polícia calculou que participaram do ato, 262 terminaram a noite na delegacia. Depois de oito meses das primeiras manifestações, um contingente de 2.300 policiais tentou impedir o vandalismo antes dele acontecer. Até um grupo de agentes com conhecimentos de artes marciais foi enviado por primeira vez para atuar em um protesto para que, segundo o porta-voz da PM, o capitão Emerson Massera, só se agisse de maneira mais agressiva “conforme aumente a necessidade”. O protesto terminou com oito feridos, cinco deles policiais, segundo a PM.

A Polícia Militar considera a operação de ontem “um sucesso absoluto”, porque “os atos de vandalismo e agressões foram mínimos em comparação com manifestações anteriores, graças à estratégia bem sucedida”, disse um porta-voz ao EL PAÍS. A brutalidade dos agentes, porém, marcou novamente sua atuação, segundo os manifestantes.

Os detidos – a polícia os chama de retidos- denunciaram a arbitrariedade dos agentes. Segundo os relatos recolhidos por este jornal, uma vez presos, os manifestantes não foram informados da causa da sua detenção, nem sobre a delegacia à qual estavam sendo encaminhados. (mais…)

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“Estávamos todos apavorados”

“Estávamos todos apavorados, inclusive boa parte do contingente policial”. O comentário é de Márcio Moretto, professor da USP que foi preso no protesto desse sábado, relatando a sua experiência no cerco policial e na delegacia em artigo publicado por El País. Eis o artigo

Apesar do contingente enorme da polícia (quase um policial por manifestante), o clima era bem leve até passarmos ao lado do metrô Anhangabau. Do fim da marcha, pude observar que a estreita rua Xavier de Toledo era o local combinado para a ação repentina da polícia. Enfurecidos, eles gritavam e batiam com seus cassetetes em todos os manifestantes que podiam. Não fui atingido, mas muitos não tiveram a mesma sorte e soube de pelo menos um caso de braço quebrado.

Em poucos segundos o nosso grupo, que se distinguia dos demais apenas por estarmos no fim da marcha, fomos cercados e, como na foto, forçados a nos sentar. Estávamos todos apavorados, inclusive boa parte do contingente policial. Uma pessoa sangrava muito. Desesperadamente gritamos por uma ambulância até que ele fosse encaminhado para receber cuidados médicos.

Passado o furor teatral da polícia e nosso desespero com os feridos, sem resistência assistimos humilhados a pessoas ser algemadas e isoladas por estarem de máscara de oxigênio, de preto, com mochila e com câmeras (como o jornalista da Folha que fez esse vídeo). (mais…)

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No meio do mundo, os povos se encontram – VII Forum Social Pan-Amazônico é lançado em Macapá

Representantes dos povos indígenas Kaxuyana e Tiriyó
Representantes dos povos indígenas Kaxuyana e Tiriyó

Ponto de Pauta

Representantes de movimentos sociais lançaram oficialmente no sábado (22), em Macapá (AP), na Amazônia brasileira, o VII Fórum Social Pan-Amazônico. “No meio do mundo, os povos se encontram” é o slogan desta edição. O evento reuniu lideranças de vários segmentos, como comunidades quilombolas, trabalhadores rurais, educadores populares, representantes de movimentos culturais, militantes de movimentos estudantis, pesquisadores, professores universitários, representantes dos povos indígenas Kaxuyana  e Tiriyó, e contou ainda com a presença do consulado venezuelano e de representação da Prefeitura de Macapá. (mais…)

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Dilma: governo destina R$ 21 bilhões para financiar a agricultura familiar

No total, R$ 13,7 bilhões já foram contratados pelos pequenos produtores. Antonio Cruz/Agência Brasil
No total, R$ 13,7 bilhões já foram contratados pelos pequenos produtores. Antonio Cruz/Agência Brasil

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24) que o governo destinou R$ 21 bilhões para financiar a safra de 2013/2014 da agricultura familiar, dos quais R$ 13,7 bilhões já foram contratados pelos pequenos produtores. Segundo ela, os agricultores estão aproveitando o crédito barato do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para expandir a produção e comprar máquinas e equipamentos.

“São mais tratores, mais caminhões, equipamentos de irrigação e resfriadores de leite, aumentando a produtividade nas lavouras e nas criações da agricultura familiar”, disse. (mais…)

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Brasil consome 14 agrotóxicos proibidos no mundo

Especialista indica que pelo menos 30% de 20 alimentos analisados não poderiam estar na mesa do brasileiro

Por Vasconcelo Quadros – iG São Paulo

Os indicadores que apontam o pujante agronegócio como a galinha dos ovos de ouro da economia não incluem um dado relevante para a saúde: o Brasil é maior importador de agrotóxicos do planeta. Consome pelo menos 14 tipos de venenos proibidos no mundo, dos quais quatro, pelos riscos à saúde humana, foram banidos no ano passado, embora pesquisadores suspeitem que ainda estejam em uso na agricultura.

Em 2013 foram consumidos um bilhão de litros de agrotóxicos no País – uma cota per capita de 5 litros por habitante e movimento de cerca de R$ 8 bilhões no ascendente mercado dos venenos.

Dos agrotóxicos banidos, pelo menos um, o Endosulfan, prejudicial aos sistemas reprodutivo e endócrino, aparece em 44% das 62 amostras de leite materno analisadas por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) no município de Lucas do Rio Verde, cidade que vive o paradoxo de ícone do agronegócio e campeã nacional das contaminações por agrotóxicos. Lá se despeja anualmente, em média, 136 litros de venenos por habitante. (mais…)

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