MS – Com todas as lideranças de costas para ele, Coordenador de Saúde Indígena pede exoneração em reunião com MPF

Em momento tenso da reunião, indígenas viram as costas para o coordenador Nelson Olazar (Foto: MPF MS)
Em momento tenso da reunião, indígenas viram as costas para o coordenador Nelson Olazar (Foto: MPF MS)

Saída de Nelson Olazar, coordenador do DSEI em MS era a principal reivindicação dos indígenas, que ocuparam a sede do órgão por 23 dias. Reunião foi promovida e intermediada pelo MPF

Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul 

O coordenador-chefe do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI) Nelson Carmelo Olazar, pediu a exoneração do cargo durante a reunião promovida pelo MPF na sede da instituição em Campo Grande. A saída de Nelson era a principal reivindicação da segunda maior população indígena do país, com 75 mil pessoas. A reunião contou com a presença do secretário-substituto da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Fernando Rodrigues da Rocha, superior hierárquico do coordenador. O diálogo só foi possível após intermediação do procurador da República Emerson Kalif Siqueira.

A reunião teve início às 10h de ontem (15), com duração de 4 horas. Entre as reivindicações dos indígenas para a melhoria do atendimento a saúde nas aldeias, o principal pedido era a saída do coordenador do DSEI, que ocupa o cargo há 14 anos. Indignados com a situação precária da saúde nas comunidades, os índios se recusaram a ouvir o coordenador e, em sinal de protesto, deram-lhe as costas. Por fim, Nelson Olazar pediu sua exoneração, que deve ser publicada em alguns dias. Outro servidor público será indicado para substituí-lo. (mais…)

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Blog Especial: Com o apoio da Procuradoria da República, Ka’apor denunciam de desrespeito total às suas saúdes até roubo e corrupção, no MA

cocarTania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

No dia 7 de outubro, a Hutukara Associação Yanomami (HAY) enviou ofício para o Secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves, com cópia para a Coordenadora do Distrito Sanitário Especial de Saúde Yanomami e Ye’kuana (Joana Claudete) e o Coordenador Regional da Missão Evangélica Caiuá (Ismael Cardeal), exigindo, entre outras providências urgentes, a demissão da Coordenadora. O documento com as acusações da Hutukara pode ser lido em Denúncia de supostas ligações entre políticos locais e gestores do Distrito Sanitário Yanomami para garantir contrato com empresa terceirizada responsável pela contratação dos funcionários.

Quatro dias depois, na sexta-feira última, 11, o Instituto Socioambiental postou matéria de Lidia Montanha de Castro, por nós reproduzida na mesma data, na qual consta o seguinte trecho: “O representante da Missão Evangélica Caiuá, Daniel Fogaça, relatou que a organização tem 17 convênios com o Ministério da Saúde, que atendem aproximadamente 555 mil indígenas em todo o Brasil. Para isso contam com um quadro de mais de oito mil funcionários, dos quais 53% são indígenas. Fogaça informou ainda que além da saúde, a Caiuá atua na área de educação e evangelização“.

O fato de uma mesma organização atender a cerca de 50% dos indígenas do País, através de 17 convênios, já é algo de se estranhar, seja ela ou não Evangélica. Agora, saber que ela informa que também “atua na área de educação e evangelização” me parece totalmente inadmissível, para não dizer criminoso, uma vez que constitucionalmente vivemos num estado laico. Estamos usando dinheiro público, dos nossos impostos, para financiar a ‘evangelização’ dos povos originários? É isso? Se essas questões já mereceriam um discurso inteiro, notícias enviadas do Maranhão, relativas aos povos Awá e Ka’apor, tornam a situação ainda mais complicada.

Nos documentos abaixo publicados, os Ka’apor da Terra Indígena Alto Turiaçu fazem denúncias ainda mais graves com relação aos desmandos de técnicos da Missão Evangélica Caiuá na Casai de Zé Doca, que envolveriam não só maus tratos aos doentes como corrupção e roubo. Entre outros exemplos, a alimentação para os indígenas internados seria limitada ao almoço, como refeição única; pacientes eram deixados na área externa do Posto, expostos ao sol e à chuva, assim como a mosquitos e outros animais; o uso do banheiro e do chuveiro era restrito aos funcionários, tendo os indígenas que utilizar o mato como sanitário e a caixa d’água como chuveiro; as instalações são infectas; e, como se não bastasse, o tratamento recebido dos funcionários é desrespeitoso. (mais…)

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MPF/MA exige cumprimento do TAC Educação Indígena por parte do estado do Maranhão

ninia-indigena-escuela-391x259O estado tem um prazo de 180 dias para cumprir as obrigações do Termo de Ajustamento de Conduta

Procuradoria da República no Maranhão

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) exige o cumprimento de obrigação assumida pelo Estado do Maranhão, por intermédio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em termo de compromisso de ajustamento de conduta firmado no ano de 2012, referente à estruturação das escolas indígenas no Maranhão.

Após diversas reuniões com participações do Estado do Maranhão, Fundação Nacional do Índio (Funai), universidades e representantes de diversas etnias indígenas, em 2012, foi acordado o adequado fornecimento de material didático pedagógico e de apoio às atividades letivas, bem como a regularização das escolas indígenas quanto à estrutura física das escolas e aos equipamentos necessários ao funcionamento de suas instalações. (mais…)

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Processar manifestantes com Lei de Segurança Nacional e Lei de Organização Criminosa é uma violência contra a democracia brasileira

lutar-nao-e-crimeJustiça Global, Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH) e o Centro de Assessoria Popular condenam a tentativa dos poderes Executivo e Legislativo em enquadrar manifestantes no crime de associação criminosa.

A polícia civil do Rio de Janeiro e de São Paulo anunciaram que investigarão as ações realizadas nas manifestações, por partidários da tática black bloc, e irão enquadrá-los em organização criminosa. A cúpula de segurança paulista ainda liberou o uso de balas de borracha pela polícia nos protestos.

Entendemos que esse processo de endurecimento penal e repressivo fortalece a criminalização dos manifestantes e dos movimentos sociais na luta por direitos. Essa política estatal é casada com o crescimento de intervenções militares nas áreas empobrecidas (as UPPs no Rio) , o encarceramento em massa de jovens e negros, a deslegitimação das lutas sociais e até a sistemática violação dos direitos humanos e das legislações tanto nacionais, quanto internacionais, pelo próprio Estado brasileiro. Esse conjunto de iniciativas visa neutralizar as reivindicações populares. (mais…)

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Justiça obriga Bamin a desocupar terreno de culto afro na Bahia

Foto: Página em rede social Terreiro De OGUM
Fotos: Página em rede social Terreiro De OGUM

Por Zoraide Vilasboas

Uma Ação de Reintegração de Posse contra a Bahia Mineração –Bamin, empresa que vai explorar o ferro no sudoeste da Bahia, foi vitoriosa na Justiça de Caetité (BA), garantindo a defesa de um santuário de cultos afros, declarado patrimônio afrocultural brasileiro, pelo Ministério da Saúde, e de utilidade pública, pelo Estado da Bahia, desde 2006. Foi o Terreiro de Axé Ilé Cicongo Roxo Mucumbe de H’Anzambi, do distrito de Brejinho das Ametistas, que acionou a Justiça contra a Bamin, pela tentativa de se apossar da vasta área e impedir o acesso ao local de adeptos de cultos ancestrais.

Felizmente, a Justiça prevaleceu neste caso. Em agosto passado, o juiz José Eduardo das Neves Brito, da comarca de Caetité, deferiu liminar exigindo a reintegração da posse do terreiro na área usada há décadas para fins de celebração religiosa, onde a água, árvores, plantas, ervas, são cultuados e preservados, num contraste admirável com o avanço da degradação da natureza nos centros urbanos. (mais…)

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Comissão de Diretos Humanos do Senado debaterá a aplicabilidade da Convenção 169 da OIT

Caminhada Abril indígena
Foto: Patrícia Ferreira

Inesc

Audiência pública ocorrerá amanhã, 17/10, a partir das 8h. Convenção 169 prevê a consulta livre, prévia e informada dos povos indígenas e quilombolas.

Diante do número cada vez mais expressivo de empreendimentos energéticos sendo instalados no país, muitos deles geradores de conflitos e impactos socioambientais em terras indígenas e quilombolas, bem como demais territórios habitados por comunidades tradicionais, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, a partir da articulação do Fórum Ecumênico ACT – Brasil realizará, amanhã, 17/10, a partir das 8h, uma audiência pública sobre a aplicabilidade da Convenção 169 da OIT. (mais…)

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Atenção: Audiência pública sobre comunidade quilombola Rio dos Macacos agora será realizada no MPF/BA, em Salvador

Maurícia Maria de Jesus, 95 anos, pousa para retrato na frente da sua casa. Dona Maurícia, como é conhecida, é a moradora com maior idade da comunidade quilombola Rio dos Macacos, localizada dentro da área da base naval de Aratu (BA), no bairro de São Tomé de Paripe, limite da cidade de Simões Filho, a 21 km de Salvador
Maurícia Maria de Jesus, 95 anos, pousa para retrato na frente da sua casa. Dona Maurícia, como é conhecida, é a moradora com maior idade da comunidade quilombola Rio dos Macacos, localizada dentro da área da base naval de Aratu (BA), no bairro de São Tomé de Paripe, limite da cidade de Simões Filho, a 21 km de Salvador

O evento, que foi transferido de Simões Filho para Salvador, segue com a mesma data e horário: 23 de outubro, às 14h30.

Ministério Público Federal na Bahia

A audiência pública sobre a comunidade quilombola Rio dos Macacos, marcada para acontecer na própria comunidade, na base naval de Aratu, foi transferida para a Procuradoria da República na Bahia (PR/BA), localizada na Rua Ivonne Silveira, 243, Loteamento Centro Executivo, Doron, em Salvador. O evento segue com a mesma data e horário, dia 23 de outubro, às 14h30.

A alteração do local da realização do evento foi divulgada por meio de edital de retificação. O evento debaterá a questão relacionada ao conflito territorial travado com a Marinha, bem como o exercício dos direitos inerente à cidadania dos integrantes da comunidade quilombola Rio dos Macacos, situada em Simões Filho/BA.

O que: audiência pública sobre comunidade quilombola Rio dos Macacos

Quando: 23 de outubro, às 14h30

Onde: PR/BA (Rua Ivonne Silveira, 243, Loteamento Centro Executivo – Doron, Salvador)

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CE – Movimentos sociais se unem à Adpec em defesa da Defensoria Pública

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Na manhã desta terça-feira, 15, a presidente Sandra Sá, o vice-presidente Leonardo Moura, e demais defensores públicos (Sâmia Maia, Elizabeth Chagas, Vitor Montenegro, Carlos Augusto e Adson Waiss), estiveram na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará em nova ação para que o legislativo interceda junto ao Governador Cid Gomes, a fim de que ele receba a categoria para a discussão de pleitos.

Em apoio à Adpec, representantes de movimentos sociais fizeram manifestação no local, entre eles moradores de comunidades pertencentes à Caucaia e Fortaleza, bem como integrantes do MST (Movimento Sem Terra). A iniciativa também contou com apoio in loco de representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Organização dos Advogados do Brasil).

Durante a sessão plenária, os deputados Heitor Férrer e Eliane Novais discursaram sobre a causa dos defensores e solicitaram que o Governo do Estado atenda a categoria. Quem também fez questão de ratificar seu apoio, foi o vigilante e criador do movimento “Quanto vale uma vida”, Ivan Sampaio. Para Ivan, que através da Defensoria Pública garantiu o medicamento de seu filho durante um episódio em que a criança esteve entre a vida e a morte (em 2011), o número insuficiente de defensores no Estado implica em insegurança para a população mais carente. “Só existe justiça quando ela é igual para todos. Então se não tem defensor para defender o pobre, não há justiça”, destaca Ivan. (mais…)

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Movimentos do campo ocupam Secretaria da Fazenda em Goiânia

Foto: Movimento Camponês Popular em sua página em rede social
Foto: Movimento Camponês Popular em sua página em rede social

Da Comunicação do MCP

Três mil camponeses e camponesas ocupam, em Goiânia, desde as 6 horas da manhã de hoje (16), os prédios da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás e da Superintendência Federal da Agricultura. A mobilização é realizada pelo Movimento Camponês Popular (MCP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg) e integra o Levante Unitário de Lutas do Campo, realizado de 14 a 18 de outubro em todo o Brasil.

A pauta unitária reivindica: permanência das famílias no campo; qualidade de vida; renda; direitos iguais para mulheres e homens; produção de alimentos saudáveis; e reforma agrária. Durante o ano as organizações do campo realizaram lutas com marchas, ocupações de órgãos públicos e de estradas. Houve avanços, mas eles não foram o suficiente, por isso as ações continuam e serão intensificadas nesta semana. (mais…)

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Bancada ruralista se nega a homenagear Chico Mendes na Câmara

Imagem de Chico Mendes no documentário Cartas da Floresta (Divulgação)
Imagem de Chico Mendes no documentário Cartas da Floresta (Divulgação)

Evandro Éboli, O Globo

A bancada ruralista se incomoda com os mínimos detalhes. Agora, o grupo se recusa a dar o nome de Chico Mendes ao pequeno plenário onde funciona a Comissão da Amazônia na Câmara dos Deputados. Os ruralistas, a partir desta legislatura, dominam e são maioria na comissão. O projeto que batiza aquele espaço de Chico Mendes, da deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), foi aprovado no plenário da Câmara há cinco meses, e, até agora, a homenagem não se consumou: não foram instalados placa e foto do líder seringueiro, nem houve qualquer celebração, como é de praxe nesse tipo de evento.

Os deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária que fazem parte da comissão criticam duramente a escolha do nome de Chico Mendes, assassinado na porta de casa em dezembro de 1988 pelos fazendeiros Darly Alves da Silva e Darly Alves Ferreira, em Xapuri, no Acre. Moreira Mendes (PSD-RO), um dos coordenadores do grupo, chama de infeliz escolha. (mais…)

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